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Entro no banheiro logo depois de Asheley fechar a porta da cabine e paro antes de bater na Madeira

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Entro no banheiro logo depois de Asheley fechar a porta da cabine e paro antes de bater na Madeira.

Respiro fundo sentindo algo em minha garganta, talvez o nojo da pessoa envolvida em tudo isso? Que foi capaz de compartilhar algo tão íntimo, e que provavelmente sabia que iria a machucar dessa forma.

— Asheley...— Começo. Mas não sei o que exatamente falar, não quero só soar como uma pessoa tentando ajudar de forma superficial.

— Vai embora! Eu não quero sua ajuda. —Ela grita do outro lado da cabine e sua voz é embargada pelo choro. Mesmo que ainda congrnba certa raiva em cada sílaba.

Suspiro apoiando minhas costas na parece ao lado da porta e me permito abaixar até sentar no chão sem me importar, só sinto meu coração afundar a cada soluço da líder de torcida supostamente tão forte e imbativel que no momento é como qualquer mulher que eu possa ter empatia.

— Bom, então pode me xingar. Ate me dar uns tapas, mas não vou sair daqui.

Falo esperando que ela realmente abra aquela cabine e me agride, meio que não temos as melhores experiências de amizade. Mas nada acontece por longos e silenciosos segundos, somente o choro abafado de Asheley no espaço e fecho meus olhos deixando minha cabeça pender para trás.

Pego meu celular colocando algumas músicas para tocar, as escolhendo, torcendo para que a letra delas a ajude tanto quanto as melodias me ajudam quando estou realmente estou mal. Sei que não posso nem mesmo comparar a dimensão das nossas dores, mas é  a minha forma de ajudar como posso agora.

Breathin da Ariana Grande está tocando quando escuro uma movimentação do outro lado da cabine e me preparo para seja lá o que aconteça a seguir, mas Asheley não abre a porta. Então quando ela fala a seguir, percebo que sua voz está mais próxima, me levando a crer que se aproximou mais da porta.

— Por que está aqui?— Sua voz é baixa e parece realmente confusa.

— Eu te vi correr nessa direção, e pensei que precisava de alguém.— Sou sincera.

— Eu não faria o mesmo por você.— Ela comenta ainda sem entender e dou um pequeno sorriso sem humor.

— Sei que não.

O silêncio a seguir é  quase preenchido pelas dúvidas e questionamentos internos de Asheley. É gostaria de lhe ajudar a compreender, mas acho que algumas coisas só aprendemos quando nós disponibilizamos a compreender.

— Você também viu as fotos. — Não é  uma pergunta.

— Sim. — Novamente opto por ser sincera.

— Acho que no mínimo isso aliviou a raiva que você sentia por mim, afinal, agora sou uma chacota.

— Nem tudo é sobre vingança, Asheley. Para ser sincera, fiquei muito chateada com tudo isso, estou enojada com quem tiver feito isso porque nenhuma mulher merece ter a confiança traída dessa forma.— Apoio minha cabeça na parede e suspiro. — Independente se você quis ferrar co meu relacionamento com Chris. Isso não quer dizer que vou achar algo assimsatisfatório.

Com paixão, Chris | #1 (hiato)Onde histórias criam vida. Descubra agora