A visão de Kahina oscilava enquanto a cama afundava, trepidava, e então houve muitos gritos, alguns xingamentos abafados e, em seguida, um estalo alto que fez o sistema límbico de Kahina estremecer em solidariedade. A porta se abriu e então todas as esperanças de tentar voltar à terra dos sonhos se foram. Se ela conseguisse reunir forças para ficar irritada, alguém estaria em apuros.
Mas finalmente ficou abençoadamente quieto.
Kahina se arrastou para a consciência com relutância. Ela piscou algumas vezes limpando a vista. A sala estava extraordinariamente iluminada e ela desejava que alguém apagasse aquela merda. Eles não sabiam que ela tinha rachado o crânio e estava com a pior dor de cabeça da vida?
Havia um maravilhoso cheiro de especiarias no ar, como nos mercados natalinos alemães no norte do estado de Nova York; Quanto mais ela inspirava, mais a cabeça limpava, a dor recuando para um rugido chato na parte de trás de sua cabeça, em vez de um picador de gelo atrás de seu globo ocular. Sua cabeça ainda soava como um maldito sino de igreja, mas não havia nada a ser feito sobre isso se ninguém fosse deixá-la dormir.
Seus olhos finalmente se abriram. "Dihya..." ela resmungou estendendo a mão para sua irmã gêmea. Instantaneamente os braços de sua irmã a abraçaram pela cintura. Ela procurou o conforto suave e familiar de sua irmã. "Eu engoli uma lixa?" ela murmurou tentando limpar a garganta várias vezes. Antes que ela pedisse a Dihya algo para beber, um vulto imenso apareceu na sua frente com um copo de água e um canudo pronto. Abençoado seja, quem quer que fosse. Ela estendeu a mão cegamente, com as mãos trêmulas, mas a figura empurrou-as suavemente e levou o canudo aos seus lábios.
O cheiro delicioso vinha da pessoa com o copo de água. Ela pôs seus lábios ao redor do canudo frio e bebericou o máximo que conseguiu, inalando profundamente enquanto ela bebia. Então a mão se afastou, tragicamente levando o aroma delicioso com ela, e Kahina finalmente olhou para cima, agora com olhos aguçados, para o entregador de água.
Ela prendeu a respiração, suas bochechas esquentando sem esforço. Ela nem sabia que seu rosto era capaz de corar. Que droga. O cara, não, ele era algo mais do que um cara, era possivelmente o maior homem que ela já tinha visto, e sendo uma menina saudável e bonita, ela teve a oportunidade de colocar os olhos em uma boa quantidade de homens. Ele pairou sobre ela e Dihya, inacreditavelmente alto, pelo menos sessenta centímetros acima de seus modestos um metro e quarenta. Uma mecha de cabelo acobreado, que caia sobre o olho esquerdo em um jeito tipo me beija com força, completando o pacote impressionante. Cabelo que parecia macio o suficiente para pensar em enfiar seu rosto nele. O homem irradiava uma graça letal e brutalidade controlada. Kahina podia sentir-se esquentando quando ela inspirava o cheiro pra dentro dela. Ele era definitivamente europeu mesmo com sua coloração bronzeada. Ele olhou para ela com seus olhos verde-oliva.
Sua mão se moveu sem esforço. Ela ia tocar seu rosto, mas ele capturou a mão dela em sua mão enorme. Ele foi gentil quando levou a mão dela aos lábios. Com os lábios suaves e gentis ele beijou a mão dela.
Sua boca se abriu, seu coração se agitou como uma borboleta em seu peito. "Oi." Ela soltou sem jeito.
Uma risada retumbou em seu peito enorme. O som fez cócegas na barriga de Kahina, e ela descobriu que gostava da sensação.
Ele se virou, agarrou a mão da Dihya e a beijou tão suavemente quanto antes. "Olá, amor." Sua voz era como água lenta sobre as pedras de um rio.
Kahina tremeu. Seu corpo se iluminou.
"Ah, isso é putamente perfeito." Alguém rosnou ao fundo.
O feitiço se quebrou.
O homem, ainda segurando as mãos das duas, virou-se para quem estava falando. Instantaneamente seu corpo ficou tenso. Ele foi de gentil e doce para agressivo em um instante. Um calor delicioso a consumiu em seu interior.
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As filhas
VampireVishous está implodindo e não consegue parar. Seus Irmãos estão se tornando domesticados e sua shellan tem coisas melhores para fazer do que se preocupar com seu estado mental. Ele está prestes a desmoronar e as consequências não serão bonitas. Zyph...