Capítulo seis - Sono come te

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    Em itálico é passado, desculpem os erros. Boa leitura.

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  Tudo estava um caos dentro da cabeça de Iero, muitas coisas acumularam-se e causaram uma grande dor de cabeça no mais baixo. Gerard havia sido sequestrado e ameaçado por seu pai, Frank sabia que o mais novo não havia ido por vontade própria, por isso ele decidiu buscar o amante.

     Frank precisou falar com alguns homens, assim descobriu muito sobre a mansão de Donald, por mais que já tivesse entrado ali, as coisas poderiam muito bem ter mudado. Tudo estava planejado na cabeça do tatuado, só faltava uma quebra na segurança para usar como brecha na missão, por isso ele havia localizado um profissional.

     — Essa é a casa e aqui são as informações sobre o sistema de segurança da casa, eu preciso pra hoje pela noite. — Frank informou Ryan, o técnico.

     — Eu posso ser preso por isso. Ele é a porra do Donald Way, vai me matar! — O garoto reclamou analisando a pasta. — Sem chance, não vou fazer isso. — Jogou a pasta novamente na mesa e fitou Frank, que encarava-o inexpressivo.

    O tatuado assentiu mordendo o lábio e pegando a pasta novamente, caminhou em volta da cadeira de Ryan e parou olhando em seu rosto.

     — Deixa-me perguntar-lhe uma coisa, Ross. — Forçou um sorriso, inclinando o corpo para aproximar seu rosto do outro. — Sabe quem eu sou? — Frank perguntou e o outro negou, engolindo a seco. — Bom, então eu vou dizer-lhe… eu sou a última pessoa deste mundo inteiro que você quer como inimigo, porque se fosse morto por Donald, você morreria sentindo-se um anjo. Agora, se você fosse morto por mim… — Riu, ajeitando sua postura. — Você imploraria para o diabo levar sua alma, porque antes de presenciar seu último suspiro, eu torturaria você e toda a tua família até não conseguir ver resto mortal algum, e quando você morresse, eu iria no inferno para arrancar sua pele, trancafiar a sua alma e fazer você sofrer até o infinito. — Iero disse em tom ameaçador e o técnico assentiu, compreendendo as palavras do criminoso. — Mas não preocupe-se, sei que farás a coisa certa e permanecerá por muito tempo neste mundo pobre e sujo. — Empurrou a pasta no peito do garoto novamente.

    Não demorou mais segundo algum, Ryan procurou e pesquisou por tudo, Frank não precisaria preocupar-se depois daquela conversa. O tatuado então voltou para seu loft e relaxou os músculos, estava novamente em casa. O silêncio contínuo era de fato perturbador, como se algo faltasse, alguém.

     Retirou o seu cantil da jaqueta e bebeu até o último gole do whisky, sentindo um vazio no fundo de seu coração. Caminhou até sua cama e sentou-se, um objeto pequeno prendeu a atenção de suas jóias âmbar, que analisaram o relicário. As mãos tomaram o objeto sagrado de Gerard e ele abriu, observando o rosto da falecida senhora Way.

      — Parecia-me que eras tão feliz. — Sorriu observando a imagem.

     Era triste pensar que nunca conheceria aquela mulher, a mulher que mesmo morta fazia mais bem ao filho do que o pai, que estava vivíssimo. Eram imperdoáveis as ações do corrupto homem, um homem que deveria prezar por sua própria família acima de tudo e todos, Frank achava-o desprezível. Gerard era um bom garoto, seu coração era bom e por mais que ele às vezes demonstrasse o contrário, era muito ingênuo. Lembrou-se de uma das primeiras vezes que dormiram e acordaram juntos, como uma memória esclarecedora.

    Uma brisa fria invadiu o loft, o ambiente já encontrava-se gélido naturalmente, devido aos blocos de concreto. A residência era como um calabouço ou uma caverna, mas organizada, Frank chamava-a de lar e sentia-se bem ali. Gerard espreguiçava-se na cama e sentava-se, observando o loft de Frank, era um lugar simples e acolhedor ao seu ver. 

Criminal - FrerardOnde histórias criam vida. Descubra agora