Como estava sem vontade de fazer comida, então resolvi sair pra comprar. Não me arrumei muito, apenas soltei o cabelo e vesti meu parceiro de todas as horas: meu moletom preto. O que eu de fato não esperava era que destacasse tão bem o meu cabelo.
Fui á uma lanchonete no qual eu já tinha o costume de comprar. Fiz meu pedido e aguardei. Um tempo depois, sentou ao meu lado um rapaz alto, meio desajeitado, e bonito. Ele fez o pedido dele e, eu acho, só me viu após alguns instantes. Ele fez uma cara como se tivesse levado um susto.
-Uau- ele falou me olhando- combinou com você essa cor.
-Obrigada- talvez eu tenha ficado um pouco um pouco sem jeito com o comentário.
-Qual o seu nome?
-Pode me chamar de Luci, e você?
-Emanuel, meu nome é Emanuel.- falou ele uma pouco sem graça. Ele ia falar alguma coisa, mas o meu pedido chegou.
-Obrigada pelo elogio, eu realmente estava insegura com a cor- peguei meu pedido já me levantando para sair.
-Posso te acompanhar?- ele perguntou me acompanhando.
-Não, não precisa. E quanto ao seu pedido?- apressei o passo- Mesmo assim, obrigada por oferecer a sua companhia, mas não precisa.
-Calma, eu não vou te machucar, só quero te conhecer. E relaxa, eu ainda não tinha pedido nada.- ele estava caminhando de frete para mim- Posso?- ele me olhava esperançoso.
-Tudo bem, vamos dar uma volta na praça,- é claro que eu não ia mostrar a um estranho o meu endereço!- vamos antes do lanche esfriar.
-Ok! -Ele comentou animado.
Conversamos bastante, ele era bem simpático, e gostava muito de jogos.
-Posso te acompanhar até em casa?
-Não.
-Porquê não?- ele perguntou decepcionado.
-Quem é a pessoa louca o suficiente de mostrar onde mora pro cara que acabou de conhecer?- falei cruzando os braços.
-Ah...desculpa.- ele desviou o olhar para a calçada- mas eu posso pedir o seu número?
-Eu posso pedir o seu numero?- rebati a pergunta.
-Pode sim.- ele me passou o seu número.-Mas como vou saber se você vai mesmo mandar a mensagem?
-Se quiser eu envio agora, fica bom pra você?
-Pode ser.- diz ele passando a mão na cabeça.
-Tudo bem então.- falei pegando o celular- Mensagem enviada com sucesso.- e mostrei a tela do celular.- Preciso ir agora, tchau.
-Tchau.
Quando cheguei em casa meu celular disparou de notificações:
3 Mensagens de Úrsula
1 Mensagem de Emanuel
2 Mensagens de Diretora da biblioteca
Diretora da biblioteca? Ela só me manda mensagem quando eu esqueço de devolver algum livro ou de renovar a carteira de sócia, mas não era nenhuma das sugestões. Então abri a mensagem:
Senhorita Luci, aconteceu alguma coisa? Você nunca mais veio nos visitar, nem se quer doar ou pegar algum livro! Espero que não esteja planejando nos deixar, ou eu mesma a arrastarei de volta a biblioteca
Eu vim lhe propor que entre para o clube do livro, talvez você goste
Clube do livro? Talvez seja legal, mas ultimamente não tenho tido muito tempo, antes de responder a diretora da biblioteca, li as mensagens de Úrsula.
Oi LUUUUUUU
Como foi seu dia? Correu tudo bem?
Alguma novidade?
E por ultimo a de Emanuel:
Olá?
Respondi primeiro a mensagem de Úrsula, depois a da diretora e por último a de Emanuel. Passei o resto da noite lendo, acabei perdendo a hora e indo dormir às 04:00hrs AM.
Um pouco mais tarde, acordei com o despertador, mas demorei levantar e acabei me atrasando para ir ao estúdio. Eu trabalho como designer em um pequeno estúdio no centro da cidade, todos os dias vejo varias pessoas, e vários acontecimentos da vitrine da frente.
Parece ser monótono falando desse jeito, mas acaba sendo um ótimo entretenimento em dias chatos, observar a rotina das pessoas que passam diariamente em frente ao estudio indo para o trabalho ou escola. De certa forma, isso me aparece muito interessante. As pessoas nas suas rotinas, não é algo q eu saiba explicar, mas que me agrada, tudo no seu devido lugar todos os dias.
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Tudo por amor
Misteri / ThrillerSei que o título parece meio clichê, mas não garanto que a história será assim... Talvez a história carregue o estereótipo que vários outros suspenses carregam, mas isso é só a reedição de uma história antiga que eu não iria publicar, mas que po...