ELETRICIDADE ENTRE ELAS

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Com os nervos à flor da pele, Callie tentava arrumar sua casa a tempo para a visita de Arizona, seus dias ultimamente estava sendo corrido e com sua filha crescendo a cada dia ficava difícil.

Se encontrava tão atônita andando pelo lugar que ao menos reparou quando uma presença abruptamente parou no centro da sala, só observou sua bebê engatinhar até a pessoa sorrindo.

Franziu o cenho. Mas então viu aquele ser de pele alva em pé com Sofia nos braços.

— Cadê seus modos Arizona? Não sabe tocar a companhia ou bater na porta? – Arqueou as sobrancelhas bem desenhadas colocando a mão na cintura incrédula.

— Fiz isso umas três vezes e não tive resultado, essa princesa é a prova disso. – Riu deixando um beijo nas bochechas da menina. — Já estou quase me tornando de casa mesmo.

— Podia avisar que horas viria.

— Se eu ao menos tivesse seu número.

A latina revirou os olhos e suspirou indo até a loira pra pegar sua filha, inalou o cheiro da mulher que quase abalou suas estruturas. Amava pessoa perfumada.

Vou colocar ela pra dormir, fique a vontade.

— Tem certeza?

— Acho melhor eu retirar o que disse. – Fez uma careta, arrancando uma risada de Arizona.

— Sabes que vou ficar a vontade de qualquer maneira. – Falou mais alto pra latina já longe escutar.

Callie resolveu dar um banho frio na filha pois agilizaria o processo de sono da mesma, banho esse que não durou muito, a trocou rapidamente e a viu bocejar, sorriu internamente.

Deitada na cama com a bebê em seu colo, pegou a mamadeira na mesa de canto e lhe alimentou, com isso, Sofia dormiu.

Com todo cuidado, a morena voltou pra sala encontrando a loira esparramada no sofá com um salgadinho nas mãos.

— Arizona!

Com o susto que a loira tomou quase derrubou todo o fast-food no sofá, mas fez uma expressão de inocente. — Estava no armário e pareceu tão delicioso...

— Pelo visto você já tomou a casa como sua. – Cruzou os braços.

— Talvez futuramente. – Mumurrou baixo.

— O que?

— Nada, perguntei se Sofia dormiu.

— Sim, ainda bem que ela não fez manha.

— Deve ter cansado de tanto brincar, ela parece ser muito sapeca. – Deduziu pelo jeito eufórico da bebê. — Gosto dela.

— E ela parece gostar de você. – Deu de ombros.

— Impossível não gostar de mim. – Respondeu mirando a morena de cima a baixo, Callie percebeu o trocadilho da frase mas fingiu não entender e apenas sentou em uma poltrona que tinha ali na sala, onde geralmente costumava amamentar Sofia.

— Já te disseram o quanto você é convencida? – Arqueou as sobrancelhas.

— April faz questão de me lembrar todos os dias. – Piscou.

— April? – Indagou não lembrando quem era.

— Aquela ruiva que te apresentei na sua cafeteria, que aliás, nunca iria passar na minha cabeça que você era a dona.

— Ela parece ter mais juízo que você. – Apontou. — E eu não me sinto dona da cafeteria, aquilo é mais de Addison do que meu.

— É seu de qualquer forma. E pode parecer que não mas sou muito madura! – Inclinou a cabeça fazendo uma pose teatral.

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