Capítulo XXII

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James

Quando o nó de Robert finalmente desinchou de dentro de mim já era o horário de nós arrumarmos para o jantar. Dei um longo beijo em seus lábios, gemendo em seguida contra eles.

— Eu não sei o que foi melhor...o champanhe...ou o sexo — e ele riu, beijando o suor em minha face, a água quente havia deixado a sensação do encontro de nossas peles ainda melhor, mas destruído todo o propósito de um banho.

— O champanhe não tem o meu carisma — falou ele, apertando minhas nádegas.

Eu ri, apaixonado, olhando Robert como se fosse o único homem do mundo.

— Nem o seu pau monstruoso — e agora ele riu, beijando-me profundamente, enlouquecidamente.

Deslizei minhas mãos por seus cabelos molhados, sentindo seu pênis mole, ainda dentro de mim, ele já devia de estar sensível e querendo sair do calor esmagador do meu interior. Sem quebrar o beijo eu deslizei minha mão para o meio de nossos corpos de baixo da água, tirando seu pênis de dentro de mim.

Ele quebrou o beijo, exalando aliviado.

— Obrigado — falou e eu ri, por mim eu mantinha ele ali dentro para sempre, onde ele pertencia.

Beijei seu rosto gentilmente.

— Nós temos que nos arrumar para o jantar — avisei sentindo-o beijar meu pescoço, deslizando suas mãos molhadas pelas minhas costas.

— Não podemos ficar aqui a noite inteira? — ele lambeu a marca de seus dentes em minha pele.

— Para um nobre não seria uma quebra de protocolos desonrosa? — provoquei — E mais se ficarmos um pouco mais nessa água logo ela ficará fria e nós enrugados...como velhinhos.

Ele soltou um longo ''uhm'' reflexivo.

— Não vejo problema nem um...pretendo te amar até estarmos velhinhos — sua mão deslizou para a frente do meu corpo, apertando o musculo do meu peito, fazendo-me gemer levemente.

Deus lobo me ajude, se ele me fizer ter uma ereção nós nunca chegaremos a esse jantar, pois Robert seria o meu jantar.

Sorri, comentando.

— Pois eu já amo o Robert velhinho com todo o meu coração — beijei sua testa — Será se vamos ter muitos filhos? Para nós fazer companhia na velhice? — por algum motivo bobo senti lágrimas encherem meus olhos, talvez por que quando eu falei isso eu pensei no bebê crescendo em meu útero? Talvez.

— Sim — falou certo de sua resposta — Eu quero 10 — falou um número absurdo para me provocar e eu ri, fingindo estar chocado.

— 10? Pois já vá procurando um amante — devolvi — O máximo que vou te dar é 2 — provoquei de volta.

Ele riu, um dos seus belos sorrisos, honesto e carinhoso, o mesmo sorriso que ele dava toda vez que eu contava uma piada.

— Então eu aceito 2...imensamente feliz — devolveu beijando meu rosto, senti uma lágrima solitária finalmente deslizar pelo meu rosto, mas não deixei Robert notar, afastando-me dele, levantando de seu colo, saindo da banheira.

Esfreguei a lágrima solitária, indagando.

— E qual nome tens em mente? Para nosso primogênito? — peguei o roupão, vestindo-me, olhando o reflexo de minha barriga plana no espelho, fechando o roupão por fim.

Robert se levantou, sentando na borda da banheira, pensando. Peguei o roupão dele, segurando sua mão, ajudando-o a se levantar e sair da água.

— Eu gosto de Harvey, podemos chamar ele de Halley — dei o roupão em suas mãos, sorrindo com a ideia.

O Amor Vendado (livro I)Onde histórias criam vida. Descubra agora