Capítulo 19

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(...)

Após eu ter tentado tirar algo deles a respeito da visita do policial e não obter resultado algum, o Jonny chegou e fomos para a escola, durante o caminho ele ia me contando as novidades do que aconteceu na escola enquanto eu me sentia nostálgica, logo chegamos no estacionamento e vimos nossos amigos nos esperando já. Ele estacionou e eu sai logo do carro indo comprimentar  meus amigos que estavam mais animados que o normal, todos falavam animados e eu só sorria sem saber oque fazer, até ir para a sala de aula e sentar ao lado do meu namorado, já que a Sol me trocou pelo Noah.

Professor: Bom dia turma, hoje iremos ter uma aula diferente do habitual.- diz e pega uma pasta.- Como todos sabem, temos visto as fórmulas e equacões de algumas substâncias, mas hoje, iremos pôr nossas teorias em prática, então me encarreguei de pedir para organizarem o laboratório para que possamos explorar um pouco mais.- diz e recolhe as coisas dele.- Vamos?- pergunta e logo em seguida vai até a porta, todos nos levantamos e seguimos ele.

Angel: Agora que eu me lasco de vez, não sei nada sobre as ùltimas aulas. - digo baixinho para que só o Jonny escute.

Jonny: Eu te ajudo, sem problema nenhum.- diz e deposita um beijo em minha bochecha.- Acho que o professor não vai se importar, enquanto isso vou te passando as matérias anteriores, para você entender melhor a aula.- diz e eu assenti, logo continuamos o caminho em meio de assuntos banais com nossos amigos que se juntaram conosco.

Nós chegamos ao laboratório e nós acomodamos, o professor deu as instruções enquanto vestiamos os jalecos, logo após um momento de anotações e mais instruções, nós finalmente pudemos pôr mãos á obra,  seguindo tudo á risca acabou correndo tudo bem, sem desastres ou explosões químicas ou até mesmo nuvens de fumaça  (que foi oque quase aconteceu), fomos para a cantina em um assunto tranquilo e rindo de qualquer piada dita, almoçamos e a manhã passou tranquila, combinamos de toda tarde irem na minha casa para me ajudar nas matérias atrasadas, e eu achei até melhor, pois quanto antes, melhor, não é mesmo? Eu ainda não tinha visto á Lindsay, oque é estranho, porque ela já deveria ter vindo se insinuar para o Jonny, ou dizer alguma palavra maldosa sobre o incidente naquele dia no banheiro, mas prefiro não lembrar disso e me concentrar apenas no agora. Já era hora de ir embora quando o Jonny recebeu uma ligação de sua mãe, ele se afastou um pouco para atender e voltou meio pensativo, achei estranho, mas não disse nada. Ele disse que seus pais queriam conversar com ele, oque para ele era estranho. Ele foi o caminho todo pensativo, me deixou na minha casa e foi embora dizendo que logo ele retorna para esperar nossos amigos chegarem e iniciarmos nossa tarde de estudos. Eu concordei e me despedi dele, fui para dentro e tentei me concentrar em outra coisa que não seja o quão perturbardo ele aparentava, decidi deixar para perguntar o porque quando ele viesse.

(...)

Já passava das duas da tarde e todos já haviam chegado menos ele, o Jonny, ele não havia dado notícias desde que me deixou aqui, nem uma mensagem mandou, todos estavam conversando animados, sem ter noção do que acontecia, eu estava preocupada, mas não sabia do que se tratava, foi então que meu celular tocou.

Jonny narrando.

Eu ainda não estava conseguindo digerir oque meus pais me disseram, estou estático no mesmo lugar e eles me encaram sentados no sofá, eu não consigo formular nenhuma frase ou até mesmo uma palavra para lhes dizer, meus olhos estão focados em um ponto qualquer da parede da sala e ouço a voz deles ao longe, me sinto atordoado, preciso respirar, sair daqui me fará bem. Saindo do meu transe eu pego a chave encima da mesinha e saio de casa sem nem ao menos falar nada, ouço os protesto de minha mãe, pego o carro e dirijo por aí, minha cabeça está cheia, as palavras deles que saíram tão naturalmente ecoam pela minha cabeça me fazendo perder o foco, fazendo meu estômago embrulhar, não entendo o porque dessa decisão, parecia que tudo estava indo tão bem, eles deveria ter me falado antes, eu merecia saber, quando vejo estou parado em frente a pracinha onde costumo vir com a Angel.
Sai do carro e andei pela pracinha até sentar no meio fio, começo a pensar no que me foi dito até meus pensamentos se embolarem por si só, me sinto atordoado, não era algo que eu esperava ou pensava que fosse acontecer, abaixo minha cabeça e encosto ela entre os meus joelhos e permaneço assim até sentir mãos me tocando, ela perguntava se eu estava bem e oque houve, mas eu não tinha forças no momento para levantar a cabeça e a encarar. Quando eu resolvi a encarar eu sentia sua respiração batendo em meu rosto, e seus olhos me encarando preocupados, ela continuava me perguntando oque houve e dizendo que vai ficar tudo bem, eu segurei as mãos dela e resolvi respondê-la.

Jonny: Nada vai ficar bem, você não sabe oque eu tô sentindo com a notícia da separação dos meus pais, você não entende.- termino de dizer e saio dali deixando ela sozinha estática no mesmo lugar, ouço ela murmurar algo, mas não consegui entender, entrei no carro e sai por aí, sentei na beira da praia e vários pensamentos tomaram conta da minha mente, e foi então que a culpa tomou conta de mim quando eu me dei conta do modo como eu agi com a Angel, ela perdeu os pais e eu disse que ela não entende nada, sendo que a dor que ela guarda para si é muito maior do que a que eu sinto agora. Me sentindo culpado eu levanto passando a mão nervosamente no cabelo e vou em direção ao carro para ir até a casa dela. Eu cheguei na casa dela e a Olivia foi quem me atendeu.

Olivia: Oi Jonny, a Angel não está, ela recebeu uma ligação e saiu de casa correndo dizendo que tinha algo muito importante para resolver, o pessoal ficou preocupado até que eles resolveram ir embora, mas não disseram nada, você não sabe de nada?

Jonny: Oi, bom talvez, vou ver se consigo falar com ela, até.- saio dali e tento ligar para ela, e só chama e nada dela atender, continuo tentando até que começa a dar na caixa postal.- Vamos meu amor, atende.- digo apreensivo, então resolvo ligar para a Sol que também não atendeu, mas me mandou uma mensagem dizendo que ela estava com a Angel na casa dela, e que ela não queria me ver por um tempo, eu entendo eu não medi as minhas palavras antes de proferi-las em sua direção e isso acarretou nela ficando magoada comigo, e com razão. Fui para a minha casa pensando se vou na casa da Sol ou não, e liguei para o Noah afim de saber se ele sabe de algo, e descobri que ele também está na casa da Sol, juntamente com o Eduard, entro dentro de casa e vejo minha mãe sentada sozinha no sofá, subo para o meu quarto e me jogo na cama encarando o teto, sem perceber eu durmo com o celular aberto no chat com a Angel.

Angel narrando.

Quando eu saí correndo de casa a procura dele eu estava desesperada, pois não sabia oque estava acontecendo, então eu fiquei muito preocupada de ser algo sério. Fiquei andando por um tempo até chegar num dos lugares onde normalmente frequentamos juntos, eu vi ele sentado na calçada e parecia tão desnorteado que me deu um aperto enorme, eu fui até ele e me aproximei perguntando oque estava acontecendo, ele não respondia e eu me sentia desesperada, até que depois de um tempo ele levantou a cabeça e ficamos bem próximos sentindo a respiração um do outro, e ele me disse que nada ia ficar bem pois os pais dele estavam se separando e eu tentava acalmar ele, então foi quando ele disse: " Você não sabe oque eu tô passando com a notícia da separação dos meus pais, você não entende" e isso me quebrou, ele levantou dali e me deixou estática no mesmo lugar, e eu só consegui sussurrar ainda extasiada.

Angel: Eu não entendo pois eu só senti a dor da perda deles.- Eu fiquei ali um tempo parada relembrando tudo que aconteceu até eu perceber que chorava e resolvi ligar para a Sol, que após perceber o meu estado disse que já vinha me buscar, fiquei esperando ela sentada no mesmo lugar, com o celular pendurado na mão e o olhar fixo no meu all-star, quando vi o carro do Noah parar na minha frente e a Sol descer desesperada e me abraçar apertado e me guiando para dentro do carro ela perguntou oque houve, e eu expliquei logo percebendo que todos eles estavam ali. No caminho eles pararam no Mcdonalds e compraram algumas coisas e fomos para a casa da Sol, que por sorte estava vazia no momento, não queria ter que explicar nada para a mãe dela, fomos direto para o quarto dela e eu me deitei em sua cama e fiquei encarando o teto e repassando tudo que aconteceu ultimamente, até o momento em que fui interrompida por eles que tentaram me distrair ao máximo, e até que estava funcionando um pouco, eu via como eles estavam triste por eu estar triste, então tentava ao máximo me permitir rir juntamente com eles que estavam se esforçando tanto para me arrancar um sorriso, e eu consegui me distrair por um tempo, até eles começarem a agir estranho depois de falarem no telefone.

Eu vi o amor em seus olhosOnde histórias criam vida. Descubra agora