2 - O pai

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Um silêncio se instaurou

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Um silêncio se instaurou. Tony tentava compreender que havia escutado.

— Como é?

— Você tem um bebê se formando dentro de você.

— Ok...

Ele riu a ponto de lacrimejar, e o Colecionador já o olhava sem paciência. Tony tomou fôlego para falar:

— Eu não sei se você percebeu, mas não sou capaz, biologicamente, disso.

— Sim, eu sei. Também sei que nesse planeta homens como você não engravidam, por isso, disse que era algo inusitado, pois a joia agiu sem o conhecimento do portador. Terei que fazer exames para entender como isso está ocorrendo e por que a joia se comportou dessa maneira. E você, sentiu alguma coisa? Enjoos, cansaço, muito sono, formigamento no peito e...

— Eu não sei se isso é tipo uma brincadeira de mau gosto, ou pior; se você realmente acredita nisso... se tem mesmo uma joia dentro de mim eu verificarei e você dará um jeito de tirá-la, e se tiver sequelas não vai ser o Thanos que vai te matar, sou eu.

— E o ser que está gerando?

— Não tem nenhum ser! — Irritado, pensava em tirar o homem dali à força.

— Sem dúvida, bom, você acreditará ao verificar se a joia está dentro de você. Quando ver e comprovar a existência do feto venha até mim, estarei te esperando. Acredito que não será difícil de me encontrar.

O homem sumiu.

Tony ficou ali tentando entender o que tinha acontecido, aquele cara era maluco, ele não podia ter um bebê, isso era absolutamente ridículo. Sim, ele sentia enjoos, cansaço, estava dormindo mais que o normal e sentiu cólica, mas isso era os efeitos do estresse, de ficar de porre e não se alimentar direito. Droga, agora estava com uma puta dor de cabeça. Por que o universo estava cheio de lunáticos? Foi tomar o remédio que melhor conhecia, o uísque. E depois capotou no sofá.

Acordou no outro dia moído, foi ao banheiro lavar rosto e tomar banho, estava com uma aparência péssima. Naquela manhã, vomitou o uísque que tomou quando acordou e o café da manhã, e já tinha urinado umas cinco vezes e assim a voz do Colecionador na sua cabeça só ficava mais alta.

Agradecia por ter se afastado por um tempo de tudo, mandava suas armaduras quando alguma coisa ocorria. E a empresa, como já de costume, estava nas mãos de Pepper, uma das melhores decisões que ele já tomou. Participava de algumas reuniões com alguns heróis e autoridades por videoconferência, claro, quando estava com vontade. O único com o qual mantinha contato mais próximo era Rhodey, pois durante o conflito na zona negativa seu amigo havia perdido os movimentos das pernas e ele tinha prometido que iria ajudá-lo a voltar a andar e todo seu empenho nos últimos meses era exclusivamente para isso.

Queria que Steve tivesse visto o que seu lado fez, já que ele adorava apontar o dedo para os outros. Sua cabeça começava a funcionar a mil já que não conseguia beber seu uísque sem botá-lo para fora, com isso, já estava começando a pensar na possibilidade de tudo que aquele doido falou ser verdade.

O preço de uma vida (Stony)Onde histórias criam vida. Descubra agora