Capítulo 37

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Volteei se acalmem kk

Boa leitura!
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POV NARRADOR

- Brunna.

(Deem play na música "Stiches - Shawn Mendes (Roveena Cover)")

Em algum grau de pessoas benevolentes sempre dizem sentir a dor dos outros. Mas não sentem, pretexto, ninguém pode sentir. Tudo o que podem experimentar, é a própria dor, que pode vir em resposta ao sofrimento de outra pessoa.

Vemos aqui, Brunna expressando sua dor através de algo que para ela era de fato, o certo. Curar sua dor causando dor. O sofrimento da empresária era muito real para ela. Esse sofrimento era apenas dela e de mais ninguém. Já ouviram falar da "soma do sofrimento humano?". Porém isso não expressa bem a verdade. Não sofremos em grupos. Não sofremos a dor de ninguém, apenas a nossa própria.

Conhecemos somente a nossa dor, nosso sofrimento. A dor de Brunna, por mais que tenha sido, não foi maior do que a dor que outras pessoas poderiam sofrer.
Entretanto, não importa quanto sofrimento exista no mundo, podemos ser gratos pelo fato de que ninguém caído, sofre mais do que podem suportar.

Mesmo a hispânica sentada e acorrentada sobre aquela cadeira, enxergou, não poderia sentir, mas poderia imaginar a dor que sua esposa não fazia questão de esconder diante de seus olhos. Por mais triste e doloroso que fosse o seu sofrimento, Ludmilla, naquele momento, queria poder se levantar dali, colocando-se ao lado de sua mulher, aconchegá-la em seus braços, sussurrando em seu ouvido de que tudo ficaria bem. Mas infelizmente, as situações não estavam favoráveis para ela. A hispânica não denominou aquele momento, uma forma covarde de sua esposa, apenas enxergou a dor de Brunna calada esperando pelo próximo passo dela, não demorando muito à vir.

- Surpresa em me ver, cariño? – perguntou Brunna com escárnio na voz.

- Bru ... amor ... me deixa explicar ...
– pediu Ludmilla com certa angustia.

- Porque mentiu, Ludmilla? – questionou Brunna puxando uma cadeira para se sentar de frente para ela, cruzando suas pernas logo em seguida – Porque me escondeu toda essa verdade? – cruzou os braços acima de seus seios encarando-a pacificamente.

- Eu não menti ... eu apenas omiti algumas verdades ...

- Aproveitando da situação para ...

- Brunna, por favor, não termine essa frase – interrompeu a hispânica quando se deu conta do que Brunna iria dizer – Você é formada em psicologia criminalista, sabe muito bem quando alguém está mentindo ou dizendoo a verdade – postulou observando a latina arregalar os olhos para aquela confissão.

- Claro, até porque você sabe de toda a minha vida – debochou em desdém – Me espanta eu não ter desconfiada de nada, talvez o amor tenha me cegado – declarou fitando a mais velha minuciosamente.

- Acredite, também foi muito difícil para mim ter que esconder esse segredo de você – pigarreou antes de prosseguir sentindo um certo incomodo em suas mãos – Antes de mais nada, eu quero que você saiba que o nosso casamento foi real, e para mim continua sendo. Você me conhece como ninguém, o que acaba me espantando um pouco ... – suspirou notando seus olhos marejados – Nunca, jamais, me casaria se não sentisse o que eu sinto por você, Bru – confessou a hispânica deixando com que as grossas lagrimas rolassem pelo seu rosto – Eu só fiz o que achei ser o certo. Proteger minha família, não me perdoaria se algo acontecesse com você ou com nossa filha – encarou a latina que não se encontrava muito diferente dela.

- Eu fui enganada por todos vocês – irou-se limpando suas lagrimas com as costas de sua mão.

- Eu apenas segui ordens de nossos pais, doeu mais em mim no que em qualquer outra pessoa quando eles me pediram para não contar nada – disse Ludmilla com pesar – Eu sei ...

Secret Service GÇOV (Intersexual)Onde histórias criam vida. Descubra agora