64. nhoum nhoum nhoum

969 108 13
                                    

— P', – o garoto correu para alinhar seus passos aos de  Tine e com os dedinhos na bochecha soltou sua pergunta. — podemos comer bolinho? Daqueles de morango com gotinhas de chocolate.

Há três minutos atrás Nong Type estava agarrado a um pequeno potinho de doces.

— Isso estraga os dentes, sabia?

— Não! Os dentes não, só a barriguinha, porque ela fica nhoum nhoum nhoum, pedindo socorro por causa da fome! P ela vai morrer de fome!

— Não vai não. – o mais velho revidou.

— Vai sim!

— Não vai não.

— Vai sim! P'Tine, eu vou morrer de fome!

— Isso não é fome Type Teepakorn, isso é gulodice. – Tine segurou uma mão do garoto enquanto atravessavam a rua.

Gulousuzi... gulo... gulo... Isso significa comer porque tá morrendo de fome de doce? – ele esticou os olhinhos para seu irmão.

Type agora tinha seus nove anos, continuava um completo fanático por doces e um pouco enrolado em pronunciar palavras um tanto grandes e que dificilmente ouvia.

— Seu celular tá tocando. – ele apontou para o aparelho e o mais velho o retirou do bolso, logo atendendo a chamada.

— Oh sim, exato, Tine Teepakorn. Nossa, eu me sinto absurdamente agradecido! Quando quiser. Terça então, pela tarde. Oh nossa, eu estou extasiado! Muito obrigado, tenha uma boa tarde! – ele desligou com os olhos quase em chamas de tanta alegria, enquanto Nong o olhava assustado e com a barriga faminta de doce.

— Sua cara parece a minha quando você fizer bolo pra mim.

𝖻𝗅𝖺𝗁. ░𝟤𝘨𝘦𝘵𝘩𝘦𝘳Onde histórias criam vida. Descubra agora