𝐴𝑝𝑟𝑒𝑛𝑑𝑒𝑚𝑜𝑠 𝑎 𝐴𝑚𝑎𝑟

Medrosos

Pov's Lili

— Lili... posso entrar?

— Claro, Chloe! — Me ajeitei na cama — Senta aqui comigo!

— Já trouxe a pipoca! — Tess disse adentrando o cômodo.

— Ah lá, a pirralha... eu hein, garota — Encarei com deboche.

— Vai tomar no seu cu, loira aguada.

— Tô brincando, me dá essa pipoca aqui!

— A gente quer saber como foi! — Tess fez voz manhosa.

— Faz um tempão que você tá de rolo com o Cole e quase não conta nada pra gente. Poxa, quero criar shipper, Lil. Ajuda a mana...

— Ah, eu já contei pra vocês que ele me ajudou aquele dia e ai a gente ficou mais próximo.

— Ai que chata! Eu quero detalhe, amore, DE-TA-LHE.

— Nós começamos a sair mesmo aquele dia que eu tive que dormir na casa dele, por causa do papai, sabe? E sei lá, ele me faz muito bem... A gente conversou sobre umas coisas, e parece que a nossa energia bateu.

— Ai que fofo... Eu shippo Sprousehart!

— Eu como uma boa leitora de romance preciso fazer essa pergunta...

— Fala, Chloe...

— Você ama ele?

Essa me pegou de surpresa...

— Caramba, Chloe... Pega leve, essa pergunta é complexa demais.

— Tá, eu vou facilitar — Completou a minha irmãzinha com uma voz de tédio, pondo pipoca na boca. — Gosta de contar sobre a sua vida pra ele sem nenhum tipo de sacrifício ou gosta de saber de coisas bobinhas dele?

— Uhum.

— Gosta de estar com o Cole?

— Óbvio que gosta, né, sua burra. Ela chegou em casa depois de 7 horas fora de casa com ele... — eu sorri meio envergonhada.

— Sim, eu gosto, nós somos muito parecidos e conversar com ele me deixa mais feliz, sabe?

— Meu Deus! Vocês são muito fofos, não dá!

— Tá, gente, vocês vieram aqui no meu quarto só pra falar de homem? — debochei.

— Bom, no início sim, né... Mas bem que a gente podia fazer uma maratona de Outer Banks pra aproveitar a pipoca, né?

Pov's Cole

Mamãe me trouxe um pedaço de torta de limão e se sentou ao meu lado.

— Por que tanto medo, Cole?

— Amar alguém é tão dificil... — murmurou uma resposta baixinho.

— O quê?

— Você parece o seu pai... — soltou um riso timidamente irônico.

— Isso é ruim?

— Talvez seja. Mas estou aqui, não?

— As coisas devem ser um pouco diferentes, né, mãe? Ela era...

— Tóxica, Cole. Mas nem por isso você deveria achar que todas as pessoas serão asquerosas como ela. Eu acho que terei que te contar tudo o que aconteceu, quem sabe isso serve pra você lidar com seu próprio coração... — me inclinei para frente mostrando interesse. — Nós nos conhecemos numa festa de bodas de algodão de uns amigos em comum, eu lembro como se fosse ontem. Seu irmão derrubou sorvete de chocolate na minha blusa branca...