Pov’s Cole:
Deixei Lili em casa a trinta minutos. E a questão é que não consigo parar de pensar no que aquele beijo significou para mim.
Foi diferente, muito diferente.... Eu senti que deveria; mais do que as outras vezes. E quando ela me pediu para beijá-la, parecia que tinha me dado o melhor dos presentes! Senti uma escola de samba dentro de mim, um aperto no peito tão grande de felicidade quando nossos lábios se tocaram, que se pudesse jamais teria parado.
Agora, só consigo ficar bravo comigo mesmo por ter demorado tanto para admitir que a sensação de beijar Lili é uma das mais incríveis que eu já senti na vida. Estar perto daquela menina era incrível, contar sobre toda a minha vida para ela não era nenhum tipo de sacrifício, ouvir a sua voz contando qualquer tipo de bobeirinha da sua personalidade ou sobre seu dia, era maravilhoso.
O que Lili Reinhart me causava era inexplicável.
- OII IRMÃOZINHOOOO!!! –Tudo o que eu precisava agora, o Dylan pra interromper meus pensamentos...
- Porque tu chegou tarde? –Se jogou na minha cama
- IIIII AH LÁ!!! SORRIU!! PRONTO, NÃO PRECISA NEM RESPONDER...
- Para de gritar, diacho! – Ponho minha mão em cima da boca dele
- E outra, sete da noite não é tarde...
- Pra quem saiu ás duas da tarde, é! A mamãe quase ligou para polícia. Eu não tô zoando.... Falando nisso, tem pizza na cozinha se você quiser.
- Pega pra mim, por favoooor!!!
- Tá bom. - Eu sabia muito bem que ele tinha ido pegar a pizza para mim sem nenhum tipo de reclamação porque ele queria que eu contasse o que aconteceu hoje; mas não me importei, se isso fosse me fazer ter algumas regalias, não teria problema em contar.
- Toma, e me conta logo.
- Nossa... A sua discrição me surpreende...
- Ah, Sprouse vai tomar no meio do seu cu. Até parece que eu não comia sua bosta na barriga.
- Porra, Dylan!! Eu tô comendo, cara!
- Vai logo oxigenado, conta!
- Ah, a gente só foi no cinema e depois eu levei ela pra ver o pôr-do-sol.
- Own!! Que fofinhos...
- Acho que gosto realmente dela, Dy...
- Acho que você ama ela.
- Amar é uma palavra muito forte.... É complicado demais definir o amor pra que eu simplesmente consiga responder sim ou não.
- Ok, só uma perguntinha, o que você sentiu hoje, consegue ser minimamente explicável?
- Os poetas conseguem, eu não...
- Então é amor...
Encostei minha cabeça na parede e bufei. Esse negócio de se apaixonar por alguém parece distopia para mim, e daquelas que sempre tem sempre um final trágico.
Não que eu achasse o amor algo nojento, perda de tempo, ou chato...
A questão é:
Como amar alguém, sem saber o que isso significa?
- Você me ama?
Acho que pensei alto...
- Claro que amo...
- Então como você não sabe o que isso significa?
- É diferente, Dylan...Eu divido meu aniversário com você, vivo com você, tipo, não tem como não amar o irmão gêmeo. Seria uma falta de amor próprio, sabe? Mas sentir amor romântico é algo um tanto quanto utópico e perigoso.
- Vou ignorar essas baboseiras que acabei de ouvir, e te dizer que você deveria ser mais prático. E apenas assumir o que sente. Amor de verdade não mata. Ah e antes que venha de mimimi, olha pro lado, ou melhor, pras duas pessoas que decidiram guardar esse pedaço de pizza pra você, Cole. As coisas nunca são tão ruins quanto parecem...– se levantou, e saiu do quarto...
Sim, ele estava certo, e eu sabia disso. Era simplesmente difícil pra mim aceitar que eu amava alguém, que talvez não me amasse, como já aconteceu antes. Doeria mais que uma facada, se eu descobrisse que Lili não me ama, como eu suspeito que a amo.
Ou pior, não saber amá-la como eu sei que ela merece.
Não quero nem pensar que o conselho do meu irmão, sobre praticidade só serve para ele, por ele ter sido mil vezes mais amado, cuidado, mimado e aclamado por ela, do que eu. Porque sei sim que Dylan sofreu. Mas ele nunca se sentiu rejeitado pela mãe, por provavelmente absolutamente nada. Ou esquecido no “dia do passeio com a mamãe”.
Se me sentisse rejeitado mais uma vez, não sei o que aconteceria...
E como amar alguém como Lili?
Não posso ousar machucá-la. Não quero.
Eu estava imerso nos meus pensamentos, quando minha mãe entra no quarto para perguntar se eu cheguei com fome ou se quero a sobremesa, já que percebeu o prato sujo no chão.
- Acho que não mãe, obrigada...
- Você tá bem, filho? Nunca nega doce nenhum... – ela veio se sentar do meu lado e eu agradeci aos céus por isso.
- Pode me contar, o que aconteceu?
- Acho que gosto de verdade da Lili, mãe...– Me aninhei em seu ombro
- Que bom, filho! Qual o problema nisso?
- Talvez eu não seja uma boa pessoa pra ela ter do lado...
- Claro que é, Cole...Porque você pensa isso de si mesmo?
Eu realmente preferiria que ela não soubesse do porquê; aquela mulher faz de tudo por mim. E o problema nunca seria ela; e muito menos os dias que eu vivo hoje.
Mas sequela não se apaga...
- Deixa pra lá mamãe... Acho que vou querer o doce!
- Vou lá pegar para você...
- Mãe, antes de ir... Posso te fazer uma pergunta? – Ela se virou para mim
- Você acha que é possível, aprender a amar?
Ela apenas olhou pra mim e saiu.
Sabia que assim que chegasse, me daria aqueles conselhos lindos que só ela sabia dar; junto com a resposta que gostaria de ouvir.
E talvez descobrisse a história verdadeira das duas pessoas que eu mais amo no mundo
Descobrir a verdade, me deixaria em paz...EU NEM ACREDITO QUE APRENDENOS A AMAR CHEGOU A MARCA DE 7K DE LEITURAS!!!!!!! AAAAAAA EU AMO VOCÊS, OBRIGADA DE VERDADE 🤩❤❤
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𝐴𝑝𝑟𝑒𝑛𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝐴𝑚𝑎𝑟
Fanfiction⚠️ Pode conter gatilho para drogas, alcoolismo, problemas familiares e saúde mental Lili Reinhart possui dilemas, dores que uma garota de 16 anos não gostaria de sentir, a confusão toma conta de si, junto com o cansaço... Cole Sprouse teve uma vid...