Capítulo 72

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Oii Beloveds sumidos... kkk cheguei meus amores...

Climinha bom... várias descobertas... (tanto na vida real quanto na fic...)

Só queria dizer que admiro muito a Lud, por ter essa garra, e não deixar barato para a fulana... Lud merece respeito e justiça! E eu amo demais essa mulher, ela é minha completa inspiração!

Boa leitura!
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POV BRUNNA

A vida recomeça todos os dias, assim que acordamos. Um fato, nessa nova etapa damos continuidade aos dias anteriores. Ao dormimos, estamos vivendo a nossa outra vida, muitíssimo importante também. Quando eu estava sedada, dormindo em um sono profundo naquele hospital em Cancun, eu sonhei que Ludmilla segurava um bebê no colo que chorava desenfreado, embalando-o para frente e para trás, como se estivesse tentando fazê-lo dormir. A cena era uma das mais lindas do mundo. O que para mim foi estranho já que ela não conseguia me ver no sonho, como se estivéssemos em dimensões diferentes, também não conseguia ver o rostinho do bebê. Foi uma das sensações boas e estranhas ao mesmo tempo, até sentir uma força me puxar de volta a realidade, o que eu jurei ser real. Só que não havia nenhum elo de continuidade com o sonho anterior. Não sei o que aquele sonho poderia significar, mas sei que somos donos de uma única vida contínua, pontilhada por diversas vidas picotadas e intercaladas.

- Você está linda - fui surpreendida com a voz rouca da minha esposa soar baixinho em meu ouvido enquanto suas mãos são entrelaçadas ao redor da minha cintura, acabando por me assustar, mesmo que essa não tenha sido a sua intenção. - Amor, me desculpa. Eu não queria ter te assustado - pediu me virando aos poucos para que ficasse de frente a ela - Você está bem? - perguntou com a voz preocupada ao mesmo tempo que avaliava as minhas expressões.

- Está tudo bem, meu amor - me prontifiquei em lhe tranquilizar antes que ela tivesse um piripaque ali mesmo na minha frente. Sorri para ela que estava com uma feição desconfiada e para confirmar que estava dizendo a verdade, selei nossos lábios em um selinho demorado que ela fez questão de prolongar.

- Não me esconda nada, por favor - bicou meus lábios antes de me encarar ternamente - O pessoal já está lá embaixo ... - suspirou audivelmente, me puxando para um forte abraço - Inclusive, os trigêmeos - sussurrou em meu ouvido o que me fez sorrir abertamente e me desvencilhar dela em seguida - Mantenha a calma, tudo bem? - pediu cautelosamente ao notar a minha euforia interna - Eu conversei com eles. Disse que você tinha caído e machucado o tórax, não quis entrar em detalhes, é tudo o que eles tem que saber - acariciou minhas bochechas com ternura - Não faça esforços e se sentir alguma coisa, fale comigo - beijou a minha testa em sinal de respeito. Amava quando ela tomava daquele gesto.

Tinha se passado um mês desde aquele fatídico dia. Por conta da cirurgia ter sido delicada, o cardiologista me recomendou sessenta dias de repouso, sem fazer esforços ou pegar peso, além de ter me passado quinze dias de fisioterapia por conta da regularização da minha respiração. Iniciei um novo acompanhamento neurológico para tratar da hipotensão intracraniana, não poderia ficar mais feliz com os resultados, que vem sendo mais do que positivos e que graças a Deus também não venho mais sentindo dores de cabeça.

Desde que voltei para minha casa, meus pais e meus sogros não saíram mais daqui, quer dizer, voltaram para a casa deles no dia anterior porque minha esposa fez questão de expulsá-los a força já que ela não estava gostando nada do sufocamento que eles estavam me fazendo passar, e eu realmente agradeci por isso. Ludmilla, além de ser uma maravilhosa esposa e minha amiga, vinha me tratando melhor impossível, se já era amável, poderia arriscar que estava agindo o dobro, não que eu não gostasse, eu até gosto, porque ela sabe os seus e os meus limites. Mas nossa rotina havia mudado bastante.

Nossas amigas, sempre que podem, vem nos visitar. Devido a minha ausência na empresa, Patty me disse que estava a todo vapor, contratos e mais contratos para assinar, e não estava diferente na empresa da Ludmilla. O lado desgastante dessa história, foi conseguir nos livrar de todas as manchetes dos jornais, tivemos que contratar advogados, além dos nossos para que nada sobre o ocorrido vazasse. Falando em vazar, Lary conseguiu duas imagens das câmeras que fosse possivelmente o suspeito responsável por ter atirado em mim. Ainda não conseguimos identificá-lo, para isso, necessitaríamos invadir todos os sistemas dos hotéis, em busca de qualquer pista, e era o que as meninas estavam fazendo todos os dias. Pedi para que alguns dos meus agentes fossem para Cancun e investigar cada perímetro daquela ilha, desde a distância do disparo até o local onde o suspeito poderia estar camuflado.

Já os trigêmeos, voltaram ontem para Miami. Segundo, Ludmilla seria melhor assim, evitando perguntas que nós não poderíamos responder. Conversava com eles todos os dias por videocâmara, o que aliviava um pouco a minha saudade, mas não o suficiente. Bruno e Luane também vieram, assim como Marcos e sua noiva. Estava toda a nossa família aqui em casa em uma pequena comemoração pela minha recuperação. Ideia da minha mulher, alegando que precisava comemorar por Deus ter nos concedido uma nova chance para as nossas vidas.

- Você está tão linda - a elogie deslizando meus dedos por sobre seu suéter. Ludmilla estava vestida um pouco mais casual do que era acostumada, suas roupas bem alinhadas e elegante. Um suéter vinho com uma camisa por baixo. Uma calça de linho azul escuro bem delineada a suas pernas e um Mocassim de couro cru. Seus cabelos estavam soltos como de costume e sua maquiagem impecável, realmente linda, sexy e elegante.

Secret Service GÇOV (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora