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— Eu vou morrer afogada!

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— Eu vou morrer afogada!

Chris rir logo atrás de mim enquanto ajeita sua camisa, ou melhor, o pano que ele acabou de retirar por cima da cabeça.

— Não vou permitir que isso aconteça. — Garante com sua voz doce, e ao mesmo tempo, seu olhar – e seu corpo –me passa sensações mais quentes do que o sol que brilha acima de nós.

— Sabe? Sou péssima nadando. Tem uma diferença entre estar na sua piscina, com bordas e essas coisas seguras. E entre entrar em um mar. — Falo para ele e o rapaz me observa enquanto estou no meio de uma crise de palavras.

— Confia em mim? — Ele pergunta por fim enquanto a prancha ao seu lado está cravada na areia. Ele parece quase um deus da Grécia antiga. A pele bronzeada, os olhos verdes tão intensos que causam um incêndio dentro de mim sem nem mesmo precisar me tocar, o cabelo escuro e liso que cai um pouco e até mesmo balança contra o vento forte, e sem precisar falar o quão escandaloso ele fica com somente uma bermuda curta caindo no limite de seu quadril.

Ele é um absurdo de tão lindo, e gostoso.

— Claro que sim. — Respondo convicta. Não tem uma célula em mim que desconfie mais das intenções de Chris. — O que eu não confio é na minha capacidade de sobrevivência. — Completo a seguir.

O rapaz ainda rir, e é quase patético que eu o esteja divertindo com meu pequeno surto de consciência. Sinto vontade de chutar areia naquele corpinho perfeito, mas provavelmente Chris não se importaria nenhum pouco. Já que ele passa mais tempo sentindo a areia do que qualquer outra coisa.

— Não iremos para muito fundo, acredite. — Ele desenterra a prancha da areia a puxando com suas duas mãos envolvendo as extremidades do objeto. — Até porque não se aprende a surfar assim de repente, seria até mesmo irresponsabilidade minha.

Graças ao bom deus!

Então, sigo o moreno em direção as pequenas ondas que surgem contra a areia antes de se arrastarem novamente de encontro ao mar. O cheiro salgado de alguma forma se tornou mais reconhecível para mim do que antes, até mesmo a sensação da areia entre meus dedos, e a brisa fresca do mar em divergência com o calor do sol diretamente contra minha pele...Não teria como explicar isso de forma coerente, mas Chris conseguiu me fazer ver esse lugar com peculiaridade, graças a ele.

A água bate contra minhas pernas, um pouco gelada, mas graças ao calor. Ela parece estar na temperatura perfeita. Em seguida, subindo até alcançar minha cintura, nesse ponto já não estou muito segura sobre isso, mas Chris se vira deixando a prancha apoiada boiando sobre a água, e se aproxima nadando com perfeição em minha direção, parece até mesmo morar dentro do mar.

— Tudo bem? — Pergunta próximo demais do meu corpo, e sinto uma de suas mãos por baixo da água envolver minha cintura, puxando-me para mais perto. E é exatamente o que permito que meu corpo faça com facilidade, Chris me passa segurança, é como se de repente não estivéssemos dentro de um espaço imensamente fundo e coberto por água que existe milhares de seres viventes.

Com paixão, Chris | #1 (hiato)Onde histórias criam vida. Descubra agora