61. P?

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Como se não pudesse ficar pior, após trocarem cumprimentos um tanto tímidos, Tine observou de longe uma moça que deveria ser mais velha que si, atravessando a rua com dois potes de sorvete em mãos.

Uma comparação, seu coracão batia mais rápido do que os raps do seu melhor amigo Fong. 

— Nong, – ela tocou o ombro do mais alto com os cotovelos e este, um tanto desconcertado, pegou os potes enquanto dava-o aos pequenos e tentava clarear as coisas.

— Ah, eu me chamo Alexia! – ela sorriu, parecia uma mistura de tailandês e português, considerando o sotaque semelhante ao de Sarawat e a pele um pouco bronzeada. — Você deve ser o Tine, certo?

A pergunta que não quer calar é: como infernos todos sabiam quem era ele e ele não sabia quem era ninguém, a não ser Sarawat.

— Sarawat falava muito de você. – ah, agora sim tava explicado. — Vou levar as crianças comigo, te vejo em casa.

Em casa.

— P eu não quero ir pra sua casa, quero brincar com o papai...

P' e não "mamãe", sua casa e não uma referência a casa ser deles.

Obrigado. Khalan e Sunee, nada de birra ou não vão ver o amigo do papai mais uma vez!

Então eles gostavam de Tine mesmo sem o conhecer?

— P' – o garoto, que parecia se chamar Khalan cutucou a perna do maior —, papai fala: Tine, Nong Tine, – ele se balançava e fazia bico — enquanto dorme, também diz: Ahh, eu sinto saudades dele. P', ele diz que você...

— Khalan Guntithanon! – Sarawat chamou o garoto e o mesmo correu para perto de Alexia enquanto gargalhava.

𝖻𝗅𝖺𝗁. ░𝟤𝘨𝘦𝘵𝘩𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora