XI) One Love, Two Mouths

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S.H.M

A luz da lua iluminava seu rosto branco como cerâmica, marcando suas formas angulares que denotavam a herança Malfoy. Ali, com os olhos acinzentados cheios de lágrimas olhando as estrelas, Scorpius ponderava sobre seus sentimentos - tinha plena noção destes agora. Como se sua vida tivesse tomado uma boa dose de Verissatium, tudo fazia sentido, como se uma névoa se dissipasse.

Porém, a noção desses trazia uma angústia em seu peito que ele jamais sentira; nem mesmo quando era apaixonado pela Granger-Weasley. Na verdade, ao comparar os sentimentos á respeito da garota com o que sentia agora, pode observar gritantes diferenças : O que ele sentia por Rose era um sentimento quase infantil e devocional - achava-a incrível em tudo e a admirava de longe, como um fã pensa em seu ídolo. De fato, nem mesmo desejo sexual ele sentia propriamente; achava-a linda e se sentia atraído, mas nem ao menos imaginava qualquer tipo de ato lascivo entre eles - era um sentimento puramente platônico.

Já com Albus ele parecia que ia explodir ao lado dele. Não o achava incrível e perfeito em tudo, pelo contrário, era um dos únicos que conhecia cada defeito dele como a palma de sua mão - e por nenhum momento quis se afastar devido á estes. Não o admirava de longe, mas sim ao seu lado e o ajudaria em tudo que precisasse, afinal ele era humano. Quanto ao desejo sexual, que começou a pouco tempo, era infinito e constante; ele realmente sentia que poderia atacá-lo como um lobo.

Uma batida na porta o desperta de seus devaneios. 

- Entra - murmurou baixo e acanhado, frente a possibilidade de encarar o dono de suas lágrimas recém derramadas.

Albus Potter adentrou o recinto, lindo como o diabo. Suas vestimentas estavam emboladas, e Scorpius notou que sua camisa estava abotoada errada, com os botões em casas diferentes; subitamente, uma vontade de puxar a camisa e beijar seu torso veio, acalorando seu rosto e o fazendo desviar o olhar. Sem falar nada, Albus se aproxima e se senta ao seu lado, observando as estrelas através do observatório.

O platinado observa o mais alto se apoiar contra a parede oposta, e o encarar sério com suas esmeraldas. Scorpius sente sua mão suar, mesmo contra a brisa gélida da noite que os envolvia. Após um silêncio recheado de tensão (e, pelo menos por parte de Scorpius, tesão), o menino pálido se pronunciou, com a voz ligeiramente trêmula:

- Me desculpe pela cena que eu fiz. Eu realmente não tenho nada a vê com quem você se relaciona - murmurou o rapaz 

- Tudo bem, a gente tava quebrando umas três regras e você é o monitor - Respondeu o moreno, com uma estabilidade rouca na voz que fez cada milimetro da pele de Scorpius se arrepiar.

Que merda, por quê tão gostoso?

Scorpius notou então que o sonserino se aproximou dele, a ponto de seus joelhos se encostarem e o loiro sentir o calor de sua pele (algo que não fazia sentido nenhum, tendo em vista o frio do caralho que estava fazendo). Abaixando tom, como se para deixar implícito a cumplicidade, Albus fala olhando diretamente para o rosto pálido, que no momento olhava para baixo, nervoso de mais para encarar o amor da sua vida:

- Nós dois sabemos o porque de você ter saído correndo daquele jeito.

O coração de Scorpius disparou como uma bomba-relógio, e o medo e a angústia se alastraram dentro de seu ser.

Então era esse o fim.

Albus notou a sua paixonite adolescente e a amizade entre os dois iria pelo ralo

Não tê-lo como amante era ruim, mas não tê-lo de nenhuma forma era pior ainda

Assustado, Scorpius arregalou os olhos e olhou abruptamente para Potter, e as palavras escorregaram de sua boca:

- Por favor Albie não me dei- e a última sílaba nunca foi pronunciada, devido ao susto que o menor levou.

Albus em um movimento extremamente rápido segurou a nuca no menor, com o polegar levantando o maxilar delicado dele, o obrigando a encará-lo, os narizes quase se tocando e a respiração de ambos se misturando, enquanto sua outra mão apoiava-se na coxa levemente torneada de Scorpius, enviando descargas elétricas por todo o seu corpo. Em milésimos de segundos, o moreno acabou com a distância entre eles, chocando seus lábios de forma selvagem.

Sem hesitar, o menor entreabriu os lábios, permitindo que a língua de Albus serpenteasse dentro de sua boca

Scorpius viu então os famosos fogos de artifício

E algumas estrelas também

Na verdade, a Via Láctea inteira 

Eles se devoravam, um beijo cheio de desejo reprimido e urgência. Albus o beijava como se ele estivesse se afogando e o patinado fosse o ar. Suas mãos agora estavam na cintura de Scorpius, apertando-a como se para ter certeza de sua existência. Se separaram, ofegantes e corados, e o moreno se pronunciou, olhando desejoso:

- Eu te amo.

Scorpius marejou os olhos, se sentindo quente e emocionado ao mesmo tempo. Albus agora estava de pé a sua frente, encaixado entre as pernas abertas do platinado que estava sentado e segurando seu quadril de forma firme. O menino então se aproximou, falando próximo ao seu ouvido e dando arrepios na pele do pescoço de Scorpius

- Eu nem sei e nem ligo se você me ama ou não. Mas quero tentar... Tentar te fazer feliz, como você me faz... - murmurou o moreno, fixando os olhos no menor.

O loiro lhe olhou, e arfando se pronunciou, segurando os ombros largos do mais alto:

- Eu vi os fogos Albie. E as estrelas também. - falou, cumplíce, como se estivesse contando seus pensamentos mais íntimos.

Albus entendeu tudo, e sorriu, em frente á razão de seus sonhos mais impuros.

Selaram os lábios novamente, juntando seus amores em um só.





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Oi lindos! semana que vem eu posto um epílogo!

comentem o que acharam, a reação de vcs é tudo pra mim sério!

 eu to preocupada pq to muito enferrujada nesse trem

beijos de luz

•FIRST DATE• {Scorbus}Onde histórias criam vida. Descubra agora