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— ...Eu não acredito. — Alicia fala desacreditada enquanto andamos pelo corredor que nos leva ao refeitório central da universidade.

— É sério! — Zoe fala em seguida dando um gole no seu suco verde. Por alguma razão ela é tipo viciada nisso, além de babatas. A minha amiga passa a mão pelo pescoço jogando os longos fios que estão gloriosamente presos em um rabo de cavalo para trás com os cachos caindo por suas costas. — Masturbação deveria ser considerada a primeira maravilha do mundo. E usando óleo corporal antes, com uma massagem no corpo deliciosa, e em seguida se tocar embaixo da água de uma banheira confortável... — Ela da uma pausa dramática para dar ainda mais ênfase ao que diz. — Puta merda, para que homens? — Pergunta brincando e acabo rindo.

Alicia aperta o caderno contra o peito fazendo o podre objeto ser pressionado contra seu peito dentro de uma camisa rosa clara e umedece os lábios antes de falar.

— Isso me parece realmente incrível. — Ela comenta.

— E é! Quando uma mulher descobre o poder da masturbação e do próprio prazer, começa a perceber que merecemos bem mais do que somente um pênis entrando na gente, nada contra, eles são ótimos. Assim como vaginas são ótimas. — Ela sorrir daquela forma suja que somente Zoe sabe fazer e reviro meus olhos para ela. — Mas, é importante que a gente saiba se amar, e nisso, também saiba se dar prazer. Não acho legal essa coisa de esperar dos outros um orgasmo. Não podemos esperar cem por cento das vezes outra pessoa saiba os pontos certos do nosso corpo. É dever nosso também.

— Acho que preciso me masturbar mais. — Alicia diz.

— Do jeito que você é, capaz de ficar excitada ouvindo formulas químicas. — Zoe provoca a pobre garota que a encara indignada.

— E você talvez fique ouvindo um julgamento. — Alicia provoca de volta e Zoe fica pensativa, e pela sua reação imagino que nada em sua mente é muito puro.

— Acho que acabei de adicionar na minha lista uma fantasia sexual. — Ela fala claramente pouco se importando com a provocação de Alicia, que por sua vez a encara perplexa e em seguida balança a cabeça desistindo de qualquer dialogo.

Meu olhar atravessa o refeitório enquanto desço as escadas chegando ao centro da universidade, acima de nós vem a luz solar que atravessa os grandes vidros no alto. É quase como uma área de alimentação de shopping, bem similar mesmo.

Como em uma das inúmeras vezes anteriores, sinto minha atenção ser puxada na direção dele. E meu coração diminui suas batidas aos poucos ao vê-lo mais uma vez naquela mesma situação. Respiro fundo com uma pitada profunda de culpa batendo diretamente em meu peito e subindo por minha garganta com toda a carga da tristeza interior.

Fazem duas semanas desde a aula em que Chris praticamente declarou o que pensa da paixão, e em que eu percebi seus sentimentos sendo expostos de forma implícita ali. E foi bastante tempo para pensar, no total formando quase um mês desde a noite catastrófica emocionalmente do dia do jogo do time de Francine, e claro, a noite do karaokê.

Com paixão, Chris | #1 (hiato)Onde histórias criam vida. Descubra agora