Epílogo

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A noite caía como um manto negro estrelado. Londres brilhava entre as luzes costumeiras da cidade juntamente ás luzes de natal. O bairro de South Kensington estava até vazio para a época do ano, que enchia de turistas pela proximidade ao museu de história natural. Em uma das janelas da localidade, a luz brilhava radiante, enquanto um rapaz alto e de olhos verdes gritava.

- PUTA QUE PARIU BUCETA - exclamou o rapaz de 19 anos, que havia queimado o dedo após tentar retirar o assado de dentro do forno. 

O menino trajava um suéter cheio de renas na cor vermelha. A calça de moletom estava manchada após passar o dia cozinhando, e a barba por fazer. Albus amava cozinhar, ainda mais no Natal; comida para ele era amor, ainda mais tendo com quem compartilhar. Ele sabia que poderia, com um aceno de varinha e uma ideia sobre o prato, conseguir fazer tudo sem qualquer sujeira, porém a atividade física o acalmava.

Agora, com o dedo queimado embaixo da água corrente latejando ele se arrependeu totalmente da sua decisão.

- Olha a boca, minha filha 'tá aqui seu sem educação - exclamou um rapaz baixo e loiro pálido, tampando as orelhas de Virginia, sua gata, interrompendo sua leitura para fazer um aceno de varinha, fazendo que a travessa quente repousasse em cima do fogão. - vem cá amor, deixa eu ver - disse Scorpius em um tom totalmente diferente, se virando de onde estava sentado no sofá para olhar o moreno.

Albus fazia um biquinho de dor e ia emburrado na direção do namorado. Scorpius achava cômico, e bem sexy, a forma que aquele homem de mais de 1,80, cabelos bagunçados e barba por fazer agiu como uma criança de sete anos de idade que não gosta de receber ajuda. 

Afinal, ele fora mandado para a Sonserina por algum motivo.

Scorpius ajeitou o óculos que usava para enxergar melhor o dedo do homem a sua frente. Depois de dar uma examinada, levantou-se e foi até a cozinha, subindo no banquinho que estrategicamente ficava lá para que o menor alcançasse as coisas e pegou uma maleta de primeiros socorros.

Durante todo o trajeto do platinado, Albus ficou observando a figura pequena e pálida que chamava de namorado. A forma que suas pernas brancas e nuas, que antes estavam cobertas pela manta de frio do sofá se arrepiaram quando ele saiu do aconchego de seu lugar, a forma que o antigo suéter de Albus verde com um A grande na frente chegava até mais da metade das coxas do loiro de 1,72 e tampava completamente as mãos delicadas dele. Seu rosto queimou e sua ereção se tornou quase sofrega quando o menor subiu no banquinho e o suéter levantou permitindo que o moreno visse a polpa da bunda de Scorpius tampada pela cueca. Quando o rapaz voltou em sua direção e seus olhos se encontraram através da armação do menor, ambos falharam a respiração. 

Os acinzentados e frios olhos de Scorpius, independente de quanto tempo se passasse, sempre ficaria pegando fogo pelos olhos verdes e vivos de Albus.

Balançando a cabeça, e rindo ao notar o quão bobo ele era por Albus, o menor se sentou novamente e, para o desgosto do moreno, cobriu-se e começou a analisar os frascos de poções que haviam na caixa a sua frente.

- Eu realmente tenho que etiquetar essas poções - murmurou o menor enquanto mexia nos frascos coloridos - sempre me esqueço dessa parte do processo.

Scorpius cursava um curso de Poções Avançado em Londres, no Hospital St. Mungus. Suas notas excelentes nos NIEMS lhe garantiu uma vaga com bolsa de estudos. O rapaz fazia as poções durante as aulas práticas e sempre trazia consigo o resultado e jogava na maleta,e quase nunca colocava a etiqueta, o que certa vez envolveu um acidente no qual Albus tomou Amortentia e ficou apaixonado pela pintura a óleo de sua vó Narcissa que ficava na sala de estar.

•FIRST DATE• {Scorbus}Onde histórias criam vida. Descubra agora