- Alô Sabina? - Heyoon fala no telefone com sua irmã, sentindo um aperto no peito, um sentimento
de preocupação. - Julia está com você? - Heyoon pergunta preocupada. - Já era para ela ter
chegado... - A coreana fala olhando constantemente para a porta, esperando que a filha
entrasse a qualquer momento por ela com aquele sorriso no rosto. - Falar para eu não me
preocupar é o mesmo que pedir para que eu surte Sabina. - Repreende a morena enquanto
revirava os olhos. - Tem alguém batendo na porta, calma. - Heyoon diz e vai até a porta atender, por
uns instantes enquanto abria, rezava para que fosse sua pequena Ju dizendo que havia
perdido as chaves, mas assim que abriu e viu uma loira mais alta acompanhada de uma loira
menor desolada, soube logo que sua intuição estava certa. Algo havia acontecido com Maya.
- Tia Heyoom... A Ju... Eles... - Sofya fala chorosa e nem conseguia terminar a frase sem que um
soluço aparecesse. O coração de Heyoon disparava no peito, mas tinha que se manter calma, por Sofya.
- Calma Sofya. Respira. - Heyoon diz segurando nos ombros da garota e olhando para Tatiana. - Olá
Tatiana. - Ela fala para a loira mais velha, que também estava preocupada.
- Olá Heyoon. Será que podemos entrar? - A loira pergunta com o tom de voz calmo,sabia que
assim que Heyoon soubesse, desmoronaria, era o que ela faria se fosse os papéis inversos.
- Claro. Entrem. - A coreana pede e suspira fechando a porta. Estava apenas prolongando a
notícia, seu coração sentia. - Querem uma água?
- N-não tia. Obrigada. - Sofya agradece e respira fundo. - Desculpa entrar assim...Nesse estado.
É que... Ainda não caiu a ficha. - Sofya fala mexendo em seus dedos. Céus!
Se ela estava devastada, imagina Heyoon quando soubesse...
- Sofya... Conte de uma vez. - Tatiana pede segurando na mão da filha que estava tremendo no
sofá.
- Eu e Ju estávamos num banco em uma das ruas que são acesso ao colégio.Coisa de 2
quarteirões. Brigamos sobre uma crise de ciúmes minha e sentamos em um banco para nos
acertarmos. - Sofya fala respirando fundo. - Estava tudo bem... Então Ju do nada se levantou e
pediu para mim correr o mais rápido que eu podia e não olhasse para trás. Eu fiz isso, mas olhei
para trás... 4 homens... Eles... - Sofya fala e então volta a chorar.
- Sofya... - Heyoon fala tentando segurar as lágrimas. - Preciso que termine, por favor...
- Eles a sequestraram tia! Sequestraram Ju! - Sofya fala e volta a se desmancharmos braços
da mãe, o sentimento de culpa martelava no peito da loira. Por que ela correu? Por que não
gritou por ajuda? Por que não ficou? Céus! Ela se sentia a pior pessoa do mundo, já era a
segunda vez naquele dia. - Ela mandou eu correr e disse que tava atrás de mim, eu corri, eu
acreditei nela, mas quando olhei pra trás, ela estava sendo segurada por três homens, eles jogaram ela no porta malas e sairam. - A menina tremia dos pés a cabeça completamente
devastada pela notícia que estava dando a mãe de sua melhor amiga, e quase namorada. - Eu...
Eu não devia ter feito isso. - Ela fala se lamentando enquanto não deixava de chorar
desesperadamente. - Eu a deixei... Eu a deixei lá!
- Você fez certo Sofya. - Heyoon tranquiliza a garota enquanto deixava derramar as primeiras
lágrimas daquele dia. Por que Ju tinha que bancar a heroína? - Ju é que quis bancar a
heroína. - Ju fala e revira os olhos com um sorriso mínimo ao lembrar da personalidade da
filha. - Infelizmente querer bancar a heroína é de família. - A coreana fala olhando para o recém
curativo do braço. Droga! - Gente agora eu tenho que fazer algumas ligações. - Heyoon fala séria e
tira o telefone do bolso. - Podem continuar aqui se quiserem, vou apenas ligar para a minha
irmã... Comunicar... - Heyoon fala nem conseguindo terminar suas palavras.
- Tudo bem. - Tatiana fala e olha para a filha, Sofya não tinha condições de ficar ali naquele
estado. - Acho que está na hora de nós duas irmos mesmo. - Ela fala e Sofya olha para a mãe
com indignação.
- Eu quero ficar... Saber sobre tudo o que ocorre. - Sofya protesta. - Eu quero estar aqui quando
ela voltar... - A menina fala num fio de voz, comovendo Heyoon. Ela realmente gostava de sua filha, quem sabe o ciúmes com ela seria menor agora.
- Eu prometo que lhe mandarei tudo o que eu receber sobre ela. Pode ser assim? - Heyoon
pergunta sabendo que Tatiana pensava no bem estar de sua filha, não seria saudável Sofya ficar
ali.
- Se é assim... - Sofya fala se levantando. - Me desculpa de novo tia Heyoon... Eu não devia ter
corrido.
- A culpa não é sua Sofy. - Heyoon fala abraçando a loira. - A culpa não é de ninguém... -Heyoon dizia aquelas palavras tentando se convencer delas, será que Ju havia sido sequestrada porquê ela e Sina estavam tentando lutar contra o Cadmus? Se fosse por isso Heyoon nunca se perdoaria.
E assim Sofya, ainda a contragosto, sai do apartamento seguida de Tatiana e deixando Heyoon ali, sozinha. Então a cacheada ainda respirando fundo disca o número de Heyoon.
- S-Sabina? - Heyoon fala se desmanchando pela primeira vez, não precisava mais ser forte. - Eles a levaram Sabina. Levaram minha filha!
- Estou indo para aí. - É a única coisa que Sabina fala. Ela sabia que era tudo o que a irmã
precisava escutar no momento. E assim desliga o telefone, cabia a Heyoon contar a Sina agora,
precisava dela. Era a 3° ligação que caía na caixa de mensagens, ela deveria estar ocupada, tinha
que manter a mente positiva, se não ela iria afundar completamente naquele apartamento
sozinha.
(...)
"Um quarteirão... Dobrou... 3 minutos em linha reta... Um sinal... O que era o primeiro? Droga!" Dentro daquele porta-malas no escuro e com o saco em seu rosto, Ju tentava ter uma ideia
para onde estava indo, conhecendo a cidade como ela conhecia. Infelizmente só conseguiu se
situar nos primeiros 3 minutos dentro daquele carro. Na verdade, tinha aprendido que noção
de tempo era um conceito relativo, principalmente quando se está dentro de um porta-malas
vendada e sem nada o que fazer, segundos podem parecer horas. Mas de uma coisa Julia tinha
certeza, estavam indo para fora da cidade, o lado oeste de Los Angeles era uma zona perigosa,
nem a polícia se atrevia a ir lá, "Típico covil de vilão", pensa.
Se teve uma coisa que ela havia aprendido nesses 14 anos de vida na terra... Era que tinha
que se manter calma, não sabia o porquê de ter sido sequestrada, poderia ser por Sina, ou
poderia ser por Cadmus, ou uma junção dos dois. Seria isso o motivo pelo qual suas mães
terminaram? Ou até mesmo seria esse o segredo? Fazia total sentido. Enquanto Ju pensava
e montava prováveis planos de ação para lidar com os seus sequestradores, nem notou que o
carro já estava estacionando em algum lugar aleatório e o porta-malas sendo aberto, e a tirando
de lá a força novamente. A menina apenas calada ficou e tentava controlar sua respiração,
suas mães, juntamente com suas tias e avós já deviam estar movimentando céus e terra para
encontrá-la, enquanto isso ela iria tentar ajudar do lado de cá. Mas primeiro precisaria saber
onde estava.
- Olá Maria Julia Jeong... Ou melhor, Park. - A voz masculina é proferida assim que tiram o
saco de sua cabeça. Se acostumando com a visão, Ju tenta focar sua visão no homem que
estava sentado em uma mesa em frente a uma espécie de grande ventilador, "Típico covil de
vilão mesmo" pensa enquanto ainda tentava enxergar a pessoa sentada na mesa, infelizmente
seus óculos haviam sido quebrados durante a luta, ou seja...
Tínhamos uma Ju cega lidando com um sequestrador. "Maravilha..."
- Duas coisas. - Ju fala tranquila, tinha que demonstrar que não tinha medo para eles,
esconder seu nervosismo. - Por que todo covil de vilão tem uma mesa de frente a um grande
ventilador desses?- Infelizmente ela escondia fazendo piadas. - Segundamente, não consigo
enxergá-lo, já que seus homens fizeram favor de quebrar meus óculos.
- Eu não sei os vilões que você assiste nos filmes. Mas essa sala é apenas o sótão do meu
grande empreendimento garota, então sim... Se isso torna mais assustador, não é culpa minha. -
Ele fala se levantando da cadeira e se aproximando um pouco da garota. - E agora? Me vê?
- Hey! - Ju fala apontando para o homem com a mão livre, já que estavam agarrando seus
ombros para a impedir de se soltar. - Você é o homem do shopping! - Fala reconhecendo o
grande homem moreno de paletó. - Você me disse para dar uma chance a Sininho! Por que me
sequestrou então?
- Não sei do que você está falando garota. - Noah fala realmente confuso. Nunca havia avisto
na vida.
- Certo, você tem um irmão gêmeo então. - Ju fala coçando os olhos, para confirmar que era
realmente ele. - Mas o que estou fazendo aqui?
- Você garota, foi escolhida para ser a causadora do progresso da humanidade. - O homem
fala e faz o sinal para os rapazes a soltarem. - Queira me seguir, por favor. - Ele fala e Ju assente, melhor ir por bem que por mal.
- Certo. No que posso ajudar a humanidade? - Ju fala colocando as mãos nos bolsos de sua
calça e seguindo os passos do homem enquanto olhava de um lado para o outro, tentando
decorar tudo que via.
- Você? Nada. - Ele fala e abre a porta de uma sala e Ju para, era uma cela. Infelizmente foi
tarde demais, já que enquanto tentava correr, foi jogada brutalmente no chão do local e vendo
apenas a figura de paletó dizer por fim. - Seu sangue? Tudo. - Ele fala e fecha a porta, deixando a
garota na sala escura, fria e vazia.
(...)
- Heyoon se senta! Você vai fazer um rombo no chão do seu apartamento! - Sabina reclama
enquanto Joalin voltava da cozinha com o copo de água e entregando para a coreana que
finalmente se sentava no sofá, ainda transtornada.
- Obrigada Joalin. - Heyoon fala bebendo o copo com água. - Gente eu estou preocupada! Ju foi
sequestrada... Sina sumiu... E-Eu não sei se aguento... - A coreana fala ainda não
demonstrando estar mais calma, na verdade estava apenas piorando. Parecia que a cada
minuto que passava sem notícias das duas mulheres mais importantes de sua vida, Heyoon
desabava mais e mais. A coreana sabia que tinha que se manter forte para procurá-las, mas
entre saber e conseguir fazer... Havia um abismo muito grande no meio.
- Explica de novo sobre Sina. - Joalin pede, sua amiga não era de sumir, principalmente tendo
Heyoon lhe procurando.
- Todas as ligações que eu faço, dá caixa postal. Ela não recebe, lê ou responde as mensagens.
Nada. - Heyoon fala entregando o celular para a cunhada ver por si só. - No começo pensei ser só
mais uma de suas reuniões, mas já passaram horas. E com a situação de Julia... Eu só penso
nisso. -Heyoon fala e olha para Sabina - Quanto tempo até a polícia, FBI, DEO, o que seja, dê
notícias?
- Não sabemos ao certo. - Sabina responde a irmã vendo o desespero da mesma,infelizmente
não podia mentir. - Estamos analisando as câmeras de segurança a procura do carro com as
descrições de Sofya e a partir delas, formar a rota que usaram para ir até o cativeiro. Por
enquanto é o máximo que podemos fazer.
- Acredito em você. -Heyoon fala e solta um longo suspiro. - Eu quero elas de volta Sabi... - Heyoon fala e desaba. Sabina achava que a irmã já teria desmoronado a um bom tempo, mas Heyoon
aguentou até agora. Foi forte enquanto conseguia, mas em momentos assim... Desabar é
normal. Sabina só abraçou Heyoon enquanto a coreana descansava a cabeça em seu peito e
soluçava de tanto chorar.
- Elas vão voltar Heyoon. - Joalin fala por Sabina, vendo que a namorada segurava suas lágrimas
para não chorar na frente da irmã, a Mexicana era muito apegada na sobrinha, e principalmente...
Ver a irmã destruída assim, machucava Sabina mais do que ela poderia expressar. - Elas vão
voltar... (...)
- Olha quem está aqui de novo. - Sina ironiza assim que tiram o saco de sua cabeça e
desatam o nó em suas mãos, a loira massageia os pulsos para tentar tirar as marcas das
amarras enquanto esperava Noah aparecer na sala, como sempre. Não demorou muito para
isso ocorrer. - Fase 3 é? - Sina pergunta irônica para o irmão.
- Se eu fosse você, tiraria esse sorriso do rosto. - Noah fala curto e grosso. - Mal posso
esperar para você descobrir a fase 3. - O homem fala e no momento aparece um rapaz atrás
dele que Sina logo reconheceu.
- Josh. - Sina solta o nome com desgosto na voz. - Eu já não tinha grandes expectativas com
você, mas puta merda viu?
- Bom te ver também, Deinert. - Ele fala e vai até a mulher a erguendo pelo braço de forma
bruta na cadeira. - Quero que você dê tratamento exclusivo para a nossa visita hoje. Apesar de
não nos darmos bem, ela ainda tem laços comigo. - O homem fala e Sina fica tentando ligar
os pontos ao que ele dizia. Então Heyoon estava aqui? Ou...
- Jeong. Vamos começar os trabalhos? - Noah pergunta abrindo a porta e revelando a Josh e
Sina a garota Ju sentada no canto da sala e quando a menina ergue o rosto, encara os olhos
cor de mar de Sina.
- Darcy? - Ju pergunta de supetão. - Me diz que você não faz parte disso... - Ela pede em
súplica e Sina fica trocando seu olhar por entre Noah e a garota, era essa a prova de lealdade
dela, raciocinou. Não tinha escapatória, restava a ela esperar que Ju confiasse nela.
- Eu não faço parte disso. - Sina fala convicta e Ju suspira, entretando a loira teve que
continuar, tinha que partir o coração da garota. - Mas preciso fazer isso para conseguir o que eu
quero. - Ela fala assumindo sua postura de CEO, a loira esperava que Ju acreditasse que
aquilo não passava de uma mentira. Teria que ter o ódio da pessoa que ela mais queria bem no
mundo para que ela continuasse a poder assegurar sua segurança. Isso machucaria Sina,
mais do que ela conseguia descrever.
- De você eu já não esperava muito coisa Josh. - Ju fala olhando para a figura que segurava
Sina, o aperto era forte, a garota se segurava na esperança que Sina fosse forçada a falar
aquilo. - Diz aí, quanto te pagaram?
- Uma boa quantia... Não nego. - O homem fala debochado. - Mas a causa é mais importante. -
Ele diz e a menina revira os olhos.
- Medusa? - Ju pergunta e vê Noah assentindo. - E o que eu tenho haver com isso? Eu por
acaso sei onde a fórmula da Medusa está?
- Você é a Medusa, Julia. - Noah fala e tanto Sina quanto Ju ficam incrédulas.
- O que? - Sina pergunta e Noah faz um sinal para Josh levá-la. - Noah me responda!
- Prepare a sala para os primeiros experimentos. Sina, você vai realizá-los. - Ele fala e se vira
para a garota. - Diga-me Julia, você tem medo de agulhas? - Pergunta com um sorriso
aterrorizante no rosto, fechando a porta logo depois. E deixando uma Ju com mais perguntas
e medo do que respostas.
(...)
- Gente. - O Professor de teatro reúne todos os alunos para dar o comunicado, agora era oficial:
Ju estava desaparecida. - Gostaria da atenção de todos por favor. - Ele pede e todos se
aproximam. - Sei que todos já devem estar sabendo, mas na tarde de ontem,Julia Jeong Deinert foi
sequestrada. - Ele fala e começa os burburinhos e conversas paralelas. - Gente foca aqui por
favor. - O homem pede e os barulhos cessam. - Acho que seria injusto apresentarmos a peça
sem ela aqui, mesmo tendo substitutos aptos para o cargo... - Ele começa sua argumentação
mas foi cortado por uma aluna, Camila, a mesma que havia perdido a vaga da peça para Ju.
- Mas eu não acho justo. - Ela fala e todos se viram para encará-la, principalmente Sofya,essa
última já não estava nos melhores dias, aquilo só piorou sua raiva. - Eu sou capaz de assumir o
papel por ela. O show não pode parar professor. Temos um cronograma... - Ela fala e ainda
continua, o que não devia ter feito. - Inclusive acho que Ju nem atuava tão bem assim para... -
Ela iria continuar, mas a única coisa que todo mundo conseguiu ver foi a menina sendo jogada
contra o chão e uma loira transtornada ficando por cima dela, a prendendo pelos braços e não
dando chance dela sair.
- OLHE COMO VOCÊ FALA DELA! - Sofya grita, ela não conseguia mais se conter. Aquelas 24hrs
foram com certeza as piores de sua vida, não ter notícias era horrível, sua carga emocional
estava altíssima, no limite, e quando alguém fala aquilo da garota que ela ama, e que
provavelmente estava lutando pela sua vida em algum lugar... Era revoltante. Céus! Sofya amava
Ju! A loira havia acabado de perceber aquilo, e infelizmente isso só piorou tudo. Ela precisava
ter tempo, precisava dizer que a amava... - JU É MUITO MELHOR QUE VOCÊ! NÃO SÓ COMO
ATRIZ, MAS COMO PESSOA! - Sofya continuaria mas foi tirada de cima da menina por dois
alunos, esses um pouco mais fortes que ela e contida pelo professor. - ME SOLTA!
- ACABOU A PALHAÇADA! - O professor eleva a voz para todos, com Sofya se soltando
finalmente dos dois rapazes distraídos pela ordem do mais velho e cruza os braços. - Camila,
lembre-se que Ju além da atriz principal, é a diretora da peça. Então não! Não é justo fazermos
a apresentação sem ela. E Sofya, sabemos que o que você está passando com tudo isso não é
fácil, de todos aqui, você é a que mais está sentindo com toda essa situação por inúmeros
motivos, mas nada justifica a violência! Trate de arranjar um jeito de descontar toda essa
frustração sem ser nos seus colegas! - O homem fala e o sinal toca. - Continuaremos ensaiando
normalmente até Ju retornar.
- Isso se ela retornar... - Camila fala baixo mas Sofya escuta.
- VOCÊ FALOU O QUE GAROTA??
- Dispensados! - O homem fala para evitar mais confusões.
- So... - Lucas aparece assim que a garota saí bufando do anfiteatro da escola. -Sofya.
- O que é Lucas?! - A garota fala rude e logo se repreende, mesmo ele tendo sido um babaca,
não merecia aquilo. O professor estava certo, não podia descontar suas frustrações em
qualquer um. - D-desculpa. - Pede mais calma. - Eu só... estou passando por muita coisa.
- Eu sei. - Ele fala e então coloca as mãos no ombro de Sofya, acariciando. - Por isso estou
aqui. Quero te dar apoio... Deve ser difícil perder sua amiga assim...
- Eu não perdi Ju. Ela não morreu, só foi sequestrada. - Sofya fala, odiava como todos
estavam tratando aquilo, Julia não havia morrido, apenas estava desaparecida. Ela tinha que ter
esperanças, e ninguém estava ajudando naquilo. - E Ju não é só minha amiga Lucas. Achei que
a essa altura do campeonato toda a escola saberia. - Ela fala e cruza os braços, já estava
perdendo sua paciência que andava rara ultimamente.
- Eh... É verdade então. - Ele fala claramente desconcertado. - Não temos mais chance então?
- Com certeza não temos mais chance Lucas. - Sofya fala e suspira. - Olha cara... tenho que ir.
Reposição do treino de segunda agora...
- Ah... Ah sim claro. - Ele fala envergonhado. - Desculpa por tudo So. Espero que após tudo isso
continuemos ao menos amigos. - Ele fala colocando a mão na nuca, nervoso.
- É. Pode ser. - Sofya fala e se vira. - Adeus Lucas.
- Adeus. - O jogador fala e Sofya continua a andar pelos corredores rumo ao campo,a loira
acabou de achar o que poderia descontar suas frustrações, chutar uma bola.
(...)
- Certo. - Sina fala assim que Noah a joga no laboratório. - Alguém pode me explicar que
merda está acontecendo aqui? - Ela pergunta e o homem bufa.
- Você é insistente mulher. Credo. - Ele reclama. - Tá legal. Em resumo, o DNA da sua queridinha
noiva não funciona para o vírus medusa.
- Mas ele não está nela? Como pode não funcionar.
- Porquê ele foi depositado nela. Não está ativo. - Noah exclama.
- Mas Heyoon nunca fica doente... E pelo o que você falou, o portador tem imunidade para tudo.
- Ela não ficar doente é um acaso. - Noah fala gesticulando com a mão, não dando importância
para aquilo. - Na sua primeira visita, fiquei transtornado porquê mamãe estava certa.
Precisaríamos de uma pessoa com o DNA ativo para prosseguir com o Medusa em sua fase
final. Mas para isso, precisávamos que Heyoon Park tivesse um filho, para que o seu DNA
finalmente passe para a criança em sua forma ativa. - Ele explica impaciente. - E graças a sua
imensa capacidade em não ficar afastada de sua noiva, descobrimos que Heyoon Park
agora é Heyoon Jeong, e mais! Ela tem uma filha! Pessoas chamam isso de destino, sabia?
- Então Heyoon nunca foi alvo...
- O alvo esse tempo todo era Ju. - Noah fala deixando a verdade cair sobre Sina. Ela havia
colocado todos em uma enrascada. Droga! Ela e seu desejo por não ficar longe de Heyoon!
- Parabéns! Você foi de suma importância para a nossa fase, agora quando trazermos a garota
pode por favor retirar o sangue dela até ela ficar apenas com o suficiente para sobreviver?
- Noah ela é apenas uma criança! - Sina exclama. - Você quer tirar quase dois litros de
sangue dela! - Fala exasperada. - Sabe quais são as consequências de tirar tanto sangue...
- Até 15%: Quando a perda não excede os 750 ml, a frequência cardíaca e respiratória aumenta,
mas o quadro é controlável. De 15% a 30%: Com quase 1,5 litro de sangue perdido, o coração
acelera a mais de 100 batimentos por minuto e aparecem sintomas de ansiedade. De 30% a
40%: Com quase 2l de sangue perdidos, transfusão necessária, além de soro fisiológico na veia.
Acima de 40%: O risco de morte é iminente, já se foram mais de 2l de sangue, e o paciente não
responde a estímulos. - Ele recita todas as porcentagens para Sina, mostrando que ele está
ciente do que pedia. - Sei sim. Deixe apenas o necessário para não haver uma transfusão, as
retiradas funcionarão de dois em dois dias.
Tempo para ela recuperar-se um pouco para outra leva.
- Isso é...
- Negócios. - Diz simples. - Vamos, prepare as bolsas, precisaremos de várias para tornar o
vírus medusa nível municipal, que é a nossa primeira etapa da fase três.
- Não acredito... Você vai...
- Limpar 2/3 da população de Los Angeles? Sim. - O homem fala e dá tapinhas nas costas da
irmã. - Bem vinda ao Cadmus irmãzinha... Nosso nome ficará estampado em todos os locais,
seremos famosos. - Diz e sai com um sorriso vitorioso nos lábios e assobiando enquanto
colocava as mãos nos bolsos da sua calça social e andava tranquilo.
(...)
- Olha. Eu aceito quase tudo do que vocês fazem. - Sina fala ao ver Josh algemando Ju na
mesa e se afastando, indo até a parede e se escorando. - Mas não vou aceitar ficarem vigiando
meu trabalho. - Ela fala e o homem bufa, mas ainda se mantém no lugar.
- Recebo apenas ordens Deinert. - Ele fala e a garota, ainda com toda a situação, ri.
- Céus! Tenho gene de um pau mandando no sangue... - A menina faz piada para irritar o
homem.
- Sua mãe não te ensinou a ter educação? - O homem pergunta de automático.
Sim, com todos menos com o embuste que largou ela grávida. E olha que ironia! Ele é meu
carcereiro! - Diz com uma comemoração irônica.
- Chega! - Ele fala se descolando da parede. - Você venceram! Mas ainda tenho que fazer minha
função. Vou ficar na porta, nenhuma entra ou sai sem mim. - Ele fala e sai batendo a porta forte,
deixando as duas ali sozinhas. Sina nada disse, apenas demorava o máximo que podia para
preparar o material para tirar o sangue da garota. 4 bolsas de sangue era muito, principalmente
em uma criança.
- Vai me contar agora o que está acontecendo ou vai ser só mais uma das versões de: Confia
em mim e não faça perguntas?
- Desculpa. - É a primeira coisa que saiu dos lábios de sina. Ela não sabia nem por onde
começar a contar... Tinha que ser breve. - Desculpa. - Pede novamente e Ju via as lágrimas
escorrendo enquanto ela se aproximava com a agulha. Iria penetrar no braço da coreana
menor, sua mão tremia de nervoso. - Desculpa. - Pedia novamente e então coloca a agulha ao
lado da maca, desistindo a priori.
- Hey... Calma. - Ju pede vendo a mulher se desmanchando de estresse em sua frente. A
coreana não estava na melhor das situações, mas Sina não estava muito diferente. Me
conta o que está acontecendo e juntas pensamos em como sair dessa, que tal?
- O Medusa. - Sina fala puxando o banco e sentando ao lado da maca da garota. - Ele não é
uma fórmula como pensávamos. Ele é uma sequência de DNA ativo de um portador.
- Eu sou o Medusa... -Ju finalmente liga os pontos da fala do homem. - Mas porque eu? E não
mamãe?
- Pelo o que Noah contou... Quando os Park's injetaram em Heyoon o DNA Medusa, ele ficou
desativado nela. Só ativou no próximo portador, já que você nasceu com ele.
- Eles precisam de mim. Do meu sangue. - Ju raciocina e Sina assente.
- Vão tirar seu sangue... Várias e várias vezes... Multiplicar e fazer engenharia reversa... Noah
quer aplicar em Los Angeles. - Sina fala por fim e May praticamente se levanta de supetão e
logo volta a maca, estava amarrada e tinha esquecido.
- Eu sou um vírus... E você a produtora dele. Estamos ferradas Darcy.
- Nunca esteve tão certa praga. - A loira fala e faz um carinho nos cabelos de Ju.
- Como agimos? - A menina pergunta.
- E-Eu não sei... Estava fora dos nossos planos você ser sequestrada em vez de Heyoon. Não
consigo pensar em nada agora, se eu fosse religiosa, rezava. Eu estou pensando em algo mas
não sei se dará certo. - A mais velha fala sincera e Ju fica pensativa por uns instantes.
-Quantos dias temos até ele ter todo o sangue necessário?
- Se eu tirar toda a quantidade que ele quer... Você precisaria de no mínimo dois dias para de
recuperar e estar pronta para outra leva. Eu... Eu acho que 1 semana... 2... Não sei.
- Tira. - Ju autoriza Sina a fazer aquilo e a Deinert protesta.
-Julia você não entende! São 2 litros de sangue! Você praticamente ficaria brincando de
baralho com a morte! É muita coisa!
- É o que temos para agora, Sininho! Se não tirarmos você morre e arranjam outro para fazer isso.
Se é para mim enfrentar uma agulha, que seja com você. Quero nem ver o que Josh faria comigo
e um objeto cortante na mão. - A menina fala e suspira, tentando erguer seu pulso para tocar a
mão de Sina, a loira vendo o que ela queria fazer, poupa os esforços dela e segura sua
mão. - Precisamos dar tempo a elas certo?
- Certo. - Sina assente e pega a agulha mais confiante, vendo a expressão de Ju não
conseguiu deixar de não sorrir. - Você e sua mãe tem medo de agulhas. É fofo.
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O Acordo Siyoon
FanfictionSina Deinert, grande CEO da D-Corp, tem um problema que acompanha ela desde que assumiu seu cargo: Precisa ter uma herdeira. Pode parecer uma existência estranha, mas no mundo atual, onde pessoas como ela são alvos de pessoas más todos os dias, é ex...