POV de Singto Prachaya
23 de dezembro de 2009.
Era um dia sombrio. O céu estava nublado e ventava forte. Eu podia sentir o frio penetrando em meus ossos, como se quisesse me consumir por inteiro. Meus olhos estavam vermelhos e as lágrimas pareciam incessáveis.
Diante do caixão da minha mãe, meu coração e minha mente ainda não conseguiam assimilar o que tinha acontecido. Tudo parecia um pesadelo. Um pesadelo sem fim.
Namtan estava ao meu lado, e soluçava de tanto chorar. Quando meu pai chegou ao velório, assim que vi seu rosto tive um ataque de fúria, gritei bem alto e tentei expulsá-lo dali a qualquer custo. As pessoas ao redor me olharam perplexas sem entender o motivo de tanto ódio direcionado ao meu próprio pai.
Por que eu nunca contei a ninguém. Eu nunca contei a ninguém o que irei contar agora... E para isso, precisamos voltar no tempo ainda mais, alguns meses antes da morte da minha mãe. Para ser mais exato, 9 meses antes de seu falecimento...
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Quando se é adolescente, se apaixonar com frequência parece ser uma coisa bem comum. Existem as paixonites da escola, as paixonites do bairro, as paixonites da parada de ônibus... Descobrir o amor parece ser um dos principais objetivos da vida de um ser humano.
Porém, comigo não foi assim. Enquanto meus amigos passavam a maior parte do tempo falando sobre garotas, eu estava preocupado com o meu futuro.
Sim, eu era esse tipo de pessoa. A pessoa que não tinha tempo para "paixonites", por que estava muito ocupado estudando para alcançar meus verdadeiros sonhos.
Desde pequeno, sempre via minha mãe trabalhando. E ela fazia isso com tanto afinco e tanta paixão que me contagiou, tanto que o meu sonho era ser uma pessoa como ela. Uma vez ela me disse, que se fosse da minha vontade e se eu estudasse muito, quando me tornasse adulto, poderia tomar conta da empresa. E a partir desse dia, eu decidi que aquilo seria meu principal objetivo de vida.
Minha mãe trabalhou como CEO da GMM até o meu nascimento. Depois disso, meu pai assumiu o cargo de CEO para que ela tivesse mais tempo para cuidar dos filhos. No entanto, ela continuou trabalhando como uma das principais diretoras executivas, e ainda tomava praticamente todas as decisões importantes da empresa.
Porém, mesmo trabalhando muito, ela ainda conseguia ser uma mãe presente. Talvez não tanto quanto aquelas que dedicam suas vidas inteiras ao casamento e aos filhos, mas eu nunca me senti menos amado por causa da paixão dela pelo trabalho.
Apenas 15 anos mais tarde ela resolveu sossegar um pouco, e assumiu um cargo menor, que permitia a ela tomar um tempo livre para fazer aquilo que também amava: Tocar e dar aulas de piano.
E foi aí que tudo começou. Se eu também sabia tocar piano? Sim, eu sabia. Ela me ensinou. Porém nunca foi do meu interesse seguir carreira de músico.
As aulas particulares aconteciam na nossa casa. Naquela época, no meio da sala de estar, havia um grande piano de cauda. E ele era o grande centro das atenções naquela mansão. Quando as crianças chegavam para as aulas, ficavam admiradas olhando para ele, que cintilava de tão lustrado que sempre estava.
A maioria dos alunos da minha mãe eram crianças de até 12 anos de idade. Raramente apareciam pessoas mais velhas. No entanto, um dia, uma pessoa um pouco mais velha apareceu.
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Warmed Heart
عاطفيةSingto é o jovem CEO de uma das maiores empresas de entretenimento da Tailândia, a GMM. Ele tem um gênio insuportável e o coração frio. Está noivo de uma mulher que ele odeia e prestes a se enquadrar num casamento de conveniência. Depois de demitir...