The Invisible Princess

Prólogo

Os planos de aeromodelagem dos modelos Falcon era – além da lembrança de comprar mais ração para BB, seu gato –era o que a habitava a sua cabeça quando acordou. Desde que a palestra com Han Solo, o CEO da Falcon Enterprises foi anunciada na universidade de Coruscant, Rey não parava de pesquisar sobre os diversos modelos e inovações que a empresa que Solo criou mudaram na industria Aeronáutica. Apesar de algumas polêmicas, já resolvidas, com as Indústrias Calrissian (que acabaram por sair do ramo aeronáutico), mesmo sabendo que apesar de pensar pensar e pensar sobre mil coisas a se perguntar e que ela nunca conseguiria falar (os traumas com o clube de debate no colegial ainda eram bem presentes), a alegria de Rey não tinha diminuído em nada.

Rey era uma menina bonita como Finn, Poe, Rose e sua mãe, Amilyn não cansavam de falar. Ela só não sentia necessidade alguma de ficar constantemente arrumada, ela era uma estudante de Engenharia Aeronáutica em estágio, ela ficava bem mais tempo embaixo de um avião (mais tempo que o necessário, diga-se de passagem). Uma camiseta básica, jeans, converse e um gorro para cobrir seu penteado tradicional de três coques eram seus fiéis companheiros. Tudo que Rey queria era ficar invisível. Seus amigos, Poe e Finn já eram chamativos demais e ela os adorava por isso. Namoravam desde antes de terminar o colegial, militavam fervorosamente a favor da causa LGBTQI+, Poe sendo seu colega de turma e defendendo a voz do movimento em um espaço tão machista quanto as Engenharias enquanto Finn era um estudante de direito. Ela os apoiava imensamente, mas sempre de modo que a sua invisibilidade se mantivesse e eles sempre respeitavam esse espaço. Ela nunca foi boa falando e se expressando de modo verbal, ela gostava de calcular. E consertar. Ou ajudar a mãe, funcionava bem assim. Uma inclusão ao trio foi Rose Tico, cujo os pais eram embaixadores de Hays Minor em Coruscant. Sua irmã, Paige, que já era formada em Engenharia Mecânica, não tinha tanto contato com eles, mas Finn e Rose compartilhavam algumas turmas. Ela fazia Relações Internacionais (com foco em gestão de conflitos) e a presença dela tornou-se cada vez mais comum.

Amilyn, por algum tempo voou, atingindo uma alta patente na Aeronáutica. Porém, ao engravidar de Rey, largou tudo e voltou-se a um sonho antigo de trabalhar com artes, e assim se firmou, criando Rey só, apesar de todo auxílio financeiro de Qui-Gon, pai da menina, que sempre que podia a vinha visitar e passava horas a fio falando sobre os céus, sempre com o olhar divertido e saudoso da mãe. Eles haviam sido por muito pouco tempo um casal, e desse curto relacionamento Rey nasceu e essa dinâmica era suficiente para eles. Até que a notícia de uma doença rápida e cujo Qui-Gon não permitindo de maneira alguma que Rey o visse assim, o levou.

Após um período de luto, cujo o apoio dos amigos da mãe e de BB foi constante, a notícia da palestra de Han Solo definitivamente voltou a animar a menina. Ao descer de sua torre e deixar BB devidamente alimentado, prepara um café rápido, sabendo que em pouco mais de dez minutos Rose passaria para dar uma carona para a menina.

– Querida? Não esqueça de passar de tarde com seu avô!

A voz distante da mãe, que estava no estúdio, a fez lembrar do compromisso já esquecido. Ela já tinha conhecido o avô, mas fazia bons anos que eles não se viam. Tal como o pai, eles moravam em um país distante chamado Exegol, cujo Qui-Gon nunca foi o maior entusiasta em levar ela, cujo a mãe concordava com isso sem pensar duas vezes. Ela sabia que ao menos o avô era algum tipo de autoridade. Nunca faltou nada a ela e seu pai sempre ficava na embaixada de Exegol quando vinha. O local de certa forma não era estranho a ela, mas ela pouco ficava lá, era mais um lugar cujo o pai parava para pegar alguma coisa para os passeios com ela.

Com um grito afirmando a mãe que ia, Rey logo terminou de tomar o seu café e ao ouvir a buzina na sua porta, pegou a mochila e se despediu com outro grito para a mãe. Logo entrou no carro de Rose, que já ouvia seus álbuns de K-Pop no máximo enquanto esperava Rey. Rey entrou, já desejando bom dia enquanto entregava os biscoitos feitos por Amilyn na noite passada, que já eram os favoritos de Rose: