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Quando Enrico foi embora uma Anahí devastada ficou para trás. Ela se sentiu ferver em raiva e mágoa.

Passou o dia no quarto, Margareth e Peter iam lá de tempos em tempos para checar se estava tudo bem com a loira.

Na hora de jantar, Poncho estranhou. A esposa além de estar muito quieta estava com uma expressão de desconforto, se mexia na cadeira toda hora e não tirava a mão da barriga.

Anahí por ficar o tempo todo com essa expressão e essa mão na barriga já tinha despertado de Peter e Margareth uma preocupação imensa, mas sempre que questionavam a loira ela uns tranquilizava dizendo que Katerina estava apenas agitada, mas que estava tudo bem e não precisavam se preocupar.

Acontece que Any mesmo certa de que a bebê estava apenas agitada começou a sentir o desconforto cada vez maior na região do ventre. A medida que o dia passava senti a bebê mais agitada.

Durante o jantar Alfonso preocupado perguntavam o tempo todo se estava tudo bem com ela, o que a deixou muito mais estressada e irritada. ela queria ficar sozinha o dia todo e só socar travesseiros.

depois que jantou deixou Poncho falando sozinho e subiu para não ficar mais grilado do que já estava, seu humor estava péssimo.

ficou cerca de duas horas deitada na banheira relaxando, se cobriu com espumas cheirosas e olhos relaxantes. Colocou uma música clássica, tinha lido na internet que ouvir Mozart ou Beethoven por exemplo ajudavam no desenvolvimento do feto.

Ela teve tempo de remover toda a dor e o ódio que sentia de seu pai, porque sim ela não se sentia mais magoada ela se sentia irada.

Depois de um dia todo se culpando pela morte da mãe ela se deu conta de que o verdadeiro culpado era o pai que fez questão de destruir todas as chances que tinham de ser uma família feliz, mas ela jamais deixaria ele afetar sua filha, era seu bem mais precioso.

deitou na cama, e ficou ouvindo músicas deixou o celular na sala para não ter que responder ninguém nem atender chamadas, ignorou James e Rebekah o dia todo para não precisar ficar dando satisfações.

Ela pensou em tudo até que o momento decidiu parar de ficar remoendo coisas que não tinham volta, sua mãe já havia morrido seu pai já tinha fodido com tudo, e ela finalmente se convenceu de que seu pai era um bosta e que ela proibiria ele de ter um contato muito íntimo com sua filha, não queria que ele a contaminasse com tanta maldade.

Cansada de toda essa merda do passado ela resolveu pensar sobre o quarto de Katerina.
pegou o Notebook que estava em seu escritório e voltou correndo para o quarto, pesquisou muito sobre decorações de quarto de bebê berços equipamentos de segurança para recém-nascidos, tudo o que tinha do bom e do melhor ela estava pesquisando e anotando, sua filha não teria uma vida menos luxuosa do que a de uma princesa. ela era rainha então sua filha consequentemente seria a princesa e aí de quem se colocasse no caminho de sua pequena, Anahí e agora era uma leoa pronta para pôr as garras para fora para qualquer um que atravessasse o caminho seu ou de sua filha.

salvou em uma pasta no computador tudo que queria para o quarto de sua pequena, seria luxuoso e extravagante afinal sua filha não teria nada menos que isso. estava tarde para fazer compras pela internet e seu cartão de crédito estava na carteira dentro de algumas das milhares de bolsas do closet então por preguiça não efetuou nenhuma compra apenas guardou no carrinho virtual.

Perto das 10 horas da noite começou a sentir uma dor aguda na parte de baixo do ventre como se fosse uma cólica mas não era sua bebê de repente parou de chutar. Ela estava tão agitada antes e agora simplesmente parou dando lugar a uma cólica dolorida.

Ela se lembrou de que era tarde e sempre dormia cedo então sua bebê deveria estar apenas com sono, achou melhor se deitar para dormir, para o bem da pequena Katerina.

acontece que ao invés da dor passar ela estava cada vez mais forte, a loira até tentou dormir mas perto das 2 horas da manhã a dor começou a ser tão intensa, mas tão intensa que ela soltou um grito sem nem perceber parecia que alguém estava dando soco e apertando sua barriga. Ela ficou desesperada e preocupada com sua filha.

-Alfonso!!- ela gritou se contorcendo de dor- Porra Poncho!!!

Ela continuou gritando, até que viu o moreno entrar correndo no quarto, com uma calça de moletom e a barriga definida a mostra. Ele tinha um olhar desnorteado e preocupado, os cabelos bagunçados e os olhos sonolentos indicavam que tinha acordado com os gritos da esposa e ido até ela correndo.

-Caralho Anahí- ele falou se aproximando da enorme cama da esposa, ao vê-la se contorcendo todinha viu que era de fato algo sério, e se preocupou ainda mais- Meu Deus, o que foi? Você está bem?

-Poncho-ela disse entre os dentes, o som saiu abafado pelo gemido de dor que o acompanhou.

-Eu calma, eu tô aqui- ele acendeu a luz e voltou para perto dela.

-Está doendo tanto, puta que pariu, eu nunca senti tanta dor- ela falou começando a soluçar em seu choro.

Alfonso levantou as grossas cobertas que cobriam a esposa, na intenção de ajudá-la, mas o que viu quase o fez desmaiar tamanho desespero.

Os lençóis antes brancos, agora estavam cobertos por uma enorme mancha de sangue.

-Any- ele falou em uma espécie de sussurro, entrou em estado de choque.

-Aaaaaaaaaaaa- Anahí gritou dessa vez tão alto que trouxe Alfonso de volta de seus devaneios- Eu não tô aguentando mais Poncho- ela falou sentindo a dor crescer cada vez mais.

Ela ainda não tinha se dado conta do sangue na cama, mas ao ver o marido olhando fixamente para um ponto específico, decidiu seguir o olhar dele.

O que ela encontrou a fez sentir um aperto inexplicável no coração, a bebê ainda tinha apenas quatro meses, não podia nascer assim não podia nascer tão prematura.

Ela entrou em desespero na hora.

-Poncho- ela pegou a mão dele e apertou ao sentir outra onda violenta de dor- A Katerina não pode nascer agora- ela gemeu- Ela não está pronta.

Poncho desesperado pegou a esposa no colo e a abraçou para confortar a forte dor que via a mulher sentir.

-Vamos para o hospital, não vou deixar nada de ruim acontecer com nossa filha- ele falou decidido.

Por mais que os pais estivessem determinados em salvar a filha, eles não tem poder sobre tudo o que acontece no mundo.

Por mais que os pais estivessem determinados em salvar a filha, eles não tem poder sobre tudo o que acontece no mundo

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