Quantas ideias e questionamentos nos rodeiam, mesmo sem querer, fazendo-nos dar conta como nossa mente é engraçada. E o pior, nosso subconsciente nos leva à um grande abismo, deixando que fiquemos a mercê dos próprios pensamentos, sem poder ter o mínimo de controle.
No dia seguinte, Callie foi acordada em um susto com batidas vindo da porta de sua moradia. Desorientada, levantou-se rapidamente da cama com o quarto ainda escuro. Sequer deu tempo de ver as horas pois o barulho se tornou frequente.
De apenas calcinha e uma blusão, como costumava dormir, colocou a mão na maçaneta e ao roda-la deu de cara com a ilustre e genuína presença da loira que tinha uma expressão inocente em seu rosto, e uma câmera em sua mão.
— Bom dia Calliope Torres.
Como um instalo, a morena arregalou os olhos e ajeitou sua postura.
— Que merda você faz aqui? – Trincou os dentes. — E aonde descobriu meu nome?
Arizona, analisou o corpo da figura a frente extremamente sensual, suas pernas grossas que tinha uma tonalidade onde a deixava ainda mais atraente e suas curvas minimamente notória.
— Tenho minhas fontes. – Afirmou convencida. — E avisei que viria para as fotos. – Respondeu tentando disfarçar o olhar em seu corpo.
— E eu deixei bem claro minha recusa! Só posso ter jogado pedra na cruz pra merecer isso.
— Também deixei claro que pouco me importei. – Deu de ombros e entrou no lugar sem temer.
Callie fechou os olhos e passou a mão em seus cabelos negros respirando fundo para não discutir a essa hora da manhã, apenas fechou a porta fortemente.
— Além de me acordar ainda não deixa de ser menos audaciosa.
— É uma das minhas características. – Piscou e se jogou no sofá analisando a sala da morena meramente organizada e detalhada, tinha um toque moderno e antigo, fazendo sua imaginação ir longe com os registros que iria tirar ali.
— Tantos outros prédios espalhados pela cidade e eu vim morar justamente do seu lado. Acho que o azar está me perseguindo. – Reclamou séria encarando a mulher.
Arizona tentava a todo custo não deixar seu olhar cair sobre o simétrico corpo a sua frente, mas falhou miseravelmente, pois Callie ao perceber a respiração ofegante da loira e os olhos azuis em seu ser, reparou a forma que estava vestida e se encolheu envergonhada.
— Eu... Eu acho que vou me trocar. – Disse correndo para o quarto.
Arizona riu ao perceber as bochechas coradas da morena antes de fugir dali.
Callie ao se trancar no quarto ficou paralisada pensando em que momento deu tanta liberdade pra loira ao ponto de nem estar conseguindo impor ou revidar o atrevimento dela.
Foi despertada dos seus devaneios com o choro de Sofia.
— Mama, lêti. – A menina pediu leite quando foi pega nos braços, já mais calma.
— Primeiro vamos tomar um banho pra minha bebê ficar cheirosinha, hum?
Arizona ficou concentrada configurando algumas coisas em sua câmera, e após terminar, resolveu ir até a cozinha ver se tinha algo no qual podia fazer para alimentar a morena, em uma forma de manter o ambiente calmo e leve.
Fez panquecas, rápido de se fazer e ainda era gostoso. Quando colocou a comida no prato, Callie se aproximou já devidamente vestida, usando um macacão jeans com uma blusa preta por dentro, e seus cabelos, agora molhado, se manteve solto.
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True home
FanfictionCallie Torres é uma mulher de meia idade, misteriosa e reservada. Começou a viver isoladamente depois da morte do seu marido, e sua única felicidade passou a ser a filha, que tem apenas um ano de vida. Em uma mudança drástica em sua vida onde decide...