BAGUNÇA INTERROMPIDA

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Pela lente do objeto, Arizona observou a modelo fazer poses deveras sensuais, conseguindo desconcerta-la em certos momentos, e não podia negar que a morena dos olhos esverdeados tinha um talento incomum pela maneira de se portar diante de uma câmera.

Registrar mulheres de todos os jeitos, manias e de diferentes personalidade, era uma das maravilhosas coisas que sua profissão disponibilizava o prazer de exercer.

— Acho que acabamos por aqui. – Disse a loira, pós o último click.

— Oh, ainda bem! O cansaço já estava tomando meu corpo. – Eliza deu um suspiro. — Como me saí?

— Você foi perfeita, conseguiu me deixar ainda mais impressionada.

— Adoro seus elogios. – Piscou.

— Ficarás até tarde aqui na agência?

— Hoje sairei mais cedo. Sabes que quando é você que me fotografá, nunca fico até o devido horário. – Riu, pela pontada de malícia nas palavras ditas.

— Não sei porquê questionei. Hoje darei uma mini festa no meu apartamento, terei sua presença? – Perguntou com segundas intenções, enquanto guardava sua câmera.

Infelizmente April não pôde acompanha-la no trabalho de hoje. E preferia assim, sua amiga não precisava passar pela situação de vê-la flertando.

— Claro, farei de tudo para ir. Qualquer coisa te mandarei uma mensagem. – Confirmou.

— Marcado! Suponho que o caminho você já tenha decorado em mente. – Brincou, aquela seria uma das milhares vezes que se encontrariam.

— Pode ter certeza. Adorarei passar mais uma noite com você. – Eliza se aproximou do corpo de pele alva, e a loira, apenas deixou um selinho em seus lábios, se afastando.

— Melhor eu ir, tenho muito o que fazer ainda. – Declarou nervosamente. — Nos vemos mais tarde.

E assim deixou o salão no qual estava. Depois de entregar as fotos, já editada, saiu do prédio que costumava trabalhar duas vezes por semana. Essa era uma das melhores empresas atualmente e foi contratada a pouco mais de um mês, felizmente se deu bem com as modelos que ficou responsável em fotografar. Bem até demais.

Enquanto a loira atravessava as ruas da cidade, Callie se mantêm presa em seu mundo no apartamento 502, diga-se de passagem, o mais comentado pelo prédio. Mas a morena não se importava com o que era falado dela, nunca precisou de opinião alheia para tomar um rumo na vida. Sua mãe era um caso a parte.

Resolveu cozinhar um dos seus pratos preferidos hoje. Anoiteceu rápido, talvez porque ficou ocupada demais respondendo os email que Addison enviava, não podia negar que era uma forma de passar o tempo.

— Hey baby, não pode ficar aqui. Mama está preparando nosso jantar. – Conversou com sua menina ao vê-la em seus pés, engatinhando todo o espaço.

Cada dia que se passava, era uma descoberta nova para Sofia. Muito sapeca e esperta, a menina já dava indícios de querer andar.

— Mama. – Chamou a morena com um sorriso. — Mumumu.

Suspirando, Callie foi até a sala e mudou a música infantil que tocava na tevê, distraindo-a.

Momentos depois quando terminou de comer, sua bebê pegou no sono, nos dias que tava elétrica como hoje, dormia rapidamente e agradeceu por isso.

Estava assistindo um filme, quando uma música alta invadiu sua morada. Trincou os dentes e respirou fundo, tentando ignorar a petulância que aquilo se tornou. Tentou deixar para lá, sabendo que o barulho vinha do apartamento ao lado, da jovem intigrante. Mas foi impossivel pelo incomodo.

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