Dulce Sanguis. [𝒕𝒂𝒆𝒌𝒐𝒐𝒌]

5. Par compatível

JK

Naquela manhã Jungkook havia despertado mais cedo que o comum. Sempre gostou de fazer exercícios matinais antes de ir para seu escritório ver o andamento de seus negócios. Mas diferente dos outros dias, Jeon estava ansioso.

A semana que se passou foi regada de sentimentos confusos. Tinha conversado pela primeira vez com o pequeno Dulce, não conseguia acreditar em suas atitudes perante aquele jovem. Mal havia começado a conversar e o já havia lhe cheirando o pescoço, o mais estranho foi sentir que o corpo quentinho tinha se entregado por inteiro para si.

Naquele instante Jungkook percebeu que ambos tinham algo muito estranho e diferente do comum. O sangue amargo sempre se controlou muito para não pular em cima de Dulces cheirosos, mas nunca passou por uma situação em que que seus movimentos fossem praticamente incontroláveis.

Queria aninhar Taehyung em seus braços, acaricia-lo e cheira-lo. A vontade de cravar suas presas no belo pescoço era exatamente a mesma vontade que Jeon sentia em protege-lo.

Dois dias depois o moreno voltou a casa de produtos naturais, queria conversar com o Kim, conhece-lo melhor e marcar o próximo final de semana para irem fazer alguns testes no laboratório em que havia crescido. Infelizmente não esperava se perder no olhar atento e no cheiro doce do mais novo.

- Sabe Jungkook... - o menor não lhe encarava nos olhos, estava tão tímido e vermelhinho que Jeon estava se controlando para nao pular aquele balcão e lhe abraçar. - Acho que seria bom fazermos os testes, minha mãe disse que a gente pode ser o par um do outro.

Aquele era o medo de Jungkook. Se o pequeno Dulce fosse seu par, um simples par, por que se sentia tão perdido em sensações? Jungkook nunca foi um cara dócil, nunca sentiu tanta vontade de proteger ou cuidar das meninas em que se relacionava. Então por que com o Kim era diferente?

- Eu também acredito que sejamos algo do tipo, Tae. - resmungou presunçoso enquanto sentia o aparelho em seu bolso vibrar. - É tão estranho...

- Estranho?

- É, não sei explicar, - retirou o celular que vibrava com algumas mensagens. O aplicativo mostrava o nome de seu amigo Kim Namjoon. - Eu meio que sinto vontade de te tocar toda hora. - havia dito aquilo de forma tão espontânea que não percebeu o desconforto do pequeno Dulce. Ao elevar os olhos pôde ver as bochechas ainda mais vermelhas do Kim. - Ah me perdoe, eu não, eu não queria...

- E-está tudo bem... - os lábios do sangue doce estavam tão brilhantes e molhadinhos que Jungkook se perdeu por alguns intantes, imaginando como seria suga-los, aparentavam ser tão macios e gostosos. - Hm... Eu não sabia que você era dono daqui.

E naquela tarde Jungkook percebera que Taehyung era não apenas um Dulce delicado e cheiroso, mas o garoto era incrivelmente espontâneo. Mudava de assunto toda vez que se sentia tímido com seus olhares intensos.

Era loucura! Como poderia estar tão interessado num garoto que acabara de conhecer? O "pior" era perceber que se importava não somente com a beleza e o cheiro dele, mas também com suas histórias. Adora ouvir seu tom de voz lhe contando sobre a família, os inúmeros irmãos, sobre a faculdade.

Voltou para casa naquele com um grande sorriso no rosto, estava finalmente se aproximando mais do Kim e logo logo poderiam se considerar até mesmo amigos.

Estava deitado em sua cama, pensando nos acontecimentos dos dias anteriores quando ouviu o celular tocar em suas mãos.

- Alô, Nam? Como vai?

"Jungkook!? Ô seu filho da puta, sabe o que um celular faz?"

- O que...

"Ele serve para atender chamadas e responder mensagens seu bocó! Você é um baita de um folgado, visualiza minhas mensagens, não responde, me ignora por 2 dias seguidos e agora vêm com essa de 'como vai?'"