CAFÉ AMARGO

879 93 31
                                    

— Não acredito que você fez isso!

Arizona juntamente com April estava em seu apartamento, pois a ruiva iria passar a noite ali já que no dia seguinte elas teriam um compromisso.

A loira contava para a amiga os acontecimentos do dia anterior, quando estava com a morena no 502.

— Também não é pra tanto, April. – Revirou os olhos.

— Nossa coitada da mulher que tem que te aturar no pé dela. – Riu.

— Aposto que ela gosta de me ter por perto.

— Sim, com certeza. A maneira que ela demonstra isso deixa evidente o quanto gosta. – Ironizou.

— É o jeito dela, ela trata todos assim. – Tentou se convencer.

— Ari, cuidado pra não se iludir. Conheço sua cabeça e sei que pensa em coisas além do que realmente acontece. – Disse em tom de aviso, as duas se encontravam deitadas assistindo televisão no quarto da mulher.

— Como você é chata! – Reclamou. — Não estou me iludindo, e de qualquer forma eu sei que uma hora ela vai cair aos meus encantos, ninguém resiste a Arizona Robbins. – Se gabou.

— Sua soberba me impressiona. – Jogou um travesseiro nela rindo.

— Se chama amor próprio. Agora vai pedir a pizza pra gente. – A empurrou pra fora da enorme cama.

— E ainda é abusada.

— Você está parecendo ela falando comigo dessa forma. – Brincou.

— É o amor, a maneira de gostar diferente sabe. – Debochou já longe.

Arizona aproveitou para pegar seu macbook, onde se encontrava as fotos tiradas, e começou a aprecia-las. O jeito travesso de Sofia a fez sorrir enquanto olhava, a menina era diversão pura e a bebê mais fofa que já conheceu em sua vida.

— O que está vendo aí? Por que está sorrindo dessa forma? – April voltou questionando.

— Me fala se não dá vontade de morder essa criança vendo essas fotos. – Respondeu ainda sorrindo.

April se aproximou do objeto para ver melhor.

— Ela é fofa mesmo.

Passando as fotos, a loira parou em uma onde fez seu coração palpitar mais rápido. O único registro que conseguiu tirar de Calliope estava naquela tela em sua frente e achava surreal a beleza da morena, tão natural e que exalava detalhes. Por mais que a mulher estivesse sorrindo fraco, ou quase não sorrindo, pelo menos teve o vislumbre do seu sorriso, e ansiava pra vê-lo de forma espontânea, tinha certeza que se derreteria ainda mais.

— Vai ficar até o próximo verão admirando ela? – Riu chamando atenção da loira que desviou o olhar desconcertada.

— O que?

— Você com cara de boba vendo essa foto.

— Claro que não! Você que está imaginando coisas. – Respirou fundo encarando séria.

— Sei.

No apartamento ao lado, Callie se preparava para dormir, ao contrário de Arizona que ficaria até tarde da noite papeando com a ruiva.

A latina desde o dia anterior, ficou refletindo as palavras da mulher. Por que diabos a loira sentia vontade de estar com si sendo que é evidente na maneira de trata-la seu desgosto?

Não entendia.

Mas Callie jurou não se torturar tanto com isso e abrir novos caminhos, sua mente podia negar seu gostar em relação a Arizona, mas seu coração não.

True homeOnde histórias criam vida. Descubra agora