Capítulo 20: O casamento

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O dia fatídico finalmente havia chegado. Mook escolheu um grande salão de festa para celebrar a cerimônia de seu casamento.

O espaço estava todo decorado com lindas rosas brancas e adornos dourados, além de pequenas lâmpadas de luz quente que davam um ar acolhedor àquele lugar. Haviam mesas redondas cobertas com toalhas de renda branca, dispostas em fileiras, e um tapete vermelho que atravessava o salão inteiro, desde a porta de entrada até o altar, por onde passariam os noivos.

Os convidados não paravam de chegar. A maioria eram amigos, parentes e sócios dos pais dos noivos, assim como diversos funcionários e investidores da empresa. Eles olhavam ao redor, admiravam a decoração e escolhiam o melhor lugar para apreciar a cerimônia. A imprensa também tinha o seu espaço. Câmeras e fotógrafos se posicionavam em busca do melhor ângulo para registrar a entrada dos noivos.

A cerimônia de casamento seguiria o estilo ocidental, sendo celebrada por um pastor. Isso porque Mook odiava as tradições tailandesas e os seus cerimoniais budistas.

Tudo parecia perfeito e milimetricamente planejado. Até mesmo o projetor com slides, onde eram exibidas fotos que os noivos tiraram na última semana antes do casamento. Fotos nada espontâneas, com poses e sorrisos artificiais. Mas elas precisavam estar ali, para tentar calar os que acreditavam nos boatos de que aquele casamento não passava de uma farsa.

Namtan estava sentada à uma mesa bem próxima do altar, junto com seu pai, sua madrasta e sua pequena irmã, que parecia muito fofa de vestido branco com babados e tiara perolada. Jumpol e seu namorado também estavam lá, sentados numa mesa mais no fundo do salão. E até mesmo Toy, amante de Mook, tinha sido convidado. Afinal, ele também era um funcionário da GMM e precisava manter as aparências.

Todos pareciam ansiosos e na expectativa para a entrada dos noivos, porém Namtan, Off e Gun, se mantinham tranquilos e de bom humor, como se soubessem de algo que os outros não sabiam.

Singto entrou no salão, pé ante pé, com uma expressão desolada em seu rosto, como se estivesse caminhando rumo à um abatedouro. Quando ele chegou no altar, a marcha nupcial começou a ser tocada por uma mini orquestra que se encontrava ali perto. Então a noiva entrou, deslumbrante, segurando um lindo buquê de rosas brancas, acompanhada pelo pai, e andou sobre o tapete vermelho até chegar ao lado do CEO.

Singto e Mook ficaram diante do altar, lado a lado, esperando para fazer seus votos. O pastor começou a falar. Primeiro, ele fez uma oração longa e deu bênçãos aos noivos, desejando que os dois tivessem uma boa vida de casados daquele dia em diante. Em seguida, ele fez à pergunta derradeira ao noivo:

-Singto Prachaya, você aceita Mook Worranit como sua legítima esposa, para amá-la e respeitá-la, na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, até que a morte os separe?

Singto ficou em silêncio. Ele sabia que precisava dizer "sim" para acabar logo com aquele pesadelo, mas... Mesmo que tudo aquilo fosse um show preparado por Mook, e que ele não a amasse de verdade, só havia uma pessoa para quem ele gostaria de dizer sim diante de um altar. Só havia uma pessoa com quem ele gostaria de dividir aquele momento especial. E essa pessoa definitivamente não era Mook.

-Singto Prachaya, você aceita Mook Worranit como sua legítima esposa? -o pastor repetiu.

O rapaz deu um suspiro pesado. E se ele decidisse dizer não, o que aconteceria? As pessoas que estavam ali presentes ficariam chocadas, e Mook... Ela ficaria furiosa... Deixá-la furiosa não era uma boa idéia, por que sua fúria poderia atingir a pessoa que ele mais amava... Krist.

-Eu... Eu...

Singto estava prestes a dizer "eu aceito", porém alguém apareceu de repente na entrada do salão, e seus olhos se arregalaram ao perceber quem era pessoa que estava lá.

Warmed HeartWhere stories live. Discover now