- Que bagunça. – digo assim que entrei na casa de Patty, era uma casa simples, aconchegante mas meio bagunçada.
- Além de eu oferecer a minha casa pra você e a irmã da poderosa, você ainda reclama? – disse indignada. – Vai me ajudar a dar uma ajeitada? – revirei meu olhos e começamos a dar uma organizada na sala, que haviam roupas espalhadas por todo lugar.
- Sério isso? – dei uma gargalhada, na minha mão havia uma calcinha da Barbie.
- Eu não tocaria nisso se fosse você. – joguei no chão e fiz uma cara de nojo.
- Tô brincando. – riu e recolhemos tudo o que restava. – Pronto! Agora é só esperar ela chegar.
- O que será que ela tem de tão importante pra me falar? – sentei no sofá e Patty sentou ao meu lado.
- Ah, talvez ela queira falar que a Ludmilla está grávida de você. – falou rindo e eu arregalei meus olhos. – Calma, só estou brincando.
- Mas e se ela estiver? – pânico, eu estava em pânico.
- Acho difícil, vocês se protegiam né? – arregalei mais meus olhos. – Ah não. – Patty colocou as mãos na boca.
- Ela disse que tomava anticoncepcional.
- Você sabe que isso não é 100% de garantia né?
- Ai Deus, se ela estiver grávida, o que eu vou fazer?! Óbvio que eu assumo a criança, mas e...
- Calma Brunna, nem sabemos se é isso... – Patty estava preocupada, assim como eu. Ficamos em silêncio por um tempo, até que a campainha tocou.
Patty foi atender e na porta estava Luane, com um sorriso amarelo.
- Oi Luane – a cumprimentei com um beijo na bochecha.
- Oi Brunna e...- fez uma pausa olhando pra Patty.
- Patrícia, mas pode me chamar de Patty. – a cara de pau abraçou Luane bem apertado. Nos sentamos no sofá e Luane na poltrona a nossa frente.
- Bem, pensei que seriamos só nós duas, sem querer ofender. – se referiu a Patty que estava ao meu lado.
- Patty é da família, não escondo nada dela, pode falar o que quer que seja. - eu estava tremendo, com medo do que seria. – Ela está grávida não é? O filho é meu? De quantas semanas ela tá? Pelo amor de Deus me responda! – falei tudo atropelado, quase morrendo sem fôlego.
- O quê? – Luane arregalou os olhos. – Como ela pode estar grávida de você? – nisso o olhar de Luane foi para as minhas partes íntimas.
Pigarreei chamando sua atenção e ela voltou a realidade.
- Você tem um..? – apontou pra minha intimidade. O ambiente estava ficando quente e meu rosto pegando fogo, tamanha a vergonha.
- Sim, ela tem e é grande, prossiga. – Patty tomou a frente e despejou a verdade em cima de Luane, essa que arregalou os olhos.
- E funciona bem? – pude reparar que sua respiração ficou mais ofegante. Patty deu uma tossida, eu estava ficando constrangida diante dessas perguntas.
- Funciona normalmente como qualquer outro, agora, me diga o que você veio dizer.
– mudei de assunto, não queria fazer uma tese sobre o meu pinto pra ela.
- Bom. – se ajeitou no sofá, ainda olhando pras minhas partes, peguei uma almofada e coloquei em cima dele. Levantou seu olhar e sorriu envergonhada. – Vim aqui pra dizer que Ludmilla gosta de você, de verdade e essas semanas tem sido difíceis... Ela tem chorado muito... – saber que Ludmilla estava sofrendo, me deixou mais triste do que eu já estava.
- Mas porque ela vai se casar com ele? – não tinha sentido, se ela gostava mesmo de mim, ela não se casaria com outro.
- No dia que você foi embora lá da casa da Lud, meu tio veio logo depois. – começou a contar e prestei mais atenção no que Luane dizia. – Queria conversar um assunto particular com a Lud, dizendo que era coisa da empresa e blá blá blá, então eu subi pro meu quarto, mas como boa curiosa que sou, fiquei no alto da escada e ouvi tudo o que eles falaram. – deu um suspiro.
- O que eles falaram? – Patty estava vidrada na conversa.
- Meu tio fez ameaças Brunna, ele sabe do seu caso com minha irmã. – acho que minha pressão caiu, me encostei no sofá, minha cabeça girava.
- Você está bem? – Patty colocou sua mão em meu ombro. Minha cabeça rodava, ele sabia, eu seria demitida e meus pais também, isso seria nossa ruína e Ludmilla..?
- Não. – me levantei e fui me tremendo até a cozinha. – Patty, me de água? – Ela foi correndo e me sentou na cadeira da mesa, pegou um copo com água e me deu. Bebi numa golada só.
Luane sentou na mesa a minha frente.
- Eu fiquei pensando nessas semanas se falaria ou não com você, mas ver Ludmilla daquele jeito, não me deixou escolha. Eu não sei o que você vai fazer, mas por favor, haja com prudência. – tomou fôlego e continuou. – Ele ameaçou você e sua família se Ludmilla não se cassasse com o panacão e a essa hora vocês estariam no olho da rua... – agora tudo fazia sentido, Ludmilla fez isso pra nos proteger, uma lágrima escorreu pelo meu rosto e minha garganta estava seca, mesmo com toda a água que eu havia bebido.
- Ela não pode se sacrificar assim. – levanto de supetão e quase caio, minhas pernas estavam bambas. – Eu não posso deixar isso acontecer.
- Escute Brunna! Ele ameaçou a sua vida também, meu tio é um homem ambicioso, astuto e perigoso, não era o tio que eu tinha em mente... Você não pode fazer uma besteira, temos que planejar com cautela.
- Planejar o quê? o casamento está pra acontecer em poucos dias ou semanas sei lá e Ludmilla não pode fazer isso por mim. – eu estava triste, com raiva e péssima por Ludmilla.
- Calma Bru, senta ai. – Patty forçou meu corpo até sentar na cadeira. – Vamos pensar com calma. – Patty colocou mais água no meu copo e deu um copo pra Luane também.
- O que faremos? – pergunto mais calma.
- Não sei. – Luane admite. – Mas iremos resolver essa situação, só me prometa que não fará nenhuma estupidez. – me advertiu com o olhar.
Assenti de cabeça baixa. - O resto da madrugada Patty ficou conversando com Luane e eu fiquei no meu mundinho, remoendo todas essas informações e com certeza eu não faria uma besteira...
**LUDMILLA**
Ding dong...
- Aff, quem será a essa hora? – resmungo assim que vejo a hora no relógio. -Quem diabos, será às 5 da manhã? – Se for ladrão, eu meto uma tacada. – saio da cama de pijama, desço as escadas, pego meu taco de beisebol e abro a porta, dando de cara com uma Brunna assustada? será que foi a minha cara de raiva? Ou pelo o meu taco de beisebol na mão?
- Ludmilla, sou eu, calma! – levantou as mãos em rendição.
- Brunna, o que faz aqui a essa hora?! – eu acordo de mau humor, não julguem.
- Preciso falar com você.
- Não temos mais nada pra falar. – ameaço fechar a porta, mas Brunna entra pela abertura da porta mais rápido do que o vento batendo na bunda do flash. – Mas que coisa. – bufo irritada.
- Só me escuta. – fecho a porta e faço um gesto pra ela andar logo, não queria que o nosso contato fosse muito próximo... iria ser mais difícil ainda do que já estava sendo. – Eu quero acabar com seu tio. – falou super séria e eu soltei uma gargalhada.
- Você só pode estar bêbada. – ela veio pra perto de mim e me encostou na parede. Seus olhos castanhos dilataram ao se conectarem aos meus.
- Você não vai casar com ele por mim...- Sussurrou no meu ouvido. -Vamos acabar com seu tio... – deu um sorriso diabólico, que achei a coisa mais sexy do mundo.
- Você s-sabe? – quem teria contado? Ninguém ouviu minha conver... LUANE!
- Sim, meu amor. – colocou sua cabeça no meu pescoço e deu uma leve mordida. – E iremos acabar com seu tio. – deu um chupão forte e eu abri minhas pernas, já pronta pra receber seu menino de novo em mim...
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Oliveira's Company
Fiksi PenggemarEita paixão tosca do Carvalho essa de gostar de alguém impossível... Que bela mulher essa Ludmilla, hein? Mas sei que ela não é pro meu bico... "Brunna Gonçalves'' [...] Sou diretora de uma multinacional que não liga muito pra relacionamentos... Mas...