Capítulo 62

1.5K 103 4
                                    

Andréia Calia
Sem revisão.

A estrada está praticamente deserta, o que a é estranho, para ser um sábado às 12h. Meus olhos estão concentradas no caminho, enquanto mais ouvidos, estão escutando uma das minhas músicas favoritas. OneRepublic- Let's Hurt Tonight.

Ao avistar o hospital, uma esperança aquece meu coração. Mas sempre é assim, minha esperança de ver o Levi acordado quando chegar, não some.

Estaciono meu carro e saio do mesmo. Ao entrar no hospital, avisto o Doutor André, vindo em minha direção.

André- Boa tarde! ( Ele tem um sorriso estampado no rosto)

Andréia- Boa! ( Não ofereço o mesmo sorriso)

André- O que acha de irmos almoçar? Você precisa se animar. ( Ele põe a mão sobre meu braço e alisa)

Bem.... vou explicar pra vocês melhor. Vamos voltar a uma semana atrás.

Chego no hospital com duas malas, tiro-às do porta malas e entro. Meus olhos estão baixos, não me permito olhar para frente. Porém uma pessoa me chama.

André- Precisa de ajuda? ( Pega uma das malas)

Andréia- Se não for incomodar. ( O quarto do Levi, fica no 4 andar)

André- Então... O que faz aqui? ( Não é obv? "Penso comigo")

Andréia- Acho que você sabe! ( Entramos no elevador)
- Você estava presente, quando foram ver meu namorado. ( Dou um sorriso falso)

André- Sei... só queria puxar assunto. ( Não o respondo)
- Que tal irmos almoçar?

Andréia- Já almocei, mas obrigada. ( Olho impaciente para a porta do elevador, que ainda mostra -2 andar-)

André- Outro dia? ( 3°andar)

Andréia- Oi? ( O olho)

André- Pode ser outro dia? (4° andar. Pego as duas malas e saio)

Andréia- Ok, tchau! ( Saio e entro no quarto do Levi)

No momento estou olhando pro André, que tem uma expressão ansiosa.

Andréia- Sinto muito, mas tenho que ver o Levi. ( Passo por ele, mas ele vem logo atrás)

André- Pode ter certeza, ele ainda dorme. ( Ele dá um sorrisinho. Para de andar e olho para ele)

Andréia- Eu não vou sair com você, entenda! ( Volto a andar. Subo as escadas, já como o elevador está ocupado e, não vou esperar)

André- Qual é Andréia, só um almoço. ( Corro nas escadas e já estou no 4°andar)

Andréia- Estou sem fome. ( Entro junto com ele no quarto do Levi, que no momento se encontra sem ninguém. Só o Levi)

André- Vamos, só quero uma chance. (Fala)
- Um simples almoço, não faz mal. O Levi... não vai sair daqui.

Andréia- Não quero que dirija a palavra ao Levi. Escute bem. Eu não vou sair com você, eu vou ficar com o meu namorado, e quero que você suma. ( Aponto o dedo na sua cara)

André- Abaixe esse dedo, apenas quero ser legal! ( Ele aperta com força meu braço)

Andréia- Me solta. ( Grito)

André- Você não pode se prender a ele, já faz semanas que ele não acorda.

Andréia- Me solta. ( Falo com os dentes truncados)

André- Não.... ( Ele para de falar pois...)

Levi- Acho melhor você solta-lá. ( Meu coração gela e meu corpo trava)

....

Levi González.

Meu corpo está completamente pesado, minha cabeça doi e meus ouvidos não escuta nada.
Tento fazer movimentos, mas é falho. Tento, Tento, tento e tento mais uma vez... até que escuto a voz que tanto mexe com meu psicológicos.

A voz fica mais alta. A vontade de vê-la novamente, faz com que meu corpo reaja, como se ela fosse meu incentivo.

Mexo meu dedos e meus pés. Resultado positivo.
  Logo tento abrir meus olhos, eles se apertam e com um esforço eles se abre. Fico um tempo olhando pro teto branco, até que me acostumo com a claridade novamente.

Minha cabeça vira para o lado, vendo assim o corpo da Andréia de costas para mim. A voz de um homem, ameaçando a Andréia, ativa meus extintos. Me levanto e me permito falar.

Levi- Acho melhor você solta-lá. ( Falo rude)

Percebo o corpo da Andréia ficar tenso, enquanto o homem se afasta.

X- Levi... você... você acordou.  ( Gagueja)

Levi- É o que parece. ( Falo)

X- Vou avisar para o Médico responsável. ( Ela sai)

A Andréia ainda não se virou.

Levi- Você está bem?

Ao perguntar, ela corre até mim e, me abraça com uma força que não sabia que ela tinha.

Andréia- Você... aí ( Ela esconde o rosto na curva do meu pescoço e chora)

Levi- Ei, Não chora. Eu estou bem. ( Falo e faço carinho no seu cabelo)

Cathe- Andréia... eu fui comprar um lanche. ( Ela fala entrando no quarto)

Andréia se solta de mim e olhamos para a Cathe. Ela solta o copo que segurava e corre até mim.

Cathe- Meu Deus, você tá bem e vivo. ( Me abraça rindo)

Levi- Oi salsicha, que bom te ver. ( Ela se afasta e faz careta)

Cathe- Pode voltar a dormir. ( Ela diz e faz a Andréia rir, em meio ao choro)
- Você contou? ( Olha para a amiga)

Levi- Contou o que? ( Olho confusa)

Cathe- Eu poderia sair, mas não vou. Pode contar. ( Ela senta na poltrona)

Levi- Andréia... (Incentivo ela a falar)

Andréia- Me promete que não vai desmaiar? ( Toca meu rosto)

Levi- Sim. ( Sorri )

Andréia- Você vai ser pai. ( Fala de uma vez)

....

Continua....

Meu obsessivo Onde histórias criam vida. Descubra agora