Capítulo II

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Quatro anos atrás...

Alan começava a acordar sentindo algumas dores, devido à queda e levava a mão bem as suas costas empurrando a pedra que tinha caído sobre ele. A sua frente a pequena criatura estava parada coma cabeça tombada de lado e escutando todo o som que era emitido pelo pai de Victória, ele não havia percebido isso ainda, pois estava com os olhos fechados cobertos de poeira do piso que tinha caído e da terra que se levantou do chão do lugar quando tudo veio abaixo, quando ele abriu os olhos e olhou para frente buscando encontrar Victória ali, ele se depara com a criatura que parecia o observar mesmo não tendo olhos.

- O que é você?

A criatura no mesmo instante se colou em uma postura de imponência e depois sem esperar muito tempo, lançou a parte de seu tronco a frente, com os braços abertos pronto para agarrar Alan e emitindo um som agudo e estridente que era característico dos Lacranos.

Antes que o filhote do líder Lacrano pudesse chegar a alcançar Alan, um tiro ecoou naquele lugar atingindo a criatura com força o bastante para lança-la de lado, salvando a vida de Alan que estava em choque com o avanço da pequena criatura. Uma chuva de balas foi disparada em seguida, quando os responsáveis viram que a criatura se levantou após o primeiro tiro, dessa vez além de projéteis letais também foi usado tranquilizante para derruba-la.

Alan se assustou com os disparos se encolhendo em posição fetal tentando se proteger, foram muitos os tiros para conseguir derrubar e manter ela desacordada. Todos olhavam para ela e ainda podia se ver seu pulmão trabalhando, um sinal que não havia morrido.


Tempos atuais...

Um portão enorme era aberto, bem guardado com seus seis soldados ali presente separados em ambos dos lados, com suas metralhadoras carregadas e prontas para serem usadas em qualquer um que tentasse invadir a instalação. Um caminhão do exército passa pelo portão se dirigindo para um local mais afastado, rumo as montanhas.

O caminho era apenas um, tanto para ir quanto para vir, ninguém mais passava por ali, apenas esse caminhão, e assim foi decretado para acontecer. Ao chegar no objetivo o caminhão para e o motorista completamente fardado passa alguma informação para outro soldado que está de guarda na entrada de uma passagem para uma caverna.

O caminhão é autorizado a entrar, mais uma vez o motor ronca dando movimento ao veículo que segue sendo guiado pelo soldado até mais a fundo daquele lugar. Parando alguns metros depois da entrada, os homens descem dele e fazem a escolta para outras pessoas que chegam usando um tipo de roupa que cobria o corpo por completo, carregando várias macas, e nelas são colocados vários corpos deformados e sem vida, que são levados para uma grande vala onde o fogo ardia constantemente.

Os corpos eram jogados ali para serem queimados e tanto para a eliminação deles quanto para que outras pessoas não descobrissem o que estava acontecendo dentro da instalação. Após terem descarregado o caminhão, e este completamente esterilizado, os soldados retornam para o mesmo e saem dali seguindo de volta para o lugar de onde haviam saído mais cedo aquele dia.

A instalação fora montada próximo a uma outra gruta, onde utilizaram sua estrutura para esconder tudo que eles precisavam usar para fazer seus experimentos. Mais para o fundo da gruta estava separado em uma sala um grande recipiente contendo um líquido ali dentro que preenchia todo o espaço, em formato cilíndrico tinha uma base feita de metal com alguns dispositivos eletrônicos, de onde muitos cabos saíam e seguiam para alguns aparelhos, e sobre esse recipiente também existia uma peça metálica parecida com a base, porém não tão tecnológica assim, também com alguns cabos saindo dela.

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