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Na manhã seguinte, às 8h todos estavam de pé na casa de Anahí e Alfonso. O velório simbólico em homenagem a Katerina, seria por volta das 9:30, no cemitério particular, onde tinha as famílias mais nobres normalmente eram enterradas.

Poncho acordou e se vestiu com um terno todo negro, um sobretudo também preto e os cabelos levemente bagunçados. Como o inverno estava chegando, ajudou a esposa a se arrumar bem quentinha, Any estava lidando tão mal com a situação que nem escolher roupas ela queria mais.

Ele vestiu na loira um vestido grosso e preto, ele era ombro a ombro mas de mangas longas, era bem justo, assim como a maioria das roupas dela, e ia até o joelho mais ou menos. Calçou nela um salto alto preto e a deixou livre de acessórios.

Os dois desceram e foram para o Jaguar de Poncho, Margareth e Peter seriam os únicos empregados autorizados a ir, a pesar de não gostar da relação de ambos com a Any ele entendia que quanto mais perto de quem ela gostasse melhor seria para ela.

Chegaram na capela onde aconteceria a missa para Katerina, Ruth cumpriu com o prometido e convidou apenas os mais íntimos, ela sabia como estava difícil para o filho e para a nora, e ela entendia eles, se seu filho morresse ela morreria junto a ele.

Ela não sabia por completo sobre a história entre Enrico e Any e a relação disso com o bebê, na verdade nem mesmo Poncho sabia com exatidão, mas ao ver Alfonso falar com tanto ódio e rancor do sogro ela achou que por bem maior não era prudente convida-lo, e suspeitava que mesmo se fosse convidado nem iria dar as caras.

Alfonso cumprimentou Ian, Rebekah, Jayajay e algumas outras pessoas próximas da família. Ele não soltou a cintura da esposa hora nenhuma.

Era uma cena tão dolorosa de se ver, que certo momento Bekah derramou algumas lágrimas, pais que antes tinham sua vida planejada com sua filha, se viam sem ela agora. Mas o mais a lastimava era o estado em que Anahí se encontrava, ela não reconhecia a melhor amiga, ela e Jay estavam em nervos de preocupação com a amiga, ela não falou um A desde que saiu do hospital, na capela apenas olhava para o caxão infantil branco que seria enterrado sem ninguém.

A missa estava prestes a começar quando Ruth saiu discretamente da capela falando ao telefone. Uma atitude estranha já que ela nunca foi de esconder suas conversas e coisas do tipo.

Alguns minutos depois ela vooltou. Mas voltou acompanhada.

Maite, Dulce María, Christopher e Christian estavam ao lado dela. Quando Poncho viu engoliu a seco, um bolo se formou na sua garganta e uma rajada estourou em seu peito.

-Poncho- Mai falou triste e deu um abraço no moreno, apesar de saber o quanto ele havia se tornado um cretino, atravez dos relatos de Any, ainda tinha o mesmo carinho fraternal por ele que tinha no ensino médio.

-Maite- ele falou quase que testando o nem em sua boca, pensou que nunca mais fosse ver nenhum dos quatro, para ser realista, nenhum dos 5.

-Ei Poncho- foi a vez de Dul lhe dar um abraço, Alfonso as abraçou e comprimentou de forma quase que automática, ainda não estava entendendo bem o que aconteceu.

-Sentimos saudades- foi Chris quem disse dando alguns tapinhas nas contas do amigo.

-Apesar de tudo não podemos deixar vocês sozinhos nesse momento, prometemos ser irmãos para sempre- Uker falou com uma risadinha leve, Poncho mesmo sem se dar conta o acompanhou, lembrou de quando tinham 10 ou 11 anos, por aí, e os três amigos juraram que seriam irmãos para sempre.

-Eu... é.... bem....- o moreno passou as mãos pelo cabelo meio desnorteado.

-Não nos esperva aqui- Dul completou abraçada a Uker.

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