XI. Steve

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Eu posso ouvir Ben guinchar em seu riso. O que eles estão fazendo eu não sabia, mas têm feito isso por algum tempo, e eu só ficava aqui ouvindo, preguiçosamente. Eu amo manhãs como esta, quando eu realmente dormia, e acordava com tapinhas dos pés, ou com batidas na minha porta. Porém, não houve batida hoje. Natasha deve ter chegado antes dele.

Rolei sobre a cama, eu dobro meu joelho, e chupo uma respiração afiada. Os músculos e tendões no percurso resistem à tensão simples, gritando e gritando para eu parar, para esticar a perna para trás, e mantê-la lá para sempre. Ela sempre ficava rígida na parte da manhã, mas desde o dia em que eu corri com Ben em um pânico impensado, tem sido implacável.

Dobrei-a ainda mais, ignorando a queimadura. Puxo minha perna para perto do meu peito, eu tenho quase certeza que algo vai explodir, mas não, isso nunca acontece. Ela cede, e cede, e cede um pouco mais até que a queimadura se foi substituída por uma dor pulsante.

Eu pego meu frasco de cabeceira de analgésicos. Tomando dois, eu os deixo descer secos. Sento-me, encostado na cabeceira da cama, e espero por eles, chutando enquanto eu continuo a ouvir, desesperado para ser uma parte da diversão que eles estão tendo.

– Está tudo bem, mãe. Ele não se importa se eu bater. Ele disse que podia. – Eu posso ouvir Ben, e ele está perto, próximo à porta.

– Ben! Você o acorda todas as manhãs? – Ouço alguns pedidos de silêncio e ruídos abafados antes da voz de Natasha ficar clara novamente. – Você não deve incomodar Steve, Baby. – Ela diz, e eu quero gritar. Dizer-lhe que não, que está tudo bem. Ele pode bater na minha porta, você pode bater à minha porta a qualquer hora do dia ou da noite. Na verdade, eu quero dizer a ela para bater na minha porta todas as noites, escorregar do frio, para a cama, ao meu lado, e aquecê-la. Mas, esses pensamentos são empurrados para a parte de trás da minha mente quando há uma leve batida.

– Entre. – Eu deliberadamente fico encostado, sem camisa. Mesmo que ela não me toque, eu ainda quero que ela me veja, na esperança de obter algum tipo de reação dela.

Ben empurra a porta abrindo-a. Limitando-se, ele salta sobre a borda da cama. – Você tem que levantar! – Ele sorri, rastejando sobre mim a inclinando-se contra a cabeceira comigo.

– Bom dia. – Eu olho para Natasha, e ela está usando a minha camisola favorita de cor creme novamente. Meu coração dói no peito ao olhar para ela. Eu sinto um zumbido familiar onde a parte de trás da minha cabeça encontra o meu pescoço, aquela que diz que ela está ali, e que não posso tê-la.

Isso me deixa louco, me faz querer puxar meus cabelos para obter algum alívio, me faz querer gritar, 'deixe-me tocar em você, basta me dizer que eu posso!

– Bom dia. – Repito, combinando com meu sorriso sonolento, e um tapinha na cama. Ela caminha hesitante, sentado na borda, e seu vestido toca minha coxa coberta pelo lençol. Minha respiração que vinha fácil é acelerada.

Isso é apenas o que ela faz para mim.

– Adivinha Steve? – Ben salta em seu lado, sacudindo a cama toda, e eu sinto a mão de Natasha na minha coxa. Meu coração salta no início com um baque, e eu tomo uma respiração instável, mas em silêncio. Eu tento não olhar para ela, sua mão.

Eu tento.

Eu falho.

Eu não estou ouvindo Ben me dizendo sobre o visco que pairava sobre a porta de entrada para a cozinha. Eu estou vendo a maneira sutil dos dedos de Natasha enrolarem, pensando em como ela ainda está me tocando, como ela não parou, como eu nunca tive maus sentimentos com um lençol, até agora. Eu quero chuta-lo, jogá-lo no chão, pisar sobre ele, e, em seguida, atear fogo.

By Your Leave ─ RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora