C i n c o

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Pedro Narrando

Pedro Narrando

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Fotografar!

A fotografia tem em si uma mágica incrível, mostrando um poder único sobre o tempo: sendo capaz de paralisá-lo. Ela consegue congelar instantes, te permitindo carregá-los em outros locais além das lembranças.

Seja um sorriso, um abraço, um beijo e assim vai...

Eu sempre amei ter essa mágica nas mãos. Bastava estar acompanhado por uma câmera e por um bom ângulo que minha diversão, atrelada à paixão, estava garantida!

Porém, fotografar bebês sempre esteve no topo da minha lista de preciosidades fotográficas. Aqueles sorrisos puros e sinceros, capazes de tranformar seu dia, sempre me deixou fascinado. E hoje fiz um ensaio incrível de uma pequenina.

A Zoe amava tirar onda com a minha cara, dizendo que eu era intenso demais e bom... Talvez eu, realmente seja.

Okay, admito. Eu realmente sou.

Comprovei isso hoje ao ir fotografar a linda baby - que me lembrava muito um certo alguém - e logo comecei a imaginar fazendo o ensaio da nossa filha. Aiai... Aqueles olhos castanhos amendoados, com um cabelo do mesmo tom e de sorriso fácil mexeu nos sentimentos ocultos que sempre tive à respeito da Liz.

Claro que nunca me declarei pra ela, e o motivo é óbvio: Liz, antes de ter qualquer envolvimento relacionado ao amor, ela precisa conhecer o verdadeiro Amor.

E bom, como Coríntios mesmo diz, o amor é paciente; e aqui estou eu, esperando pacientemente, pelo encontro da minha amada com Ele.

E, por isso, continuo com meus sentimentos intactos e guardados à nove chaves. Sim, nove, porque sete ainda não seriam suficientes.

Se ela está num alto nível em minhas orações? Com certeza! Sei que não há forma mais genuína de expressar o amor por alguém a não ser orando por ela, certo?

E, sempre que a vejo, busco semear sobre Ele naquele coraçãozinho. A fé sem obras é morta, não é?! Então oro e semeio, pois, sei que a Semente plantada não voltará vazia, ao contrário, dará muitos frutos!

Estaciono o carro na garagem de casa e pego minha mochila no banco, seguindo para dentro de casa.

- Mãe, cheguei!

Quando gritei minha mãe da porta, esperava a encontrar saindo da cozinha e vir me dar seu abraço caloroso, mas, qual foi a minha surpresa por ser recepcionado por uma criatura loira que amo sem medidas?

- Zoe, por que sumiu? Tem noção do quanto faz falta? - a abraço fortemente.

- Sei que você me ama, Pê.

- Não tanto quanto você. - Mostro a língua pra ela.

Nada maduro para um homem de 25 anos, eu sei.

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