James
Dois dias depois.
— Ai... — William me abraçou apertado, quase tirando o ar de meus pulmões — Vou sentir tanta sua falta, Jaime, todos os dias.
Robert e eu estávamos em nossas roupas de viagem a frente do chateou, nos despedindo dos nossos amigos antes de entrar no carro já com nossas malas dentro.
Sorri contra o ombro de William, deslizando minha mão por suas costas.
— Eu também, Willy — afastei notando que havia lágrimas em seus olhos — Oh, não chore — levei uma mão a limpar suas lágrimas — Juro escrever todo dia, okay? E você vai ser o padrinho do meu casamento — falei tentando anima-lo.
— Mas eu vou sentir tanto a sua falta — e ele me abraçou novamente, chorando mais — James, maldito seja esse duque que roubou você de mim.
E eu ouvi Robert rir as nossas costas.
— Oh, Willy, um dia você vai se apaixonar...e ver o quão louco isso é.
Ele quebrou o abraço, esfregando suas lágrimas.
— Graças ao deus lobo eu não sou um ômega ou um alfa...Deus me proíba fazer as loucuras que vocês dois fazem — brigou ele, todo protetor como sempre, me fazendo rir — Mas eu espero que vocês sejam, muito, muito, muito, muito, o infinito de muito, felizes, e tenham muitos bebês. Okay?
Ri aparvalhado, sentindo minhas lágrimas começarem a formar.
— Oh, você sabe que eu te amo não é?
E ele me abraçou novamente, me apertando violentamente, mas eu só consegui sorri e deixar ele esmagar meus órgãos.
— Eu te amo também, seu ômega bobinho — ele pegou meu rosto entre suas mãos, fazendo-me olhar as lágrimas secas em seus olhos — Agora vai lá, e case com esse alfa — ele olhou na direção de Robert — E esse alfa cuide muito bem de você, ou eu vou cortar ele em pedacinhos.
Me virei a olhar o sorriso nos lábios de Robert.
— Ouviu Robbie? — instiguei e ele riu.
— Eu tenho um taco de críquete, cuidado, eu sou cego, mas eu era um bom jogador de críquete também — brincou Robert.
Nós dois rimos do alfa.
Olhei na direção de William, esfregando seu braço levemente antes de me direcionar a Douglas e Andrew, que me olhavam com olhos marejados.
— Vocês não vão chorar também não é? — falei sentindo os meus olhos encherem de lágrimas — Porque se vocês chorarem eu vou.
— Vem cá, seu ômega bobinho — Douglas me puxou para um abraço , apertando-me com tanta força quando William havia — Cuide bem desse alfa bobão por mim, okay? E nunca mude, você é perfeito assim.
— Você também, Doug — quebrei o abraço olhando-o — Cuide de si mesmo, okay?
Olhei na direção de Andrew e vendo que ele estava se segurando nas muletas e não podia dar um abraço, eu beijei sua bochecha, ganhando um gentil sorriso em troca.
— Eu nunca vou esquecer o que vocês fizeram por mim e Robert, sério. Vou sentir sua falta, cuide de Doug, tudo bem? Ele tem o cérebro do tamanho de um noz, mas o coração do tamanho de uma melancia.
Ouvi Douglas rir.
— Vou aceitar o elogio, bonito.
Por fim olhei na direção de Gable, ele não tinha lágrimas nos olhos, mas eu sabia que ele estava tão destruído quanto os outro e então com isso em mente me direcionei a ele, abraçando-o, ele deslizou uma mão por meus cabelos, descansando seu queixo em meu ombro, de uma forma que se Robert visse com certeza o ciúme dele iria gritar.
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O Amor Vendado (livro I)
Historical FictionApós uma exposição ao gás mostarda nas trincheiras, o jovem duque Robert M. Somerset, perdeu totalmente sua visão, o deixando completamente desacreditado em seu valor ao mundo a sua volta, indigno de cumprir seus papeis como alfa e duque na sociedad...