Viro meu rosto na direção do meu celular que está vibrando no bolso frontal da minha mochila que tem uma das alças sobre meu ombro direito. Droga.
— Eu juro pode deus que sinto que vou enlouquecer a qualquer momento. — Alicia confessa ao meu lado enquanto passamos pela porta de vidro que fica na entrada do prédio da área de medicina. Consegui convencer a minha amiga a dar uma pausa para irmos almoçar, já que mesmo estando no tempo livre, a garota fica presa dentro do laboratório.
— Isso tem somente relação com as provas se aproximando, ou também é algo a mais? — Pergunto, sondando a situação antes de dar qualquer conselho.
— Um pouco de vida pessoal envolvida também. — Confessa e balanço a cabeça mostrando que estou acompanhando sua fala. — Papai ontem me comunicou gentilmente que iremos viajar no próximo final de semana, alguma coisa como "visitar meus avós que moram em Nova York" — Ela da uma pausa respirando fundo e passando as mãos com dedos longos e unhas brancas pelo cabelo liso e castanho. As mãos de Alicia são realmente muito bonitas, não sei porque, mas tenho essa coisa de reparar em detalhes específicos das pessoas. — A questão, é que ele nem mesmo me deu a oportunidade de dizer não, ou sim. Simplesmente vai me arrastar com ele. — Suspira.
— Isso parece bem chato. — Confesso. Não consigo ver um conselho realmente valido nessa situação, não quero lhe dar uma falsa promessa ou segurança de que tudo vai dar certo, e que serão rosas e chocolates, porque nos sabemos que tem altas possibilidades de ser bem chata a situação toda.
— Pois é. —
Alicia respira fundo novamente e então percebe que saímos tão rapidamente do prédio que ela até mesmo esqueceu de retirar a roupa branca, que eu mais chamo como "roupão de médico" que ela usa no laboratório e respira fundo frustrada.
— Droga. — Diz baixo.
Pego o celular, desbloqueando a tela e procurando saber o porquê da vibração que ouvi dentro de minha mochila e vindo claramente dele. E não consigo conter o sorriso bobo que escapa divertidamente por meus lábios ao ver a mensagem, e principalmente: quem a enviou.
Chris Cooper: Podemos nos encontrar após as aulas? Talvez eu esteja doente, e preciso de um pouco de atenção.
Acabo rindo de sua mensagem, e balanço a cabeça contendo um pouco da felicidade dentro de mim. Mas obviamente Alicia percebe e arqueia a sobrancelha para mim com suas mãos dentro dos bolsos do grande roupão branco.
— Deixe-me adivinhar... — Ela da uma pausa e sorrir pequeno. — O paraíso anda em ótima forma. — Afirma e concordo ainda sorrindo.
— Eu e Chris estamos namorando. — Falo um pouco baixo, minhas bochechas por alguma razão coram. E percebo isso facilmente, pois sinto a forma como minhas bochechas esquentam. Não somente minhas bochechas, parece que todo meu rosto está vermelho agora.
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Com paixão, Chris | #1 (hiato)
RomansA primeira história da trilogia do Universo de "Francine College" apresenta Christopher e Emma, um casal um tanto quanto apaixonante. Christopher faz parte do trio mais desejado e invejado da universidade de San Diego. Sempre com um sorriso fácil e...