Capítulo VIII

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Draco

Neste momento, estou no dormitório, deitado na minha cama, de olhos chegados enquanto todos os momentos que tive com Harry este ano me passam como um filme na minha cabeça. É inacreditável o facto de ano passado sermos inimigos mortais, estas férias ter entendido os meus sentimentos por ele, que pensava que eram de ódio mas que descobri que esse ódio e essas brigas que eu tinha com ele eram só forma de lhe chamar a atenção, e que muito possivelmente o ódio por ele só existiu mesmo no primeiro ano, no primeiro dia deste ano ir ter com ele e dar-lhe sem ele perceber um pequeno bilhete, que depois julguei ter sido uma ideia idiota, mas que sem dúvida foi a melhor ideia que poderia ter tido, já que graças a esse pedacinho de papel eu e o Harry somos amigos. Eu desde que descobri que estava apaixonado pelo Potter, achei que isso era horrível e que não poderia piorar, mas agora quantos mais dias se passam eu fico cada vez mais apaixonado por ele. Agora, o que me deixa mais feliz é saber que ele confia em mim, pois se não tivesse confiança em mim nunca me contaria sobre o grupo secreto que se tudo der certo irá existir, e acima de tudo não me convidava para fazer parte dele. E assim com estes pensamentos acabo por adormecer.

Acordo, levanto-me, preparo-me e desço para o pequeno-almoço. Quando chego ao Salão vejo o Harry sentado na companhia da Granger e do Weasley, ele repara na minha presença no Salão e trocamos olhares e pequenos sorrisos. Sento-me na mesa da Sonserina quase vazia por ainda ser um pouco cedo.

O dia passa normalmente, com algumas trocas de bilhetes entre mim e o Harry. Por fim, no final do jantar, dirijo-me para o meu dormitório e espero ser hora dos alunos já estarem a dormir e saiu do meu dormitório em direção à Torre de Astronomia. Quando lá chego vejo o Harry sentado no último degrau.

-Harry? Por aqui a estas horas?- pergunto na brincadeira.

-Draco? Pergunto o mesmo.- diz continuando a brincadeira.

-Pronto vamos acabar com a brincadeira. Novidades?

-Não muitas só se formos falar das novas regras da Umbridge, porque a sério ela não pode fazer mais nada sem ser fazer regras porque a cada intervalo eu vejo no mínimo uma nova regra.

-A minha pergunta é como é que ela consegue pensar naquilo, porque não é novidade para ninguém que aquele ser não tem cérebro.

Ficamos assim cerca de uma hora a falar mal da Umbridge e a rir-nos.

-Então é melhor irmos, não achas?- Achar que devemos ir, acho, mas definitivamente não é o que eu quero, gostaria de continuar aqui com o grifinório, mas não podemos porque amanha temos aulas.

-É melhor.- digo.

Mal acabo de falar, ele põe o seu manto da invisibilidade por cima de nós dois, e vamos em direção às masmorras, até que paramos na frente do meu Salão Comunal.

-Então quando fazemos isto outra vez?-fico feliz por ser ele a perguntar, pois estava a lutar comigo próprio se perguntava ou não.

-Opa, Harry Potter quer a minha companhia.-digo a brincar com ele.

-Não me faças começar a odiar-te outra vez.

-Já não me odeias?- pergunto até sendo mais que óbvio a resposta, mas já tenho saudades de irritá-lo.

-O que tu achas? Porquê tu continuas a odiar-me?-ele parece um pouco triste quando pergunta, o que me faz por impulso dar-lhe um abraço.

-Achas que se te odiasse andava a aturar-te?-pergunto agora com um pequeno sorriso a olhar para ele que parece ter ficado corado depois do abraço, mas não posso jurar já que está escuro.- Estava a brincar contigo. Já tinha saudades de te irritar. E respondendo à tua pergunta, não faço a mínima ideia podes dizer um dia e eu irei estar lá na Torre.- digo a ele que sorri com a minha resposta.

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