3 - Invasão no meio da letargia

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Tony saiu da nave; sem rumo, vagou pelos céus de Nova York até sair das fronteiras da cidade; quando percebeu que já era de noite, voltou para casa e tentou tomar todo o uísque que pudesse e, como já era esperado, vomitou tudo

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Tony saiu da nave; sem rumo, vagou pelos céus de Nova York até sair das fronteiras da cidade; quando percebeu que já era de noite, voltou para casa e tentou tomar todo o uísque que pudesse e, como já era esperado, vomitou tudo. Seu cérebro estava em letargia, ficou em um estado catatônico até amanhecer. Ignorou todas as ligações que recebeu.

Tentava absorver a situação, mas quanto mais ele pensava sobre isso, mais em pânico ele ficava. Então fixou um pensamento na sua mente: era só tirar aquela coisa e fingir que isso nunca aconteceu, trancar tudo lá no fundo. Ele era bom nisso. E, talvez, finalmente, tivesse que passar anos na terapia. Agora agradecia pela barriga não ter crescido, mas não conseguia agradecer por Steve não estar ali, também não conseguia imaginar como seria se ainda estivesse.

Cinco meses e sua cabeça criava uma linha do tempo. Se era o tempo da gestação, então tanto na batalha na zona negativa quanto na luta com Bucky e Steve na base abandonada da Hydra, ele já estava gerando aquela coisinha. Pensar nisso fez ele sentir o peito doer, e as lágrimas arderam em seus olhos, sentia um nó na garganta, inconscientemente passou a mão na barriga.

Por todo esse tempo sentiu raiva e mágoa de si e do seu ex-amante, os dois tinham cometido erros. Sabia que apesar do que outro havia feito, ele era quem não merecia perdão. Não se importou de ser visto como pária, ele era e sabia disso. Tinha mais sangue nas mãos do que podia imaginar, seu ego e egoísmo o levou até ali. Sentir raiva e culpar Steve era só uma forma de amenizar as coisas. Estava pagando pelos seus pecados, mas nunca pensou que pagaria dessa forma. Não podia ter quem amava, mas por uma ironia surreal estava agora carregando um filho dele, uma parte sua, uma pequena parte.

— Desse jeito não vai precisar fazer um aborto, Sr. Stark, já que não tem como gerar uma criança em um corpo morto.

O homem havia chegado de novo de forma sorrateira. Tony já estava começando a se acostumar ou só não se importava mais.

— Talvez eu morra de um ataque do coração com essas suas chegadas do nada. Você sabe para que servem as portas? Deve saber, já que sua nave tem uma.

O Colecionador fez uma careta, realmente odiava a personalidade de Tony principalmente seu humor, o ignorou.

— É possível... — Tony fez uma cara confusa. — O aborto?

— Ah, claro...Mas você tem certeza que deseja fazer isso?

— Pensei que quisesse a sua joia de volta.

— E eu quero, mas tenho que confessar que estou intrigado para ver como será essa criança.

— Você quer colocá-la na sua coleção, um item raro e único, não me engana.

— Vejo que seu cérebro tem mais funções do que só o sarcasmo, mas também tem outro motivo, a joia estaria mais segura, por enquanto, fundida à essa criança. Seria difícil de encontrá-la, já que a joia e o nosso pequeno ser estariam se adaptando um ao outro, então a emissão de energia seria muito baixa e tem o fato dela nascer em um planeta distante.

O preço de uma vida (Stony)Onde histórias criam vida. Descubra agora