70. mil e uma

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— E então? – Sarawat estava ansioso do outro lado da linha, recebendo informações quentíssimas sobre o quanto o pequeno Type havia gostado de seu quarto, os gritos do garoto era audíveis até mesmo na ligação. Mas o que deixava Sarawat mais bobo era ouvir a voz doce de Tine conversando com Type.

Tudo correndo bem por aqui chefinho. – Phukong respondeu e com uma confirmação desligou a ligação.

Aish, o coração dele batia de forma tão gostosa, era tão quentinho que si quer queria parar de pensar nisso, mas o trabalho o aguardava e precisava buscar as crianças na escola no intervalo do almoço.

Sarawat sorriu largamente e socou o ar saltitante.

— Bom dia P! – cantarolou com um sorriso tão grande que nem cabia em seus lábios, transbordando direto para o coração.

— Bom dia Nong Sarawat! Lindo sorriso!

Ele sorriu mais, como se fosse possível, mas sorriu.

O que diria? "Oh, olá Tine, passei um dia boiola rindo pros cantos só de imaginar a alegria que deve estar seu coração!", ah Sarawat ensaiaria mil vezes sua fala e esqueceria todas as mil e uma vezes que o visse, porque nenhuma frase decorada cabia em seu coração.

Era saltitante mas tão saltitante, que até o tempo resolveu ser cortês com Guntithanon e passou apressadamente. Seu relógio de pulso apontava que estava na hora de pegar seus pequenos malandrinhos na escola.

Cansado de usar roupas sociais, Sarawat entrou no pequeno closet que tinha em sua sala, trocou seu blazer e camisa social por uma singela camisa branca e pôs a para dentro a calça e observou o quanto ela desenhava o músculo de seus braços, sorrindo com os efeitos da academia e alimentação, tirou as joças socias de pé e calçou sua sandália do naruto, como chamava Khalan. Wat arrumou os óculos de descanso de armação preta e passou as mãos no cabelo, pôs o telefone no bolso e saiu de sua sala em direção ao térreo, entrou no carro e dirigiu até a escola de seus pequeninos.

A entrada da escola estava um tanto movimentada, mas isso não empedia que Sarawat descesse do carro para pegar suas pestinhas.

— Ali, ali, olha o papai tá ali! – os dois gritavam juntos, e Sarawat apressou os passos para ir ao encontro de seus filhos.

— Olá Senhor Guntithanon, – a cuidadora sorriu e liberou os pequenos — aqui estão os garotos.

— Muito obrigado.

— Pai, pai, nós vimos seu amigo. Né Khalan?

— Foi, ele tem um filho também! – o mais novo concordou. — Foi o Tian?

— Sim, anta! – a mais velha, Sunee respondeu como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Ele tava a pé, filha? – Sarawat perguntou um tanto preocupado.

A garota pairou com os dedinhos no lábio e enfim respondeu:

— Acho que sim.

— Me ajudem a encontrar ele, ok? Quem achar primeiro ganha um sorvete de duas bolas.

Alguns minutos em seguida Tine apareceu saindo da escola segurando nas mãos de um garoto que deveria ter seus nove anos ou dez.

— Achei! – Sarawat saltitou, e segurando nos dedinhos de seus pequenos acenou para Tine. Que, apesar de confuso, se aproximou do moreno. — Woah, que bom te ver por aqui!

Sorriram e após uma troca de cumprimentos, Tine aceitou a carona.

— Pai o sorvete! – Khalan fez bico, era divertido ver isso pelo retrovisor.

— Mas o papai ganhou, não você, boboca!

Sunee deveria ser estudada.

— Ya eu prometi, vou cumprir. Sem estresse. Mas antes, os cadernos. – Tine viu os gêmeos vasculharem as mochilas, e as jogarem no piso do carro e agora estava cada um com seus cadernos em mãos. — Se importa?

— Ah não, tudo bem. – Tine estava nervoso.

— Ei Nong Type, você gosta sorvete?

— Não seria incômodo? – Sarawat se surpreendeu com a resposta, mas sorriu, e viu um brilho nascer nos olhos do garoto.

— Nunca, garotão. – ele bagunçou o cabelo do garoto que o deu um sorriso largo. — E agora vocês, seus malandrinhos, os cadernos.

Tine ficou de coração aquecido ao ver que mesmo sendo ocupado, Sarawat olhava o caderno dos gêmeos e observava cada mínimo detalhe.

— Meu veredito, é: – até Tine ficou tenso, quem dirá as crianças — VAMOS TOMAR SORVETE!!!

A gritaria foi tão louca que até Type, atravessando sua timidez, se animou junto dos gêmeos. A pequena trupe desceu do carro preto e invadiu a sorveteria, Sunee e Khalan se empenhavam em ajudar Type a se soltar e pediam para fazer como eles, por tanto, em uma pequena fila indiana e derretendo o coração da jovem atendente, Type, por ser mais velho pediu primeiro, escolhendo um sorvete de flocos, Tine fez menção de pagar mas levou de presente uma cara feia de Sarawat, que o arrancou uma risada discreta. Sunee pediu um copinho de sorvete de unicórnio e, com o o auxílio do pai, Khalan escolheu o seu de chocolate.

— Wat? – o moreno capturou os olhos do homem e então entendeu.

— Escolhe pra mim?

Na primeira vez em que os dois se viram foi em uma sorveteria, foi graças a uma armação de Fong. Naquele dia Tine tomava um sorvete verde.

— Dois de chiclete, por favor.

Então ele lembra, Tine pensou. Então não foi só sua mente que ainda trabalhava em o relembrar dos dias ao lado de Sarawat.

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quem quiser comprovar esse encontro na sorveteria relê o cap 33 ♡

Queria pedir desculpas se eu troquei algum nome ou sobrenome shsushs eu mw distraio muito.

𝖻𝗅𝖺𝗁. ░𝟤𝘨𝘦𝘵𝘩𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora