XVI. Natasha

1.6K 102 10
                                    


Consigo ouvi-los gritar e o pesado tamborilar circular dos seus pés contra o novo chão de Sharon e sorrio, pensando nas traquinices que eles estavam fazendo.

Andando entre os troncos de madeira, e jeans Carhartt, eu ouço, hesitando a bater na porta.

Ainda não estou preparada para libertá-la daqueles dois, mas estou faminta. Faminta por todas as calorias que tinha perdido na noite passada.

Duas ontem à noite.

Uma vez esta manhã.

Aquecendo num flash, o meu estômago contrai-se, flutuando para a profundidade, recolhendo-se e literalmente gemendo.

As mãos dele, as pontas dos seus dedos ardendo, queimando diretamente a pele; cada comichão é relembrado, profundamente inflexível.

– Iremos ficar assim o dia inteiro? – Ele medita, murmurando na parte de trás da minha cabeça, beija, beija, beijando o topo.

– Mmm... pensando nisso. – Os meus olhos cerram, rolando dolorosamente. Ele é demais, é demasiado. Aquele ombro levantando, libertando faíscas.

– Soa que ele está tendo um bom tempo.

O vento frio bate-me quando ele se afasta, e move as mechas que me protegiam, beijando o meu pescoço de lado e tremo mais, embora o seu hálito me esquente, dentro e fora.

– Talvez possamos só fug...

O ranger da porta interrompe-o, e somos atacados com um abraço, e guinchinhos.

– Vocês estão aqui! – Ben abraça tentando enrolar os seus pequenos braços em volta de nós dois, enquanto Nick salta no lugar.

– Queremos panquecas, senhorita Natasha! Poderemos ter panquecas, e salsicha, e ovos, e...

Encorajando, Ben se junta, saltando e implorando.

– E batata fritas, e bacon, e chocolate quente! Nós queremos chocolate quente, certo Nick?

Nick acena, – Certo!

Entretida, eu sorrio e Steve ri. Eu consigo senti-lo, a profundidade, a vibração contra as minhas costas, e eu naturalmente aproximo-me.

– Sim, vou gostar de ver vocês conseguirem fazer caber tudo aí dentro. Acho que os seus olhos são maiores que as suas barrigas. – Eu atiço, e eles param, lançando-me um olhar.

– O quê? – Perguntam em uníssono, e apanho a oportunidade de confundi-los.

– É uma expressão idiomática.

– Uma quê? – O enrugar dos seus narizes fazem-me rir.

– Significa que vocês querem mais do que aquilo que conseguirão comer. – Digo-lhes, e Nick encolhe os ombros, levantando os seus braços, questionando à verdadeira moda de Sam.

– Porquê que não disse assim?

Ele é mesmo filho de seu pai.

– Apenas para que me pergunte isso, Nick.– Despenteio o seu cabelo, e ele intimida-se. – Onde está a sua mãe? – Pergunto, seguindo-o em direção ao morno espaço aberto, ignorando as paredes recém-pintadas cor de chocolate, procurando por misteriosas marcas, cantando em silêncio até que vi algo.

Figuras.

Bela, loira e pernuda numa nova pintura, e um chão impermeável

– Natasha! Steve! Como foi a sua noite, huh? – Ela contorna o canto, brilhando em toda sua gloriosa camisola vermelha, encostada na intocada máquina de lavar branca.

By Your Leave ─ RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora