Noite comum de quinta feira.
Porque essas notificações de atividade não param um segundo?
Sana estava deitada no sofá, entediada e um pouco estressada com as matérias que já começaram o ano sugando sua alma de tarefas - que ela precisava fazer mas não estava nem um pouco a fim - quando Dahyun chegou em casa.
Lá vem.
A coreana já chegou sorridente e dando boa noite para sua madrasta que jantava na mesa da sala bem atrás de onde ela estava.
- Boa noite, minha flor! Como foi na faculdade hoje? - a Sra. Minatozaki perguntou contente.
- Foi ótimo, Tia. A aula foi bem pesada, é de ciência bem básica ainda, aquela coisa de estudar as membranas celulares, sinalizadores e bioquímica, mas foi muito incrível. Se você soubesse a quantidade de coisas que ficam em volta de uma célula pra que ela funcione bem...é coisa de louco. Não sei como dá tão certo - Kim respondeu com um ar de cansada, mas bem entusiasmada até.
Ela realmente chama a minha mãe de tia.
Patético.
As matéria do começo do curso de medicina eram meio chatas e isso não era surpresa nenhuma para Dahyun, porém era satisfatório até certo ponto ver como ela estava melhorando seu raciocínio a cada dia. Sentia que ter conhecimento a dotava de mais poder para chegar onde queria, era o que importava.
- Que bom, meu anjo. Eu adoro ver como você sempre chega sorrindo assim em casa quando tem uma aula boa. Você comeu? Vou te esquentar um pouco de sopa - a jovem senhora disse já fazendo menção a se levantar da cadeira.
- Não precisa, tia! Eu vou dar "oi" pra Sana, que parece bem cansada no sofá, tadinha, e depois eu vou lá esquentar. Não se preocupe - ela respondeu fazendo a mulher se sentar novamente e Sana já sentir o sangue subir no sofá.
Tadinha é o caralho, Kim.
Dahyun foi em direção ao sofá e deu a volta para ficar de frente com Sana que, apesar de estar vendo a garota se aproximar, não tirou os olhos do celular. Não estava olhando nada de interessante lá, só não queria contato agora.
- Boa noite, Satang - a loira falou num tom meigo que era capaz de fazer Minatozaki explodir de ódio por dentro.
- Noite - respondeu no tom mais desinteressado que pôde.
Dahyun pensou rápido e aproveitou a distração de Sana para irritá-la mais um pouco e definitivamente chamar sua atenção.
A japonesa sentiu o coração quase pular para fora de seu peito quando as mãos de Kim ergueram seu rosto e ela deu um selinho estalado em sua boca.
Filha da puta.
E o pior era que ela não podia nem falar algo em voz alta, já que sua mãe estava ali perto provavelmente pensando que tinha sido um beijo na testa, então só fitou a outra garota com um semblante de ódio. Dahyun sorriu satisfeita com a cena, passou uma mão pelo cabelo da japonesa com direito a uma segurada mais forte na nuca e foi para a cozinha em seguida.
Sana continuou na mesma posição no sofá tentando fingir que nada de estranho havia acontecido ali, mas sabia que precisava tirar aquela história a limpo, se não, não conseguiria dormir a noite.
Qual é o problema dela?
Demorou uns minutos até que Sana tivesse coragem de encarar sua mãe novamente, lhe dar um "boa noite" e seguir até seu quarto. Ficou meia hora encarando o computador sem saber por qual atividade começar, mas desistiu de tentar quando ouviu o som de Dahyun fechando a porta de seu quarto.
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Life's a bitch - Saida
FanfictionSana foi pega desprevenida pela vida algumas vezes. Quase se afogou numa lagoa quando era criança, perdeu seu pai e se mudou para a Coreia adolescente e, agora, aos dezenove anos, foi - a contragosto - morar na mansão de seu novo padastro, Sr. Kim. ...