Capítulo XXI

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James

Dois dias depois.

— Ai... — William me abraçou apertado, quase tirando o ar de meus pulmões — Vou sentir tanta sua falta, Jaime, todos os dias.

Robert e eu estávamos em nossas roupas de viagem a frente do chateou, nos despedindo dos nossos amigos antes de entrar no carro já com nossas malas dentro.

Sorri contra o ombro de William, deslizando minha mão por suas costas.

— Eu também, Willy — afastei notando que havia lágrimas em seus olhos — Oh, não chore — levei uma mão a limpar suas lágrimas — Juro escrever todo dia, okay? E você vai ser o padrinho do meu casamento — falei tentando anima-lo.

— Mas eu vou sentir tanto a sua falta — e ele me abraçou novamente, chorando mais — James, maldito seja esse duque que roubou você de mim.

E eu ouvi Robert rir as nossas costas.

— Oh, Willy, um dia você vai se apaixonar...e ver o quão louco isso é.

Ele quebrou o abraço, esfregando suas lágrimas.

— Graças ao deus lobo eu não sou um ômega ou um alfa...Deus me proíba fazer as loucuras que vocês dois fazem — brigou ele, todo protetor como sempre, me fazendo rir — Mas eu espero que vocês sejam, muito, muito, muito, muito, o infinito de muito, felizes, e tenham muitos bebês. Okay?

Ri aparvalhado, sentindo minhas lágrimas começarem a formar.

— Oh, você sabe que eu te amo não é?

E ele me abraçou novamente, me apertando violentamente, mas eu só consegui sorri e deixar ele esmagar meus órgãos.

— Eu te amo também, seu ômega bobinho — ele pegou meu rosto entre suas mãos, fazendo-me olhar as lágrimas secas em seus olhos — Agora vai lá, e case com esse alfa — ele olhou na direção de Robert — E esse alfa cuide muito bem de você, ou eu vou cortar ele em pedacinhos.

Me virei a olhar o sorriso nos lábios de Robert.

— Ouviu Robbie? — instiguei e ele riu.

— Eu tenho um taco de críquete, cuidado, eu sou cego, mas eu era um bom jogador de críquete também — brincou Robert.

Nós dois rimos do alfa.

Olhei na direção de William, esfregando seu braço levemente antes de me direcionar a Douglas e Andrew, que me olhavam com olhos marejados.

— Vocês não vão chorar também não é? — falei sentindo os meus olhos encherem de lágrimas — Porque se vocês chorarem eu vou.

— Vem cá, seu ômega bobinho — Douglas me puxou para um abraço , apertando-me com tanta força quando William havia — Cuide bem desse alfa bobão por mim, okay? E nunca mude, você é perfeito assim.

— Você também, Doug — quebrei o abraço olhando-o — Cuide de si mesmo, okay?

Olhei na direção de Andrew e vendo que ele estava se segurando nas muletas e não podia dar um abraço, eu beijei sua bochecha, ganhando um gentil sorriso em troca.

— Eu nunca vou esquecer o que vocês fizeram por mim e Robert, sério. Vou sentir sua falta, cuide de Doug, tudo bem? Ele tem o cérebro do tamanho de um noz, mas o coração do tamanho de uma melancia.

Ouvi Douglas rir.

— Vou aceitar o elogio, bonito.

Por fim olhei na direção de Gable, ele não tinha lágrimas nos olhos, mas eu sabia que ele estava tão destruído quanto os outro e então com isso em mente me direcionei a ele, abraçando-o, ele deslizou uma mão por meus cabelos, descansando seu queixo em meu ombro, de uma forma que se Robert visse com certeza o ciúme dele iria gritar.

O Amor Vendado (livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora