Capítulo cinco - L'uomo che amo

182 24 77
                                    


    Gerard observava o teto enquanto estava deitado, não havia comido nada desde o dia anterior, o dia em que seu pai havia trancado-lhe no porão maldito. Pela noite o mais novo teve dificuldades para dormir por estar frio, além de que o chão era duro demais para conseguir pregar os olhos. Durante todo tempo em que esteve ali, só conseguia pensar em duas coisas: odiava seu pai e assim que pudesse, faria ele arrepender-se de ser um pai tão ruim e; Frank saiu para a reunião e antes disso, Gerard havia sido rude com ele, arrependia-se demais. 

     As algemas marcaram seus pulsos, passou muito tempo tentando livrar-se delas e acabou machucando a si, não adiantou todo seu esforço. O garoto escutou o som da porta de madeira e sentou-se, esperando quem quer que fosse entrar. Donald desceu junto de dois homens, os mesmos do dia anterior, um trazia uma bandeja com o que pareceu ser um café da manhã. 

     — Bom dia Gerard Arthur. — O pai disse, com uma expressão boa no rosto, como poderia estar feliz?

     Gerard não respondeu, estava com sede e o cheiro da comida fez sua barriga roncar, odiava ter que depender daquele homem para sobreviver. Quando Donald pegou a bandeja e aproximou-se do garoto, o mesmo afastou-se, rastejando no chão.

       — Calma, só vim trazer o teu café da manhã e dialogar um pouco. — Abriu um sorriso cínico colocando a bandeja no chão e o outro revirou os olhos.

       — Não comerei nada que vier do senhor. — Disse sentindo-se fraco. 

       — Vou desalgemar você e pode comer se quiser, se não quiser pode só me escutar. — Donald colocou a mão no bolso da calça e retirou a chave das algemas. 

     Gerard esperou quieto e estendeu os pulsos com receio, Donald agachou-se e usou a chave, o garoto livrou-se de prontidão do objeto. Os pulsos estavam marcados, o pai não importou-se com as sequelas e prosseguiu.

     — Bom, vim avisar-lhe que a partir deste dia, você está noivo de uma mulher importante e vai casar-se com ela em breve. Isso além de que terá de se afastar do criminoso italiano. — Disse e Gerard arqueou uma sobrancelha.

     — Não farei nada disso! — Protestou.

     — Ou… — Donald continuou. — Eu terei de mandar assassinar seu amante, já que eu sei exatamente onde ele está. — Ameaçou.

   Frank Iero nem de longe era uma presa fácil, muitas pessoas mais importantes do que Donald já tentaram matar ele, o que fazia o Way mais velho pensar que conseguiria aquilo tão fácil? Pensava Gerard. Mas teria de admitir que apenas por pensar em perder seu amante, o coração doía, se Frank morresse por sua causa, o maior não perdoaria-se nunca. 

      — Como sei que não está blefando? — Perguntou receoso, esperava que o pai não tivesse provas e que toda aquela história fosse mentira.

     Donald não esperou mais segundo algum e sinalizou para um dos homens trazer seu celular, que quando mostrou a Gerard, o mais novo notou serem imagens ao vivo de uma câmera, esta que flagrava o rosto de seu amado amante. O Way mais novo poderia tentar enganar sua mente, dizer para si mesmo que tratava-se de uma gravação do passado, mas sentiu que Frank realmente estava sendo observado naquela espécie de reunião. 

     — Temos um agente infiltrado no meio desses gângsteres. — Donald sorriu e retirou o celular da vista de Gerard. — Porque em breve, todos os nomes dos homens e mulheres que estiverem na lista do chefe da polícia de Dublin, estarão presos e com sorte, mortos. 

      — Não pode estar dizendo a verdade, por que está a fazer isso comigo? — Perguntou desesperando-se, pois sabia que aquele homem à sua frente seria capaz de arruinar sua vida daquela maneira. 

Criminal - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora