Capítulo XII

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Harry

Era sexta feira, já próxima da Páscoa, e eu ia ter com o Draco como ele tinha pedido, mas desta vez não no final do jantar mas sim antes, o que para ser sincero achei estranho mas vim na mesma. No final das escadas, fiquei surpreso, na zona aberta da torre, tinha uma grande toalha vermelha  estendida no chão com algumas guloseimas e uma cesta por cima desta, e como pano de fundo um lindo por do sol, não sei o porquê de tudo aquilo mas eu só de ver aquilo já tinha um sorriso enorme na cara, e entendia o porquê de ser antes do jantar porque aquele pôr do sol era lindo. Depois de alguns segundos a apreciar tudo aquilo, o Draco que até ali estava virado de costas a olhar para o pôr do sol vira-se para mim com um lindo sorriso, e só depois de ele chegar perto de mim é que reparei que ele estava lindo, com uma calça social preta e uma camisa branca.

-Ainda bem que chegou!-ele disse com um sorriso na cara, mas a parecer nervoso.

-É. Oi.

Depois de alguns segundos em silêncio, ele parecia ficar cada vez mais nervoso, e sem pensar duas dou-lhe um selhinho, o que parece acalmá-lo, e após esse nosso momento eu dirijo-me à pequena sacada, passando pela toalha, e fico a olhar para o sol, e depois de alguns segundos já tenho de volta o Draco nervoso à minha beira.

-Porque é que estás tão nervoso?-pergunto.

-Toma.-disse depois de alguns segundos silenciosos e dando-me um pequeno papel. 

Eu abro o pequeno bilhete onde tinha escrito "Aceitas namorar comigo? ", e mal acabo de ler eu abro ainda mais o sorriso que eu já tinha no rosto, e olho para o Draco que agora está ajoelhado com uma pequena caixa aberta na mão, com dois anéis finos dourados dentro.

-Isto responde ao porquê de eu estar nervoso?-pergunta enquanto levanta uma sobrancelha.

-Explica.

-Então?

-Queres que eu escreva no bilhete? Desculpa acho que nunca vou perder o hábito de te chatear. E espero puder continuar a fazer isso muitas e muitas mais vezes. Sério eu ainda gostava de saber como um pequeno pedaço de papel fez nos chegar aqui, mas ainda bem que me deste aquele bilhete. Eu descobri que tu és uma pessoa incrível, sem dúvida alguma nada a ver com o que eu achava que eras. Tu és uma das melhores pessoas que eu conheci na minha vida. Tu és gentil, atencioso, divertido, tu és tudo aquilo que eu achava que não eras, mas até antes de conhecer o teu verdadeiro eu já era apaixonado por ti, e o pior de tudo teve que ser a Mione a dizer-me isso para eu perceber. E se eu já era apaixonado por ti quando achava que eras uma pessoas horrível, o que pelo que eu agora estou a entender, eu acho que sempre soube que não eras essa pessoa horrível que eu pintava e que no fundo eras essa pessoa incrível, então agora que te conheço verdadeiramente, eu estou muito mas muito mais apaixonado por ti. Por isso sim, isto é um lindo e um grande sim.

Mal acabo de falar, ele levanta-se e ataca os meus lábios, e assim começamos um beijo apaixonado, enquanto eu tenho os meus braços abraçar o seu pescoço e ele a abraçar a minha cintura. Só nos separamos quando a falta de ar fez-se presente.

-Sabes, deveria ter sido eu a fazer esse discurso. Era eu que estava a pedir em namoro e não tu.

-Para ser sincero eu não tenho a plena consciência do que disse, aquilo só saiu.

-Não disseste nada mal.

-Não? Ainda bem.

-E ainda bem que aquilo saiu-te, mas acho que me achas muito melhor do que aquilo que eu sou.

-Duvido.

Depois de nos separarmos do abraço, pusemos os anéis, e eu segurei a mão do meu namorado e levei-o até à toalha, onde nos sentamos.

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