Capítulo quatro - Lanciami ai lupi

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    Postando porque a jexxiero postou Sertan, inclusive, leiam. :)

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     Gerard ocupava-se colocando as roupas para lavar, estava frustrado, pois Frank iria sair mais uma vez para uma reunião com algum grupo rebelde. Checava os bolsos das calças e jaquetas antes de colocar na máquina de lavar, mas encontrou um cartão de visitas que intrigou-lhe. Os olhos estreitaram para enxergar melhor as letras, observando o símbolo de uma casa noturna no cartão. 

      — Mas que droga é essa? — Murmurou para si mesmo, indignado com o que acabara de ver. 

      Abandonou a área reservada para lavagem das roupas e seguiu para onde o amante arrumava-se pra sair, aproximou-se como quem não queria nada e sentou na cama. 

        — Um amigo meu disse que essa casa noturna tem mulheres bem bonitas. — Gerard comentou observando o cartão de visitas em sua mão. 

      Frank não entendeu o que o outro dizia, por estar ocupado ajeitando os fios de cabelo no espelho, mas assim que se virou, encontrou o motivo daquela conversa nas mãos do amante. Pensou de imediato que o outro deveria estar com ciúmes, mas não entendeu o porquê daquilo.

       — Babe, não está pensando que... — Foi cortado por Gerard.

       — Frank, você não tem que ficar me dando explicações da sua vida, afinal não somos nada mesmo, não é? — Disse colocando o cartão na cama e abrindo um sorriso forçado. 

       — Hey, não está falando sério, não é? — Perguntou abrindo um sorriso sem acreditar. Gerard ficou sério. — Não fique assim, eu estava infiltrado em uma investigação, o homem frequentava a casa noturna e com isso eu tive de seguir ele. — Explicou aproximando-se do outro e sentando ao seu lado na cama. 

       — Hum. — Cruzou os braços e voltou a olhar para as letras no cartão.

     Way não tinha motivos para duvidar de Frank, porém, levando em conta a sua insegurança, não conseguia simplesmente acreditar que era o suficiente para o amante. Iero pegou uma mão do amado e quando levou até os lábios, o mais novo afastou sua mão em pura birra e se levantou caminhando até a máquina novamente. O menor suspirou, a expressão que Gerard carregava naquele momento não era a sua favorita, mas não queria ter de sair e ficar daquela maneira com seu garoto.

       — Eu só tenho olhos para ti, anjo meu. — Levantou-se e seguiu Way. 

     As palavras pareciam ter desaparecido do vocabulário de Gerard, pois ele sequer abria a boca. Frank tornou seus passos lentos e sorriu, ainda aproximando-se.

        — Ti amo così tanto. — Disse chegando perto do Way e abraçando ele por trás, encostando o rosto em suas costas. — Amore mio. 

      Gerard fechou a máquina e suspirou ruidosamente, sentindo-se quase vencido pelo mais velho, até o celular do italiano salvar sua posição ao tocar. Frank irritou-se com o toque, pois sabia que tinha trabalho a fazer e não haveria mais tempo para reconciliar-se com seu amante. 

     — Eu tenho algumas coisas pra fazer, então pode deixar-me em paz e ir logo para essa tal reunião? — Perguntou rude para Frank, que estranhou a completa revolta do outro, mas não zangou-se.

    Way estava fazendo certo drama ao proferir tais palavras ao seu amado, por mais que no fundo quisesse desculpar-se e beijar seus lábios até perder os ar de seus pulmões. Gerard fechou os olhos com receio, quando sentiu o menor afastar-se de si, sentiu que estava prestes a desabar. Escutou a voz de Frank conversar com a pessoa do outro lado da linha e o som ficava mais baixo ao que deixava a casa, saindo sem despedir-se do seu garoto. 

Criminal - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora