6- Toque o play: parte um

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No capítulo anterior...

A médica, Helga Ludwig, cuida do ferimento de bala no ombro de Takahashi. A máquina que espalhou fumaça branca por todos os lugares do salão é da empresa de Mizushima, mas ela não é vendida em Hill Angels e sim na cidade grande, longe dessa pequena cidade. A pessoa por trás de todos esses acontecimentos revela uma nova carta, ou melhor, um bilhete, já que é pequeno, mandando os detetives irem para o escritório do prefeito, que se encontra no segundo andar.

"B-boa noite! Se estiver vendo esse vídeo significa que estou morto. A pessoa que... Que me matou é alguém bom, uma pessoa respeitável que teve motivos para isso. Ele quer que vocês façam algo por ele... É algo muito fácil, vocês só precisam achar o que eu fiz de ruim para essa pessoa e entender que ela está certa [...] Filha, você vai morrer se não descobrir o que houve, vai me ver no inferno, junto com Ricardo e Takahashi. Você será a próxima... AAH, me perdoa Misaka, essas não são minhas palavras..."

No capítulo de hoje...

8:45 P.M

Kusanagi olhou para cada detalhe do vídeo, a voz trêmula de seu pai, os olhos caídos que demonstravam medo, a ferida em uma de suas sobrancelhas escorrendo sangue até a bochecha, o suor também escorrendo, mas por todo seu rosto e pescoço. É indescritível a dor que a detetive estava sentindo, uma pontada forte em seu coração a fez levar a mão ao peito, suas lágrimas não desciam, parecia que algo sufocava seus sentimentos e impedia-lhe de ter o luto que precisava, e ela sabia o que sufocava seus sentimentos, o assassino. Vivo e sob o controle da situação, todos jogavam o jogo dele e se não jogassem sabemos o que aconteceria... O jogo nunca foi do detetive e sim do assassino, a detetive não podia deixar isso assim, algo tinha que ser feito e seu luto tinha que ficar para outra hora.

— Que se dane! — Kusanagi em um momento de fúria chuta a TV que cai no chão e quebra. — MEU PAI NÃO MERECEU ISSO! Não importa quem é você e o que meu pai fez pra você, tudo acaba hoje — disse Kusanagi para que todos no escritório ouvissem.

— Tinha um papel em cima da TV. Pode ser outra mensagem, carta ou bilhete,  sei lá... — Fleury foi até a TV jogada atrás da mesa e pegou o papel que dizia:

"Own, foi comovente as falas do Sr. Jason Robers. Não acha? Hahahahahahahahahahaha a morte foi pouco para ele, ele merecia sofrer mais! Depois que vocês acharem o que eu preciso os sentimentos de todos nós serão recíprocos. Devo-lhes contar que está doendo o que eu fiz, mas vocês vão estar do meu lado quando souberem de tudo. Eu sei que vão estar. Agora, indo direto ao assunto... Eu menti, não ia matar ninguém com base no que o Yuno faz. Fiz esse joguinho simples no começo porque essas pessoas que matei foram os pontos chaves para o começo desse jogo. Minhas marionetes, o jogo agora é outro, vocês tem até meia noite para descobrir toda a trama dessa novela, tudo que precisam para descobrir está nessa mansão. Não vou matar mais ninguém até a meia noite.

A propósito, vocês acham que o Robin não queria ser o Batman? Todos querem ser o Batman, todos querem ser o Bruce. Adoro esse desenho. Boa sorte, detetive!"

— Você omitiu para nós sobre Takahashi! — A jornalista andou até a detetive. — Mentiu sobre mais alguma coisa? Em?... Não dá pra confiar nem em policiais. É melhor que outra pessoa leia o papel se o assassino mandar de novo.

— Se eu contasse sobre Takahashi a investigação não ia fluir e era o que essa pessoa queria. Eu sou uma detetive, sei o que faço e você não pode chegar assim em mim se achando a poderosa e me acusando dessa maneira — disse a detetive friamente fazendo gesto com a mão para que a jornalista se afaste e Underwood dá um passo para trás olhando séria para a detetive. — Uma parte do plano dele até agora deu errado. Takahashi está vivo, ninguém ficou contra ele e isso é um ponto para nós.

O Jogo do Detetive: Contra o TempoOnde histórias criam vida. Descubra agora