VIII. Steve

1.4K 124 43
                                    


No consultório do Dr. Banner


– Eu não sabia que você morava tão perto de Natasha. Foi uma surpresa vê-lo no Halloween.– Dr. Banner era um messias do sigilo, ao que parece. Ele nunca deixava transparecer que ele sabia sobre Natasha e Ben, e eu tinha falado sobre eles sem parar em nossas sessões. A terapia foi rapidamente se tornando um lugar para desabafar minhas frustrações com meu relacionamento com Natasha, ou a falta dele. Sua fachada nunca vacilou quando Natasha nos apresentou naquela noite.

– Sim, bem, eu protejo meus pacientes, assim como eu protejo meus amigos e familiares. Sinto muito se você sentiu que eu estava sendo rude ou não reconhecendo você.– Eu balancei minha cabeça. Eu estava extremamente grato por ele ter agido como se nunca tivesse me conhecido, que ele não conhecia os horrores que eu tinha visto, ou os pesadelos que eu tinha sofrido.

– Não se preocupe.– Eu ofereço-lhe um sorriso tenso.

– Eu não quero ser presunçoso, mas eu não pude deixar de notar que vocês dois estavam muito perto toda a noite. Você disse a ela como você se sente?– Levantando minha sobrancelha, eu balancei minha cabeça novamente.

– Não.– Definitivamente não.

– Por que isso?– Dr. Banner me olha com curiosidade genuína. Mas, eu senti que era muito simples.

– Bem, nós moramos juntos. Se tentarmos e não der certo? Então eu teria que me mudar, e ela acabaria perdendo a casa. Eu me preocupo com eles demais para deixar que isso aconteça. Ou se eu disser a ela e ela não se sentir da mesma maneira? É o mesmo fim, apenas uma história diferente. – Eu estava ficando excitado, pensando em todas as razões que dizer a ela seria uma má ideia.

– Você acha que ela pode possivelmente se sentir da mesma maneira?– Eu dou de ombros.

– Eu não sei. Talvez. Mas, e se ela achar que é cedo demais?– Eu sabia que tinha passado seis anos desde que James tinha morrido, mas Natasha nunca falou sobre isso, ela nunca falou sobre ele.

– Você acha que é muito cedo?– Eu dou de ombros novamente.

– Não. Pelo menos, não parece ser muito cedo.– Muitas vezes eu pensei no primeiro dia que nos conhecemos. Eu sabia ali que eu a queria. Eu a queria desde o primeiro momento em que a vi. Eu a assistindo da varanda quando ela atravessou o alto, gramado verde.

A primeira coisa que notei foi seu longo cabelo ruivo, pois o vento o soprava. Seus quadris se balançavam enquanto ela caminhava em direção a mim. Eu engoli em seco quando ela chegou perto o suficiente, e olhou com seus grandes olhos esverdeados. Ela estava deslumbrante, de tirar o fôlego.

E se a situação fosse diferente, se eu não estivesse lá para alugar um quarto na casa dela, eu teria pedido para sair. Eu a teria levado para jantar e um filme, e depois, no final da noite, eu a teria beijado. Gostaria de tê-la beijado bem e duro.

– Vocês dois discutiram seus passados?– Dr. Banner aperta as mãos, inclinando a cabeça para o lado.

– Não.

– Por que isso?– Pergunta ele, franzindo a testa.

– Bem, Natasha não é a pessoa mais aberta. E eu estava esperando que ela viesse até mim. Eu queria dar-lhe tempo.– Eu dou de ombros mais uma vez.

– Como é isso funcionaria?– Eu coço minha barba por fazer na minha mandíbula. Eu tinha deixado crescer porque Natasha parecia gostar. Notei que ela roubou mais olhares depois de alguns dias sem barbear, e eu queria o olhar dela. Eu queria o toque dela, sentir suas mãos percorrendo sobre isso. Eu suspiro.

By Your Leave ─ RomanogersOnde histórias criam vida. Descubra agora