By Your Leave ─ Romanogers

VI. Steve

– Estou feliz que você decidiu ficar na cidade, Steve. É melhor ficar com o que parece estar funcionando. Como a parte física de sua recuperação está indo? – Questionou Dr. Banner, com um sorriso radiante. Ele era um homem doce, mais velho com uma cabeça cheia de cabelos e sobrancelhas grisalhos. Suas jaquetas de tweed com cotoveleiras, eram uma coisa do passado, mas ele usava-os bem.

– Está indo muito bem. Eles me pressionam muito duro na academia, e eu fui me movimentar muito nas minhas próprias pernas. A perna realmente parece estar se soltando. Quase nenhuma dor, exceto quando chove .– Eu ri ao lembrar-me da reação de Ben ao comentário. O garoto pensou que tudo é engraçado. Especialmente roupa íntima.

– Isso é ótimo. Isso é realmente ótimo, Steve. Fico feliz em saber que você está se curando rapidamente. E os pesadelos? Você ainda tem? – Apertando as mãos, Dr. Banner as traz para descansar contra seu queixo. Ele estava provavelmente esperando que eu dissesse que sim, mas eu não tinha nenhum. Não acordava mais no meio da noite gritando, pingando de suor. Eu já não sonho com os soldados caídos, eu tinha uma vez sonhado com homens, com mulheres, com amigos.

– Não. Na verdade, estou dormindo como um bebê agora. Isso é uma coisa boa, certo?– Eu posso apenas imaginar a expressão no meu rosto, esperançoso e interrogativo. Muito parecido com Ben quando ele está aguardando a resposta que ele quer. Eu queria que ele me dissesse que era um milagre, que foi milagrosamente curado.

– Sim, Steve, isso é uma coisa muito boa. Quando você começou a perceber que você parou de ter os pesadelos?– Estreitando o olhar, ele traz os dedos para um ponto, e coloca contra seus lábios.

– Bem, você provavelmente vai pensar que eu sou louco.– Resumidamente fechando os olhos, ele balança a cabeça.

– Não, Steve. Você pode dizer qualquer coisa aqui. Não há julgamento. Por favor, continua.– Ele estende a mão em encorajamento.

– Bem... eles pararam há algumas semanas atrás, na noite em que eu me mudei para minha nova casa. Isso é estranho, né? – Me remexendo, eu desvio o olhar. Eu sabia que era estranho, e eu não queria que ele confirmasse. Eu não queria ver em seu rosto.

– Eu não diria que é estranho, não. Existe algo sobre este lugar? Faz algo que se sinta seguro?– Franzindo a testa, eu olho para ele em questão. Havia algo sobre este lugar?

– Bem, não há nenhuma razão para não se sentir seguro. Natasha, a mulher que é dona da casa, ela tem um filho, Ben. Eles vivem lá também, e eu tenho passado muito tempo com eles, todos os dias, na verdade, quero desfrutar de suas companhias. Acho que você poderia dizer que eles fazem eu me sentir seguro, ou eu sinto como se eu os torno seguros. Porquê? Você acha que eles são a razão pela qual eu não estou tendo os pesadelos? – Eu realmente questiono.

– Eu não estou dizendo que não. Você acha que eles são a razão pela qual você não está tendo os pesadelos?– Inclinando-me para frente, eu esfrego minhas mãos sobre meu rosto. Eu não sabia. Talvez.

– Eu não sei. Acho que eles poderiam ser. Eu não me lembro da última vez que me senti tão confortável, contente, feliz, eu acho. E, Ben, ele me mantém ocupado. Realmente não há tempo para sentar e repetir aquele dia–. Dr. Banner acena com a cabeça, enquanto seus dedos permanecem colados ao seu lábio inferior.

– Você diz que acha que você está feliz. Você não tem certeza?– Cruzando os braços sobre o peito, eu me inclino para trás. Eu acho. Eu estava no serviço há dezessete anos. Eu estava no exterior por cerca de nove deles. Talvez eu tenha esquecido o que é felicidade. Talvez eu nunca soubesse.

– Bem, tem sido um longo tempo desde que eu senti algo próximo da felicidade. Tive uma infância feliz. Lembro-me de ser feliz quando criança, e minha família me faz feliz, mas eu acho que eu não tenho nada para comparar. Natasha e Ben são diferentes. Fazem-me sentir diferente. E, se eu tivesse que arriscar um palpite sobre o que eu sinto, eu diria que é a felicidade. Então, sim, eu estou feliz. Eles me fazem feliz.