— O.K. Você fica com os lados leste e norte, e eu fico com oeste e sul da casa. Pronto? — disse Sammy, me entregando saquinhos com ervas e outras coisas que aprendemos com uma velha, a miga do papai.
Hora de acabar com esse Poltergeist idiota.
Sam foi para um lado e eu para outro, com um saquinho no bolso, outro na mão e uma marreta na outra, cheguei na cozinha, o ponto Leste da casa. E já fui recebido por uma chuva de lixo orgânico e fedorento.
— Filha da... É agora que eu acabo com você.
Corri para o ponto exato em que deveria quebrar a parede. Ao começar a fazer o movimento com a marreta, pratos e copos começarão a me atacar. Explodindo na parede à minha frente, a marreta começou a ser puxada da minha mão, se soltando e parando entre 2 a 3 metros de distância. Fui correr para buscá-la, mas algo segurou meu pé me jogando para trás, por sorte bati em algo menos duro, ainda assim doeu.
— Isso doeu! — Disse a coisa que amorteceu minha queda, que tinha um cheiro familiar de Mel...
— Castiel? — Fui me levantar e acabei colocando a mão no "CASSINHO" fiquei vermelho e tirei na hora.
— Oi, Dean, acho que você está um pouco ocupado agora. — disse ele, se recompondo.
— Não!... Você acha... — Nem terminei a frase e fui carregado para longe de Castiel, o saquinho escapou da minha mão.
Castiel pegou o saquinho, foi ao lugar exato e com um soco fez o trabalho da marreta, jogou o saquinho lá dentro e uma energia fria passou pelo meu corpo, e tudo se acalmou parcialmente, pois ainda assim escutava barulhos e alguns gritos do Sam.
Eu continuava no chão, quando Castiel apareceu do nada na minha frente:
— O segundo saquinho! Rápido. — Me estendeu a mão, peguei o saquinho do meu bolso e passei a Castiel que sumiu, segundos depois outra e energia gélida.
Levantei e fui para o lado sul da casa, no meio do caminho outra energia, agora mais fria e poderosa. Falta apenas mais um saco.
Chegando no quarto e o último ponto da casa, fui recebido com Castiel grudado no teto, tive o vislumbre de um fogo imaginário que me congelou, e eu travei enquanto assisti à boca de Cass se abrir em meu nome. Sam chegou em seguida e, sem dizer nada, meteu uma marretada no último lugar e jogou o saquinho. Uma energia ainda mais forte e agora congelante e poderosa nos jogou para trás. Sam e eu batemos as costas no guarda-roupa, e Castiel caiu de cara no chão.
Agora tudo estava calmo.
Castiel estava rindo de bruços, ainda sem se levantar. Sam e eu se encaramos, Sammy estava tão perplexo quanto eu. Castiel estava me assustando.
— Isso foi divertido! — Castiel disse, ainda rindo no chão — Queria poder fazer outra vez.
Meu irmão começou a rir, não podendo mais conter comecei a rir também. Rimos por mais um tempo. A casa estava limpa! E Cass parecia estar bem!
— Cass que bom que voltou! — Eu disse, abraçando-o fortemente.
— É bom te ter de volta, cara! — Sammy disse, se juntando a um abraço coletivo.
— Eu estou com vontade de comer pizza! Para comemorar, o que acham? — disse o anjo, o que era bem estranho sendo um, "Anjo."
Sam e eu se encaramos outra vez, ele estava pensando o mesmo que eu. Tinha alguma coisa de errado ali.
— Está tudo bem mesmo, Cass? — perguntei.
— Que foi? Pizza é gostosa, até para anjos, sabia?
— Tudo bem! Pizza, então! — Sam disse.
— Que cena mais... Comovente. — Uma voz surgiu no final do quarto.
Castiel estremeceu. Se virou e encarou o dono da voz.
— O que quer Gabriel? — Cass disse, ele parecia temer alguma coisa.
— Nada, irmão. Apenas dei uma passada. Para agradecer, você me trouxe a vida outra vez. Obrigado!
— Ótimo, não foi nada, pode ir agora. — disse Castiel. Ele estava muito estranho, escondia algo. Como assim Castiel o trouxe de volta?
— Tive uma ideia melhor. Deixe que eu acompanhe Sam até o motel, você e Dean precisam ter uma conversinha. Não é Dean? — Do que esse filho da mãe está falando?
O clima alegre já tinha acabado.
O que Castiel precisava me contar? E o que Gabriel tem a ver com isso?
— Daen? — disse Sammy, passando o olhar assustado em cada rosto ali presente.
— Venha comigo, Sammy! E tudo vai ficar bem! — Gabriel era melhor que eu no sarcasmo.— Tudo bem, Sam! Vá com Gabriel, mas o carro fica. Não confio muito nesse aí. — Olhei para o Gabriel, que já estava pronto para tirar meu irmão daqui, que abriu um sorriso de lado me fitando. — Tome conta do meu irmão! Se você fizer qualquer...
— Tudo bem! — disse ele, me interrompendo — Vou cuidar dele como se fosse meu! — Aquela frase tinha um duplo sentido, mas não consegui decifrar o segundo.Castiel continuava rígido do meu lado, encarando Gabriel friamente.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Eu odeio tudo sobre você
FanficFANFIC DESTIEL AVISO: Contem cenas inadequadas para menores de 18 ANOS! Castiel começa a se tornar humano, sendo obrigado a lidar com sentimentos pelo Dean que jamais pensou que poderia ter. Dean já notará anteriormente algo especial em Cass, mas de...