Capítulo XI

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Harry

Alguns dias depois da reunião, a Umbridge  implementou o Decreto Educacional Número Vinte e Quatro, que proibe todas as organizações de estudantes que não foram aprovados pelo Alto Inquisidor, mas eu, a Hermione e o Ron asseguramos a todos os membros que as sessões iam adiante logo que a localização ideal fosse encontrada.

Depois de algum tempo, o Dobby informou-me sobre a Sala Precisa, onde ele ocasionalmente escondia a Winky quando estava bêbada. E assim, após o Dobby ter nos dito como chamar a Sala, convocamos a primeira sessão.

A primeira sessão correu bem como as seguintes, mas muitos dos membros ainda olham de lado e desconfiados para o Draco, enquanto outros desde o inicio ignoraram o facto de ele lá estar e outros com o passar das sessões começaram a fazer o mesmo.

Está quase a chegar o Natal, e neste momento estou com o Draco na Torre de Astronomia, como fazemos desde que começamos a ser amigos. Agora estou com a cabeça no colo do Draco, quase a adormecer por causa de nos últimos tempos quando adormeço ter sonhos estranhos com um corredor e uma porta que acho já ter visto antes o que me faz não conseguir dormir direito e ficar cansado, enquanto ele mexe nos meus cabelos e fala sobre a sessão que tivemos hoje.

Agora, eu sentia o meu corpo liso, forte e flexível. Estava a deslizar entre barras de metal, pela pedra fria e escura, colado ao chão, a deslizar de barriga num local escuro mas que dava para ver alguns objetos com cores estranhas. Virei a cabeça e vi um corredor  com um homem sentado no chão mais ao longe.  Com a língua provei o cheiro do homem no ar , que estava vivo mas atordoado, e assim comecei a sentir vontade de morder o homem, mas este logo começou a mexer se e pôs se a pé tirando uma varinha do cinto, fazendo me ataca-lo várias vezes. Ao enterrar as minhas presas na carne do homem, sentia o  sangue a jorrar quente, fazendo o homem gritar de dor antes de cair de costas contra a parede, agora calado e com o sangue a manchar o chão.

A minha cicatriz doía muito, como se estivesse a ser queimada.

-Harry! Harry!- ouvi a chamar por mim, e depois de abrir os olhos vi um Draco preocupado a olhar para mim.

Levantei-me rápido a sentir o meu corpo coberto de suor gelado e com a minha cicatriz a continuar a doer.

-O Ron! Eu tenho que ir dizer ao Ron.-depois de falar comecei a correr, até sentir os meus braços presos.

-Ei! Não sei o que viste mas foi só um pesadelo, ok?- pergunta-me o Draco ainda preocupado.

-Não era um sonho. Eu estava lá, era eu que estava a atacar.-digo ofegante.- O pai do Ron foi atacado por uma cobra e é grave. Eu vi acontecer.- esclareço depois de ver o Draco confuso.

-Ok. Queres que eu vá chamar alguém?

-Não. Eu vou falar com o Ron. É melhor ires para o teu dormitório.

-Eu vou contigo até ao teu dormitório, tu estás a tremer, ainda te dá alguma coisa até lá, ok?

-Ok.

E assim vamos a correr até ao meu dormitório, sem nos importarmos se estávamos a fazer muito barulho ou não. Quando lá chegamos, eu entrei  ás pressas no dormitório deixando para trás um Draco extremamente preocupado. Assim que entrei, fui direto ao Ron e comecei a abaná-lo na tentativa de acordá-lo, mas antes dele estar devidamente acordado viro-me para o lado e vomito, o que faz não só chamar a atenção do Ron como dos outros.

-Ele está a passar mal. É melhor chamar alguém, certo?- perguntou o Neville antes de sair do dormitório.

-Seu pai.- consigo dizer finalmente- Ele foi atacado.

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