II) you say yes and i say no

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  S.H.M

O sol se punha sobre as casas tortas do vilarejo, quase na mesma velocidade na qual os diversos jovens caminhavam pela trilha que levava de volta à escola.

Alguns deles estavam em grandes grupos, outros em trios, e um pouco deles caminhavam com apenas um acompanhante.

Porém também haviam aqueles que caminhavam sozinhos.

Scorpius Malfoy nunca imaginou, de uma forma ou outra que seria um deles nesse dia -- e se fosse seria por sua causa.

Mas pela primeira vez na vida, a culpa não era sua.

O platinado suspirou enquanto pensou em como o dia tinha tudo para ser perfeito; desde o clima até mesmo a suas roupas da qual ele e Albus escolheram meticulosamente.

Agora, enquanto caminhava à beirada de uma cerca,  passando os dedos pelas flores do lado oposto, o Malfoy queria ter acordado doente, ou pior, Albus poderia ter acordado doente --  ele sempre ficava ao lado do garoto na enfermaria.

Sua mente tentava lembrar o exato ponto em que tudo ruiu; quando acordou do seu sonho contínuo, que o segurou por muito tempo.

Já quase na entrada do castelo, começara a lembrar dos dias anteriores...

Scorpius caminhava pelos corredores iluminados pela manhã de Hogwarts, enquanto repassava cada mínimo detalhe em sua mente

Ele iria conseguir agora.

O garoto parou no exato ponto em que Rose Granger-Weasley parava todas as manhãs após descer as escadarias da torre Grifinóriana; as portas da biblioteca

Scorpius sentiu-se feliz ao conferir o relógio; em menos de dez minutos a garota estaria ali

- Ok Scorpius, você consegue, você é um Malfoy- Disse o garoto enquanto olhava diretamente pras escadas, com uma voz nervosa- Seu avô assassinava grifinorios na sua idade, você consegue simplesmente falar com uma...

E então, ela chegou.

Scorpius olhou para ela do mesmo jeito que olhava há 7 anos; como se tivesse olhando para um anjo

Seus cabelos cacheados, de cor avermelhada cobre, estavam presos em um meticuloso rabo de cavalo; sua pele mais escura estava em contraste com o cinza dos suéteres da Grifinória e seus olhos amendoados encararam Scorpius

- Bom dia Malfoy- disse a menina ao encara-lo

- Eh, uhm bom dia Rose! - disse gaguejando levemente- então vou ser diret-

- Você quer saber se eu quero ir com você no sábado para Hogsmade, igual  queria á duas semanas atrás, que também fora igual ao mês passado...- disse a garota de forma levemente debochada e até um tanto entediada.

- Bem dizendo dessa forma, sim? - disse de forma da qual se pareceu com uma pergunta - quero dizer, você faria a imensa honra de me acompanhar Srta Granger-Weasley?- sua voz saiu mais aveludada, mas por dentro ele estava sentindo seu estômago dar loopings e seu cérebro o castigar pela frase ter saído tão enfadonhamente formal.

Durante os cinco segundos em que a garota o encarou de forma pensativa, Scorpius já imaginava de que forma seria esse próximo não; se seria mais educado ou gritado; se ela inventaria uma desculpa ou seria direta.

Mas tanto fazia; ele acabaria se lamuriando ouvindo músicas da Adele e comendo sorvete, enquanto Albus dizia que haviam 7,8 bilhões de pessoas no mundo da qual ele poderia sair, de qualquer jeito.

Albus; ele saíra escondido do menino, já que Albus insistia em dizer lhe que era melhor se ele tirasse um tempo.

"Doeria menos Scorp se você tentasse menos"

- Sim - disse a menina de forma simples.

Scorpius a encarou enquanto sua mente processava - sim, Sim, SIM ELA DISSE SIM.

- Mas é só para você parar de me perseguir desse jeito; é assustador - explicou a grifinoriana, provavelmente com medo de dar esperanças ao jovem.

A menina então, adentrou a biblioteca, enquanto Scorpius continuava estático encarando o ponto, em que a segundos atrás aconteceu algo em que ele sempre sonhara

Sim

Ela disse sim"

- Que bom seria se tivesse sido um não- murmurou melancólico, enquanto pegava o caminho para o Salão Comunal

Enquanto caminhava, o platinado puxou seus fones de ouvido e ligou no aleatório, sem nem ao menos prestar atenção no que passava; ele só queria manter a mente ocupada até finalmente poder desabafar todos seus milhões de pensamentos com seu único e melhor amigo.

Parecia tristemente melancólico ter somente um amigo. No entanto, ele não podia reclamar, afinal Albus o tirou daquela depressão contínua de ser atormentado e lembrado como o filho do cara que foi Comensal. Muitos o olhavam de cara torta, e por mais que desde o fim do terceiro ano as pessoas mudaram a forma de tratá-los, não é como se eles fossem nada mais nada menos do que duas pessoas entediosamente normais que calharam de ter pais famosos que mudaram o curso do mundo.

Ao se deparar com a entrada, o sonserino murmurou "Diabretes da Cornualha" e entrou no luxuoso Salão Comunal da Sonserina, com seu verde espalhafatoso porém mais nobre, saindo do vibrante e indo para o mais fosco e musgo, contrastando com o prateado dos detalhes caríssimos que compunham desde lustres até detalhes da mobília.

Ainda de cabeça baixa e fones ligados, o pálido menino tropeçou em alguns alunos que xingaram ele.

Será que eles não entendiam que ele estava sofrendo profundamente, da mesma forma que a Demi Lovato que ressoava em seus ouvidos a melodia de Stone Cold?

Respirou fundo.

Chegou no dormitório e ouviu os passos do amigo; provavelmente estava pensativo; Albus caminhava em círculos quando ficava pensativo.

Abriu a porta e adentrou no dormitório, enquanto Potter o encarava confuso.

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segundo capítulo atualizado e revisado! esse eu mudei menos kkk mas to chocada com o tanto que eu escrevia mal e com erro que vergonha meu pai 😖👉🏼👈🏼


•FIRST DATE• {Scorbus}Onde histórias criam vida. Descubra agora