ELEVADOR

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Em pé na sua varanda, tomando um chá e apreciando a vista do seu novo lar, Callie refletia na decisão de semanas atrás quando resolveu se mudar para o lugar que havia se tornado seu refúgio.

Sua vida mudou drasticamente nesse último ano e não sabia definir se dar melhor ou pior forma. Tudo que passou está sendo reflexo da sua vivência hoje, e seu único desejo era a paz.

O fruto bom que lhe restou, foi a preciosa filha. 

E suspirou, questionado-se o que o universo reserva pra si.

Talvez a morte?

Deversas em pensamentos, escutou o choro da sua menina, e apertou os olhos derrotada, o dia mal havia começado e esperava que logo anoitecesse.

— Mama. – Sofia chamou-a. Era a única palavra que tinha aprendido.

Com o rosto amarrotado pelo sono, a criança estava vermelha pelo choro.
Indo até o berço, a morena pegou-a nos braços e a balançou pra acalma-la. Ela ainda estava se adaptando a constante mudança do tempo de Nova York.

Foi até a sala e sentou-se na poltrona, para amamentar seu pequeno ser. A bebê acabou pegando no sono mais uma vez, e resolveu deixou-la descansar mais um pouco, porque teria que ir até a sua cafeteria que deixou nas mãos da prima, assinar uns papéis.

No apartamento ao lado do seu, o 501. Arizona se preparava para mais um ensaio de fotos que iria fazer. Amava a profissão que exercia, tendo nela uma das coisas que mais admirava no mundo: A arte. Memorizar pessoas e momentos era algo que inspirava seu ser, e além de tudo, exalava, a famosa palavra clichê: Amor.

O rumo que seus pais queria para sua vida acadêmica não era esse, mas não lhe derás ouvido, com muita maturidade e garra, conseguiu fazer aquilo que tanto quis. Sua vida, apesar de um caos e sem rótulos, seguia da maneira que queria. E quem criticasse o modo no qual vivia, bem, a loira mandava para o inferno.

"Porra Arizona, será que dá pra você tentar não se atrasar pelo menos uma vez?" Entrando no elevador, escutou a voz de April, sua melhor amiga, além de assistente, no outro lado da linha.

"A noite foi agitada, perdão. Sabes que tem coisas que não dá pra deixar pra depois." Respondeu, e um vislumbre de um pequeno sorriso foi visto, com um requisito de malícia.

"Você devia parar de ir para bares todos os dias, não consegue ficar sem transar quando se tem um compromisso cedo e importante no dia seguinte? Alguém deveria colocar neurônios na sua cabeça."

Revirou os olhos, pois escutava aquilo todas as vezes da ruiva. Iria retrucar suas palavras, quando o elevador foi aberto adentrando uma mulher de cabelos negros e postura inabalável. Seus olhos voluntariamente fez questão de percorrer todo o esbelto corpo, que mesmo com uma criança nos braços, dava-se pra ver perfeitamente as curvas. Analisou o rosto, que apesar da expressão séria e sem vida, não deixava de ser belo. Cheio de detalhes enigmáticos, os olhos castanhos tão profundos fez algo dentro do seu coração palpitar.

"Arizona?" Saiu dos devaneios com a voz do outro lado da linha.

"Merda, me distrai. Não demorarei a chegar, só me espere." Pediu desligando o aparelho.

Fez uma careta e observou a mulher do seu lado mais uma vez, que, já estava lhe olhando mas desviou o olhar quando foi pega.

— É sua filha? – Arizona puxou assunto com a mais velha.

— Sim. – Respondeu, curta e grossa.

— Linda. Parecida com você. – Disse, não se importando com o tom de voz. — Diga-me, és a vizinha nova do 502? – Questinou pós um tempo.

— Como sabe? Anda me vigiando? – A morena franziu o cenho, e pensando na possibilidade, arqueou uma das sobrancelhas.

— Seu mal humor evidente com todos é comentado pelo prédio.

— Não sou obrigada a espalhar sorrisos para o agrado dos outros. Espero que cada um esteja com a vida ótima pra está cuidando da minha, inclusive você. – Atacou.

Callie, mesmo atordoada com a beleza da loira a frente, pois jurava que nunca tinha visto uma jovem tão linda, não gostou do jeito que a mesma indagava as coisas, com curiosidade e irônia, principalmente retrucando suas falas.

— Quanto estresse! Precisa depor as energias transando, sabia? Deve ser isso. Falta de sexo aflora as energias.

O corpo da morena gelou pelas palavras na qual foram direccionadas a ela. Foi o apicé da audácia. Uma calúnia.

— Que infelicidade te encontrar nesse enorme prédio. Difícil não perder a paciência desse jeito, agradeça por eu estar com minha filha, porque, você já teria levado um belo tapa. – Respondeu-a furiosa.

Arizona sorriu, era divertido ver a mulher esquentada daquela maneira. — Aqui entre nós... Bater, só na cama. – Atreveu-se em falar em um susurrou auditivo, vendo as portas do elevador se abrir. — Aliás, sinto em dizer, mas você é minha vizinha. Qualquer favor, me procure no apartamento ao lado do seu. – Piscou, colocando o óculos de sol e saindo da caixa de metal deixando a latina boquiaberta.

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CS:

Ei meninxs, estava com essa história em mente e quis pôr em prática. Vou adorar detalhar cada coisa que acontecerá com o nosso amado casal nesse erendo cheio de conflitos e trocas de farpas, mas que no final tudo dará certo. (Assim espero rs).

Comentem bastante por favor, sou muito insegura e isso me motiva.
Tentarei não demorar pra atualizar, obrigada por ler.

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